MELHOR, MAS AINDA NÃO BASTA.
FC Porto venceu por números confortáveis, mas ainda insuficientes para
justificar a liderança.
Na
entrada para mais uma jornada de Liga ZON Sagres poderá dizer-se que o FC Porto vem cumprindo metade dos
requisitos que rodeiam a sua temporada, dado que continua a vencer os seus
jogos, como é sua obrigação, mas por outro lado continua a necessitar de uma
exibição cativante que leve os seus adeptos a acreditar que a recuperação da
liderança é ainda possível.
Como afirmou de uma forma bem-humorada, mas também crítica, Manuel Serrão no programa televisivo ‘Prolongamento’, “tenho
a confiança cega de que vamos ganhar ao Benfica, não já neste, mas talvez nos
próximos.” Atendendo às últimas prestações dos azuis-e-brancos, neste
momento não parece líquido que o pudessem fazer.
Danilo e Alex Sandro parecem em clara
perda.
Olhando ao onze inicial dos dragões, parece curioso como a solução imediata
poderá mesmo estar numa espécie de ‘rejuvenescimento’ e noutros casos numa
clara necessidade de descanso, como sucede na sua defensiva, na qual os
laterais brasileiros Danilo e Alex Sandro parecem estar a ‘perder gás’ numa
fase nada aconselhável. Atendendo ao facto de não possuírem substitutos
directos, valeria a pena a substituição de ambos?
Paulo Fonseca poderá a breve trecho ser obrigado ao risco de utilizar em
simultâneo os quatro centrais que tem à disposição no plantel, uma vez que ao
recém-chegado Abdoulaye o técnico poderia juntar Diego Reyes de forma que
Maicon pudesse render sempre que necessário Danilo na direita e Eliaquim
Mangala o pudesse fazer com Alex Sandro na esquerda.
Meio-campo terá de ser controlado em
absoluto pelo Polvo Fernando.
Caso não opte por medida tão radical, neste momento, e mesmo com os riscos
adjacentes, as laterais portistas poderiam contar com Ricardo na direita e
Mangala na esquerda. Quanto ao meio-campo, e tendo em conta as dificuldades
demonstradas pela equipa em ‘agarrar’ o jogo, começa a não parecer descabido
uma transição da equipa de um 4x3x3 para um inovador 4x4x2, sendo que a zona
intermédia seria sempre comandada pelo trinco Fernando.
Para juntar ao Polvo, os dragões parecem ter no imediato a hora de apostar em
interiores como Hector Herrera e Steven Defour, abrindo espaço para a
utilização de um número 10, que passaria obrigatoriamente pelo aproveitamento
das melhores qualidades de Juan Quintero, um playmaker que jogaria nas costas
de Ricardo Quaresma, que poderia deambular por ambas as alas como tanto
aprecia, e Jackson Martinez, que ocuparia os terrenos mais centrais.
Provavelmente resultaria em Barcelos.
Texto: Rafael Batista Reis.
Imagem: D.R.
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