ATACAR
DESDE O CANTAR DO GALO
Reabilitação do Benfica apenas se pode conseguir com uma equipa de cariz
atacante
Pela sua grandeza, o Benfica e todos aqueles que o representam sabem que três
derrotas consecutivas, como se verificaram frente a São Paulo, Napoli e Marítimo,
são algo de raro no clube. Assim sendo, quatro seria algo de praticamente
inédito, pelo que os adeptos benfiquistas apenas equacionam uma vitória frente
ao Gil Vicente, uma situação que obrigará a equipa encarnada a apresentar uma
postura ofensiva desde os primeiros minutos de jogo.
Essa necessidade deve ser aliada ao facto de as águias terem apresentado uma
postura amorfa perante o Marítimo, o que parece aconselhar uma pequena
revolução na equipa titular, podendo começar precisamente na baliza, um sector
no qual Artur Moraes parece estar a acusar a pressão ou, quem sabe, a
responsabilidade de eventualmente em pouco tempo poder vir a contar com mais um
concorrente pelo seu lugar.
Defensiva poderia receber mexidas, entre
as quais um ‘descanso’ para Garay
Assim, as redes encarnadas poderiam estar à disposição de Paulo Lopes, que
poderia ser escudado por um quarteto formado por André Almeida, neste momento
um lateral direito fisicamente mais capaz do que Maxi Pereira, assim como uma
dupla diferente ao nível do eixo defensivo, na qual a presença do capitão
Luisão parece obrigatória, mas desta feita para ser coadjuvado por Jardel, que poderia
beneficiar de um momento de forma menos feliz de Ezequiel Garay.
Luisão poderia mesmo ser o único habitual a manter-se na equipa, uma vez que o
lado esquerdo parece nesta altura apontar Lorenzo Melgarejo como jogador mais
habilitado comparativamente com Bruno Cortez, principalmente no domínio defensivo,
que a nível de meio-campo continua a estar exclusivamente nas mãos (nos pés,
acima de tudo) de Nemanja Matic, que face à obrigação de um triunfo incontestável
por parte das águias poderia ser chamado a jogar em solitário nessa posição.
Apesar de Markovic estar já recuperado,
Sulejmani e Ola John estarão fisicamente melhor
A necessidade de garantir golos poderá mesmo levar ao sacrifício de Enzo Perez,
que passaria a ver o seu lugar ocupado por um mais criativo Nico Gaitán, o que
potenciaria uma mudança táctica dos encarnados para um 4x1x3x2 no qual este
jogador assumiria as funções de 10, passando a evoluir nas alas jogadores na
plenitude das suas capacidades físicas como Miralem Sulejmani pela direita e
Ola John pela esquerda apesar da concorrência de Salvio e Markovic.
Para a frente de ataque, e pese a criatividade de Djuricic, um oponente
provavelmente defensivo como o Gil requer medidas mais ‘drásticas’. Assim, aconselha-se
uma dupla mais assente sobre a grande área, composta pelos dois Rodrigos, Lima
e Moreno. Desta forma pode garantir-se não só o triunfo, mas também a vitória
concludente…
Texto: Rafael Batista Reis.
Imagem:
D.R.
Nova Academia de Talentos
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