sexta-feira, 31 de maio de 2013





NACIONAL DISPUTADO PELOS MELHORES

Título do Nacional de Juniores será disputado pelas duas melhores equipas da prova

Normalmente em futebol são as melhores equipas as que chegam às fases decisivas com perspectivas de vitória. Neste caso, o Nacional de Juvenis não fugiu à regra, tendo agora o seu título disputado pelas duas equipas que desde a 1ª até à corrente fase derradeira foram controlando as respectivas provas.

Tal como ao nível sénior e ainda nos Juniores, assim como em várias modalidades, o título nacional de Juvenis será entregue a Benfica ou FC Porto, que irão no próximo Domingo precisamente defrontar-se numa partida que será encarada como uma verdadeira final visto que poderá mesmo resultar na entrega do título nacional… caso os encarnados saiam a ganhar.

Para trás acabou por ficar o Sporting, que ao contrário das previsões daqueles que mais depressa miram as individualidades do que constatam os resultados do colectivo acabaram por provar não serem capazes de ultrapassar e fazer face aos enormes desequilíbrios que se verificam no seu grupo.

Na verdade, o Sporting possui jogadores com qualidade e capazes de fazer carreira no futuro mas também vários outros claramente sobrevalorizados e ainda futebolistas esforçados, mas sem condições para atingir o nível de águias e dragões.


Benfica lidera a prova com várias adaptações muito bem conseguidas


Em suma: os sub-17 leoninos encontram-se, sim, um patamar abaixo de dragões e águias, cabendo à segunda equipa um maior favoritismo no que à conquista do título diz respeito, uma vez que as celebrações estão ‘apenas’ separadas de três pontos resultantes de uma vitória no terreno do seu adversário, uma situação possível tendo em conta a qualidade demonstrada pelo grupo de trabalho benfiquista.

Analisando a equipa do Benfica, verificar-se-á que surge neste momento em grande forma, tendo na baliza um André Ferreira que apesar de apenas ter chegado em Janeiro depressa se ambientou às exigências, sendo escudado por uma defesa que não tem concedido veleidades apesar de não ter sido, na sua totalidade, esta escolha que iniciou a época, nomeadamente pela adaptação na lateral direita para Iuri Gomes.


Acabou por ser muito bem conseguida esta novidade na lateral, assim como a aposta em dois integrantes da geração sub-16 que muito irá dar que falar no futuro no clube encarnado, nomeadamente o lateral esquerdo Yuri Ribeiro e o defesa central Rúben Dias, que forma dupla com um dos nomes habituais da Selecção Nacional sub-17, João Lima.

Conta esta dupla com o apoio de um ‘6’ na maior parte das vezes capaz de recuar no terreno e fechar espaços, encontrando-se mais uma adaptação bem conseguida, o defensivo Gilson Costa, ou um mais atacante João Gamboa, que chegou no início da época ao clube proveniente do Varzim, apoiado por dois interiores capazes de intercalar tarefas defensivas e de construção, possuindo também nestas posições os encarnados dois sub-16 de enorme qualidade como titulares.

Para contrapor, o FC Porto apresenta uma boa parte da Selecção Nacional sub-17

Para as posições 8 e 10, o Benfica aposta de forma clara em Guga e Renato Sanches, dois jogadores de inegável qualidade e capazes de incutir projecção ofensiva para que o melhor trio atacante do Nacional de Juvenis, composto por três internacionais sub-17, possa funcionar, ainda mais quando se constata a qualidade individual e capacidade de improviso dos extremos, Romário Baldé pela direita e Gonçalo Guedes pela esquerda, e a capacidade de movimentação do ponta-de-lança Diogo David.

Contudo, não deve esquecer-se que o FC Porto ainda depende de si próprio para alcançar o título, uma vez que recebe o Benfica na sua casa e poderá estabelecer supremacia no confronto directo, podendo contrapor ao Benfica o facto de possuir um banco de suplentes mais vasto a nível de opções e assim opor à excelente geração de sub-16 da águia boa parte da ‘espinha dorsal’ da Selecção Nacional sub-17.

Essa situação começa na baliza com Andorinha, o habitual titular da equipa das Quinas, sendo que para a defesa o dragão possui como titularíssimo o também internacional Tomás Mota na ala esquerda, evoluindo no centro da defesa uma dupla coesa formada por André Gomes e João Cunha, ao passo que a lateral direita conta com duas opções muito fortes para o lugar, Joel Pereira e ainda Rui Silva, mais um internacional por Portugal.

Este segundo identifica-se também como opção para o meio-campo, competindo por um lugar com o sub-16 Bruno Costa, juntando-se a um destes dois atletas o sub-16 Rúben Neves, mais recuado, e como organizador de jogo mais um internacional sub-17, mais precisamente Rui Moreira, o principal foco de apoio a um trio de ataque composto pelos internacionais Sérgio Ribeiro e Rúben Macedo e ainda pelo goleador Schuster. Em suma: um Benfica em melhor plano exibicional visitará um FC Porto detentor de maior ‘banco’. Dificilmente se poderia esperar um encontro mais equilibrado.

Texto: Rafael Batista Reis
Imagem: D.R. 
Nova Academia de Talentos


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