quinta-feira, 3 de abril de 2014




JAMES CUMPRE AS EXPECTATIVAS.

Ainda James Rodriguez dava os primeiros passos na equipa do FC Porto, já o jornalista e comentador Gil Nunes o classificava como excelente. Houve dois momentos no meio -campo do FC Porto que equilibraram a equipa e que, mesmo sem fazer uma grande exibição, a levaram para a vitória: a colocação de Defour mais junto de Fernando, e a capacidade construtiva de James, mais um organizador de jogo que um ala puro” cuja contribuição valia a obtenção de três pontos para os dragões.

James sempre foi um bom finalizador. Tem um remate bastante forte, como tem sido várias vezes demonstrado na selecção sub-20 da Colômbia. É um jogador com tendência para naturalmente crescer nesse aspecto. Se evoluir ao nível do jogo aéreo, até poderá atingir marcas interessantes ao nível de golos”, como este bis desde já indicia.

Dragões beneficiaram da “versatilidade que apresenta nas alas”

“Será talvez o seu desafio mais próximo: evoluir no jogo de cabeça, pisar mais terrenos de dez, e ajustar-se a uma dinâmica ofensiva da equipa que o tem como principal organizador,”
 o que tem vindo a acentuar-se.

As exibições que produz levam a crer que “James não é um jogador de diagonal violenta, como o Hulk. É um jogador de deslocação mais pausada, de tabelinhas curtas, e de assistências. A sua principal vantagem é a versatilidade que apresenta nas alas, e nas deslocações que faz a partir daí para a posição de organizador de jogo. No fundo permite à equipa variar o seu modelo de jogo. “

“Sempre foi um traço conhecido na selecção colombiana.  Lembro-me da segunda mão da Taça de Portugal, frente ao Benfica, quando substituiu directamente Ruben Micael na posição 10. E aí deverá continuar a evoluir” rumo a uma posição de destaque no futebol internacional.

James foi “um dos jogadores mais talentosos” do anterior FC Porto

O momento de sucesso do ataque portista das últimas épocas foi garantido face à certeza de que “James é preponderante com ou sem Hulk. São jogadores distintos - talvez a principal pecha do James resida nalguma falta de velocidade. Penso que uma equipa como o Porto nunca está refém da inspiração do jogador "x" ou do jogador "y".”

James Rodriguez identifica-se como “um jogador de nível internacional, com capacidade para jogar em qualquer equipa europeia. Contudo, é um jogador ainda em evolução: terá de se cimentar como 10, evoluir no jogo de cabeça, melhorar combatividade e capacidade de decisão e remate.”

Desta forma, o colombiano “tem talento para jogar nos melhores clubes europeus." Anos mais tarde, percebe-se que esta análise não poderia ter sido mais correcta, uma vez que brilha já no ambicioso Monaco num percurso cujo ponto alto parece ainda longe de chegar. Esperam-se agora os títulos no futebol francês.

Texto: Rafael Batista Reis.
Imagem: D.R.
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