Candidato... a perder o título
O Marítimo utilizou a arma mais recorrente do seu arsenal para voltar a fazer baquear o FC Porto e muito possivelmente dar por terminada qualquer aspiração em lograr a conquista do título nacional.
Poucas vezes um segundo classificado na
Liga portuguesa terá contabilizado tantos empates - numa visita ao
Caldeirão com a qual normalmente não se dá bem, o FC Porto voltou a
escorregar num terreno em que já poucos estranham que tal aconteça, ou
não date já a última vitória dos azuis-e-brancos com o Marítimo enquanto
visitado de 2012. Devido também a esse facto, o título nacional, agora
sim, terá sido irremediavelmente perdido.
Ainda
assim, o cenário até chegou a ser risonho para o dragão que se colocou
em vantagem num lance concluído por Otávio, criativo pouco habituado a
finalizar com sucesso mas que se encontrava no local mais indicado para
atirar cruzado para o primeiro tento da noite aos 28 minutos após uma
tentativa de corte tudo menos decisiva do central Zainadine Júnior. Um
golo que fazia jus a uma máxima que os dragões pretendem defender e que
incide no facto de muito embora não seja obrigado a conquistar títulos este FC Porto ter como responsabilidade discuti-los até ao fim.
Marítimo alcançou a igualdade da forma mais previsível; FC Porto continuava desprevenido
No
entanto, e em grande parte por culpas próprias, tal poderá voltar a não
suceder no caso da Liga NOS visto que a vantagem alcançada acabaria por
não se manter graças à reacção do Marítimo que na segunda metade
decidiu ’partir para cima’ e utilizar a bola parada para marcar a
diferença e logo por uma ‘substituição canhão’ - escolha certeira de
Daniel Ramos que aos 66 optou por lançar o ponta-de-lança Donald Djoussé
para que este apenas 3 minutos volvidos tenha alcançado a igualdade com
um indefensável cabeceamento em resposta a canto cobrado pelo lateral
Patrick Vieira.
Deficiente preparação
defensiva dos azuis-e-brancos que não conseguiram pôr cobro à
capacidade dos madeirenses em chegar ao golo através de pontapés de
canto, pontificando como a equipa da Liga NOS que mais vezes celebrou
golos nessa situação.
Quem sabe se não foi este o maior erro de preparação tomado por Nuno Espírito Santo desde que foi confirmado como treinador do FC Porto, o de não conseguir apresentar um dragão incisivo e ganhador perante um respeitável Marítimo que ainda na época passada atingiu a final da Taça CTT e que se assume como uma das boas equipas deste Campeonato.
Ninguém considera milagroso mais este baquear portista na Madeira e
poderá mesmo ter sido o último suspiro neste título nacional.
Texto: Rafael Batista Reis
Imagem: MaisFutebol
Texto: Rafael Batista Reis
Imagem: MaisFutebol
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