terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
Euro e Mundial, o que fazer?
Há competições nas quais as diferenças são sempre evidentes e por isso haverá pouco a fazer, mas devemos evitar que a 'décalage' aumente ainda mais sob pena de a competição perder alguma 'piada'.
Esse deverá ser o caso das principais competições internacionais como o serão certamente os Europeus e Mundiais, que se encontrarão acima de qualquer outra competição continental de selecções em termos mediáticos, competitivos e acima de tudo financeiros, pelo que deverão manter-se o mais apelativas possível sob todos os sentidos. Analisemos então os dois casos em separado:
No caso do Campeonato Europeu está neste momento a incorrer-se num enorme risco - para agradar a ‘gregos e troianos’, a UEFA poderá vir a cometer um grande erro desportivo que será visível no próximo ano, altura em que a prova chegará à sua Fase Final, ao promover o aumento da participação de equipas no certame, sendo que algumas não reunirão as condições exigidas para disputar uma competição de tamanhos pergaminhos.
Apenas os recém-chegados e a sua possível competitividade poderão ajudar a UEFA a justificar a aposta… Mais: ao aumentar-se o número de participantes de 16 para 24, a qualificação para a prova tornou-se entediante, visto que as grandes selecções não são agora obrigadas a dar o melhor de si para conseguir o apuramento em virtude de os dois primeiros postos garantirem o apuramento directo, e no caso de tal não ser possível ainda existe o recurso ao play-off.
Assim sendo, as hipóteses de existir uma surpresa são remotas e quase metade das equipas que disputam a qualificação asseguram o apuramento, o que desportivamente parece demasiado. Quanto ao Mundial, este tem apresentado um modelo sobre o qual não se têm discutido mudanças - e ainda bem, pois parece ter a dimensão indicada, com 32 participantes que agregam representantes de todos os continentes com excepção da Oceânia.
Em virtude da falta de competitividade nessa região do globo, o vencedor dessa Confederação é obrigado a disputar um play-off de apuramento, o que se por um lado dificulta sobremaneira as suas possibilidades de fazer parte de um Mundial, por outro lado certifica a sua qualidade em caso de apuramento.
Quanto à distribuição das equipas por continente, parece ajustada e como tal espera-se que a FIFA não ceda à pressão dos países compostos por ’petrodólares’ que para já se apresentam pouco representados na prova - para já o ‘cliente’ mais habitual é o Irão. Bastará já ter a certeza de que o Qatar se apurará em 2022 sem nunca antes se ter apurado para uma competição do género…
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