POUCOS
E BONS PARA A GUERRA
Recente convocatória da Selecção Nacional deverá primar pela consistência
Depois de uma vitória saborosa sobre a Irlanda do Norte e uma derrota que se
por um lado se compreende, por outro lado continua a preocupar, frente ao
Brasil, a próxima convocatória da Selecção Nacional deverá exemplificar o que
se segue, ou seja, o combate. Seja para o primeiro lugar seja para o segundo
que possibilita a presença num playoff de apuramento para o Mundial 2014, Portugal
terá de agarrar-se a um desses postos com ‘unhas e dentes’.
Com isto, a lista de convocados terá de demonstrar espírito de conquista e
união, o que poderá suceder caso o número de efectivos não seja tão vasto, mas
sim bastante eficiente e dotado de jogadores ambiciosos, raçudos e capazes de
cumprir várias posições, sem contar com uma importante dose de experiência.
Acabou por agir de forma completamente oposta Paulo Bento, que convocou um
verdadeiro regimento. Começando pela baliza, não se deve alterar um sector que
na realidade tem oferecido garantias. Contudo, o seleccionador nacional
surpreendeu ao ter deixado de fora da convocatória o experiente Eduardo,
deixando bem claro que a única opção de momento para a posição dá mesmo pelo
nome de Rui Patrício.
Centro da defesa poderá mesmo vir a ser
um problema
Quanto à lateral direita, sabia-se que a mudança seria inevitável, mercê da
ausência forçada de João Pereira, o que levou à chamada de Cédric e André
Almeida. Posição bem entregue, ao contrário do eixo, que se encontra envolto em
grandes dúvidas em virtude de apresentar uma zona bem preenchida no que
concerne à direita, com Pepe e Luís Neto, o que não corresponde para o restante
lugar, no qual não haverá Bruno Alves e não parece existir um concorrente à
altura.
Passando para a esquerda, outro problema, pelo menos na recepção a Israel:
Fábio Coentrão não se encontra disponível por castigo, o que se torna sério
tendo em conta que qualquer outra alternativa não tem sido sequer testada… por
outro lado, não restam dúvidas sobre quem será o 6 da equipa nacional – Miguel
Veloso.
A Cristiano Ronaldo deverá juntar-se
Nani para formar um perigoso duo de alas
Como interiores, e caso a condição física o permitisse, deveriam surgir os
habituais João Moutinho e Raul Meireles, algo que não acontecerá por
impedimento do segundo, sendo que pela sua polivalência estranho a ausência de
Ruben Amorim deste lote de convocados, uma vez que poderia cumprir qualquer
vértice no triângulo que se desenha na intermediária.
Quanto à frente de ataque, que poderá estar envolta em algumas dúvidas, no meu
entender não parecem existir grandes discussões – nas alas ofensivas o
titularíssimo Cristiano Ronaldo tem, claro está, lugar garantido, assim como o
reconhecidamente perigoso Nani, sendo que as alternativas imediatas não parecem
reunir, nem de perto nem de longe, a mesma qualidade, sendo mesmo de estranhar
a ausência de uma opção como Licá.
No que diz respeito ao lugar de ponta-de-lança, e não havendo Hélder Postiga
para o encontro frente a Israel, pois seria claramente o nome mais forte para o
lugar, entre as alternativas restantes o nome mais consistente e em melhor
estado de forma será mesmo Nélson Oliveira. Restará saber se Paulo Bento possui
a mesma opinião.
Texto: Rafael Batista Reis
Imagem: D.R.
Nova Academia de Talentos
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