MARÍTIMO,
O ATAQUE MAIS HETEROGÉNEO.
Liga tem sido marcada pelas boas impressões deixadas pelo ataque do Marítimo.
“É uma equipa que faz muitos golos e
temos de ter atenção a essa faceta que se destaca na equipa do Marítimo” –
assim se debruçou o técnico do Benfica, Jorge
Jesus, aquando da recepção da sua equipa ao emblema sediado num arquipélago
da Madeira que tem estado em particular foco nas últimas semanas na Liga ZON
Sagres.
Para além do para alguns surpreendente quarto posto do Nacional, o Marítimo
impressionou pelas boas prestações perante clubes de nomeada superior, tendo
com excepção de uma derrota precisamente ante o Benfica na qual a superioridade
encarnada foi evidente a equipa madeirense deixado boa impressão em dois
encontros da Taça da Liga.
As boas sensações do Marítimo começaram primeiro em Alvalade, onde o resultado
não espelha o equilíbrio que se viveu, depois no Dragão, onde perdeu já em
tempo de descontos, e depois numa incontestável vitória caseira também sobre o
FC Porto.
Apesar de possuir menos opções, o
Marítimo terá neste momento o ataque mais heterogéneo da Liga.
Em todos estes encontros saltou à vista um aspecto no qual o Marítimo estará em
vantagem talvez sobre as restantes equipas que compõem a Liga, a variedade de
características no seu ataque que será entre todos não o mais prolífico mas sim
o mais homogéneo, mesmo depois de este ter perdido Heldon para o Sporting.
Mesmo sem o cabo-verdiano os maritimistas mantêm a sua génese de atacar forte
pelas alas, tendo mantido pelo menos por mais seis meses o guineense Leocísio Sami, que viu aumentada a sua
responsabilidade mas por outro lado se viu também premiado com um contrato com
o Sporting.
A Sami e Derley juntou-se um Danilo Dias
ao nível do que havia mostrado em épocas anteriores.
Junto a Sami tem-se juntado uma das surpresas da Liga, o ponta-de-lança Derley, que não estranhou a disparidade
competitiva entre o terceiro escalão do futebol brasileiro e os palcos maiores
em Portugal, substituiu sem dificuldade o coreano Suk e já conseguiu à passagem
pelo segundo terço da temporada atingir o registo de golos a que se propunha no
início da época.
Com a saída de Heldon quem ganhou foi mesmo Danilo Dias, que depois de boas temporada de apresentação ao
público no futebol nacional parecia ligeiramente mais apagado, uma situação que
parece ter sido ultrapassada em definitivo como bem atestam as duas prestações
de alto nível que produziu frente ao FC Porto.
Para além destas três opções os verde-rubros ainda contam com alternativas com
qualidades confirmadas, como é o caso do ponta-de-lança Fidelis, sem esquecer outras promessas que apenas esperam pela sua
oportunidade como o cabo-verdiano Kukula.
Tudo isto sem praticamente gastar dinheiro – um exemplo para o futebol
luso.
Texto: Rafael Batista Reis.
Imagem: D.R.
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