Este será, sem sombra de dúvida, o jogador mais conhecido do grande público entre todos aqueles que representam Portugal no Europeu de MiniFootball, modalidade que pratica já depois de ter dado por terminada uma carreira profissional no Futebol de Onze que o levou a representar diversos clubes de primeiro escalão em Portugal e no estrangeiro e ter representado o nosso País ao nível das Selecções Nacionais jovens. João Paulo está também ciente da sua responsabilidade e pretende ser um exemplo.
Com efeito, o goleador participou nas três partidas realizadas por Portugal em Brno e esperava contribuir com a experiência que angariou em todo o tipo de competições como profissional. Acabou por fazê-lo, ao apontar o único tento apontado pela equipa nacional na competição, um golo que ainda trouxe expectativas de apuramento frente à Grécia. Antes de o fazer, o atacante deixou rasgados elogios às condições que a Associação Portuguesa de MiniFootball proporciona:
Antes do Europeu, esteve presente nos vários estágios realizados e sendo um jogador com experiência de profissionalismo ao ter representado clubes de Primeira Liga como Académica, União de Leiria ou Paços de Ferreira, como surgiu o MiniFootball numa vida já preenchida pelo futebol e como decorreu a inserção na modalidade?
Sim, quando jogamos futebol durante tantos anos ficamos sempre com aquele ‘bichinho’ e procuramos sempre de certa forma alimentar isso e pronto, decidi entrar na SuperLiga formando uma equipa de amigos também ex-jogadores e foi aí que entrámos na SuperLiga de Futebol de Sete. Pelo menos em relação a mim, a minha primeira vez no MiniFootball foi a participação no último Torneio Inter-Regiões e passei a estar nos estágios da Selecção Nacional e tem sido uma experiência nova.
Profissionalmente, a carreira no Futebol de Onze está terminada? O facto de estar presente e tão dedicado ao MiniFootball demonstra que actualmente o compromisso é total e semelhante ao dos restantes companheiros de Selecção para convencer o seleccionador de que a intenção passa por ajudar em provas com a importância do Europeu e levar Portugal a atingir os seus propósitos?
Julgo que a abordagem foi semelhante para todos no ponto de perguntarem se querem fazer parte deste projecto e quero fazer o meu melhor possível. Foi estendido a toda a gente, eu fui questionado e no meu caso sim, tenho a esperança de que este seja um bom momento para nós e estou dedicado a isto neste momento ao mesmo tempo que estou a trabalhar no Sindicato dos Jogadores. Terminei a minha carreira e agora estou com esta Selecção pronto a fazer o meu melhor como sempre fiz e também já faz parte da minha experiência de ter sido internacional e vamos lá.
Entende que essa experiência de profissional e as passagens mais comuns junto do adepto de futebol são determinantes? O João surge nesta modalidade juntamente com outros ex-futebolistas também já inseridos como o Pedro Oliveira, o Pedro Ribeiro, o Toni e até outros futebolistas profissionais em actividade que também praticam como o Rúben Ribeiro, o Bukia e outros jogadores do Boavista, o Arnold do Vit. Setúbal e futuramente, quem sabe, antigos internacionais como o Raúl Meireles ou o Bosingwa como recentemente o Pedro Oliveira frisou.
Esse aspecto poderá ser o próximo passo a dar, o mais importante para o desenvolvimento desta modalidade? O mediatismo dos jogadores profissionais ou mesmo daqueles que já abandonaram o profissionalismo é o primeiro passo que esta modalidade deve tomar para se promover e dar-se a conhecer ao restante público?
Sem dúvida de que estão a fazer um excelente trabalho e que estão no caminho certo. Como em tudo na vida, o mediatismo chama mais a atenção das pessoas e desse ponto de vista a atenção seria importante e uma mais-valia para a modalidade que esses jogadores pudessem de certa forma promovê-la, mas acredito que estão a fazer um bom trabalho, o crescimento também tem de ser sustentado, fazer as coisas bem, mas de facto o mediatismo, se as pessoas virem que estão a voltar a jogar futebol neste nível, provavelmente também ajudará a modalidade a crescer.
Tendo em conta essa experiência angariada no futebol profissional, os torneios já realizados e os treinos e jogos realizados com colegas que eventualmente pudesse não conhecer, até que ponto a equipa nacional poderia alimentar boas expectativas?
Temos sempre de pensar grande, tanto no futebol como na vida e no futebol muito mais não temos senão de pensar grande. Têm estado nos estágios e nas convocatórias os melhores de Portugal, os que acham serem melhores para representar o nome da Selecção Nacional, temos qualidade.
Temos também de entender um pouco o jogo pois em Portugal não é usual termos Futebol de Seis e é um desporto, uma modalidade que já está inserida há já alguns anos no crescimento dos nossos adversários e cabe-nos a nós num curto espaço de tempo aprender o jogo porque qualidade temos e valor em termos futebolísticos a Portugal não falta.
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