NÃO SE DESPERDICE O CENTRO DO FUTURO
Futuro do eixo defensivo e do meio-campo do
Sporting poderá estar assegurado… se não houver pressas
Mais pelas enormes insuficiências que o seu plantel
registava, o Sporting voltou esta época a apostar, e de forma certeira, na sua
formação, mais precisamente no Sporting B, para tornar o seu grupo de trabalho
mais competitivo, recebendo assim um defesa central titular como Tiago Ilori e
acima de tudo aquele que será já o jogador de maior potencial entre todos os
jogadores que fazem parte da primeira equipa, o talentosíssimo Bruma.
Dependendo também do futuro de Bruma e da definição do próprio plantel dos leões, Ricardo Esgaio poderá começar a ter o seu espaço, ainda que no caso pudesse ser mais aconselhável o empréstimo a uma equipa estável da Liga Zon Sagres para que o seu futebol possa ganhar uma outra maturidade.
A partir daí, constatam-se vários casos de qualidade mas que por excessiva pressa por parte de alguns adeptos ou apaixonados, mas por outro lado pouco ou nada informados, do futebol, se tratam ainda de incógnitas.
Curiosamente, as mais evidentes encontram-se em posições centrais, tanto na defesa como no meio-campo, tratando-se em cada caso de jogadores com condições para no futuro vingarem com a camisola verde-e-branca mas que por estar a ser tentada de forma demasiadamente apressada, uns pelos responsáveis leoninos e outros por uma crítica menos conhecedora, poderão ter em perigo o seu crescimento.
Comecemos pelo caso de Eric Dier, que parece já ter convencido Jesualdo Ferreira a manter um lugar na equipa principal. Até aqui, nada de novo, não estivesse o jovem inglês a ser constantemente utilizado numa função na qual cumpre, mas ainda assim não parece prometer que venha a atingir o nível que desde cedo se lhe antevê na posição de defesa central.
Plantel principal poderá retirar rendimento de mais quatro promessas se as souber trabalhar
Depois de ter iniciado a época na Segunda Liga adaptado nas posições de defesa direito e ainda na ala contrária, Eric passou a ser visto como um médio centro de pleno direito, o que não parece, ainda assim, corresponder à leitura de jogo, posicionamento e pujança que poderia ter enquanto central. Poder-se-á inclusivamente apontar o jovem ao estatuto de melhor central a actuar no futebol português em pouco tempo…
Outro jogador que poderá perder a sua melhor evolução caso não exista alguma paciência por parte dos adeptos e simpatizantes dos adeptos do Sporting é Zezinho, mais um jogador sobre o qual não existem dúvidas quanto à qualidade que possui mas que pela sua resistência física foi chamado a desempenhar funções como médio mais defensivo, uma posição que não se parece enquadrar na plenitude das suas características… e logo na primeira equipa.
Em suma, para além da adaptação de Dier ao meio-campo, também o guineense passou a jogar dentro de uma exigência superior e naquela que na verdade não será a sua posição, pois para lá das suas competências defensivas Zezinho sabe organizar, procura ter o esférico em seu poder, facto que raramente sucedeu enquanto representou a primeira equipa. Resultado: acabou por ‘desaparecer de cena’.
O caso mais gritante de tentativa excessiva de aproveitamento poderá estar em João Mário Eduardo, que poderá vir a ser um ‘diamante em bruto’ pelo facto de competir com igual qualidade em qualquer dos três lugares do habitual triângulo que se forma no meio-campo leonino, desde o lugar de médio defensivo até funções de transição, assim como o lugar de 10 e chegou mesmo na época passada a estrear-se na Liga Europa frente à Lazio.
Contudo, um posicionamento errado destes jogadores poderá vir a ser prejudicial, como sucedeu com Fokobo
Dependendo também do futuro de Bruma e da definição do próprio plantel dos leões, Ricardo Esgaio poderá começar a ter o seu espaço, ainda que no caso pudesse ser mais aconselhável o empréstimo a uma equipa estável da Liga Zon Sagres para que o seu futebol possa ganhar uma outra maturidade.
A partir daí, constatam-se vários casos de qualidade mas que por excessiva pressa por parte de alguns adeptos ou apaixonados, mas por outro lado pouco ou nada informados, do futebol, se tratam ainda de incógnitas.
Curiosamente, as mais evidentes encontram-se em posições centrais, tanto na defesa como no meio-campo, tratando-se em cada caso de jogadores com condições para no futuro vingarem com a camisola verde-e-branca mas que por estar a ser tentada de forma demasiadamente apressada, uns pelos responsáveis leoninos e outros por uma crítica menos conhecedora, poderão ter em perigo o seu crescimento.
Comecemos pelo caso de Eric Dier, que parece já ter convencido Jesualdo Ferreira a manter um lugar na equipa principal. Até aqui, nada de novo, não estivesse o jovem inglês a ser constantemente utilizado numa função na qual cumpre, mas ainda assim não parece prometer que venha a atingir o nível que desde cedo se lhe antevê na posição de defesa central.
Plantel principal poderá retirar rendimento de mais quatro promessas se as souber trabalhar
Depois de ter iniciado a época na Segunda Liga adaptado nas posições de defesa direito e ainda na ala contrária, Eric passou a ser visto como um médio centro de pleno direito, o que não parece, ainda assim, corresponder à leitura de jogo, posicionamento e pujança que poderia ter enquanto central. Poder-se-á inclusivamente apontar o jovem ao estatuto de melhor central a actuar no futebol português em pouco tempo…
Outro jogador que poderá perder a sua melhor evolução caso não exista alguma paciência por parte dos adeptos e simpatizantes dos adeptos do Sporting é Zezinho, mais um jogador sobre o qual não existem dúvidas quanto à qualidade que possui mas que pela sua resistência física foi chamado a desempenhar funções como médio mais defensivo, uma posição que não se parece enquadrar na plenitude das suas características… e logo na primeira equipa.
Em suma, para além da adaptação de Dier ao meio-campo, também o guineense passou a jogar dentro de uma exigência superior e naquela que na verdade não será a sua posição, pois para lá das suas competências defensivas Zezinho sabe organizar, procura ter o esférico em seu poder, facto que raramente sucedeu enquanto representou a primeira equipa. Resultado: acabou por ‘desaparecer de cena’.
O caso mais gritante de tentativa excessiva de aproveitamento poderá estar em João Mário Eduardo, que poderá vir a ser um ‘diamante em bruto’ pelo facto de competir com igual qualidade em qualquer dos três lugares do habitual triângulo que se forma no meio-campo leonino, desde o lugar de médio defensivo até funções de transição, assim como o lugar de 10 e chegou mesmo na época passada a estrear-se na Liga Europa frente à Lazio.
Contudo, um posicionamento errado destes jogadores poderá vir a ser prejudicial, como sucedeu com Fokobo
No entanto, esses pouco mais de 10 minutos parecem ter
feito mal… não ao jogador, mas sim àqueles que a partir desse momento, e a
juntar ao bom Europeu sub-19 e o interessante início de Segunda Liga,
praticamente exigiram a sua entrada no onze titular no plantel principal. Nada
mais errado. Pelo futebol polivalente mas também rendilhado que possui, João
Mário deverá ser preparado, mas acima de tudo acarinhado.
Assim, a sua integração terá de ser estruturada e nunca apressada, como comprova o facto de nem sequer se tratar de um titular indiscutível do Sporting B, como sucede com outro polivalente, este mais jovem, caso de Fabrice Fokobo, que sofre precisamente do mesmo problema que Dier e Zezinho… o de jogar fora da sua posição.
Assim, a sua integração terá de ser estruturada e nunca apressada, como comprova o facto de nem sequer se tratar de um titular indiscutível do Sporting B, como sucede com outro polivalente, este mais jovem, caso de Fabrice Fokobo, que sofre precisamente do mesmo problema que Dier e Zezinho… o de jogar fora da sua posição.
Para Jesualdo, até ao momento Fabrice apenas conta como
defesa central, o que parece contraproducente uma vez que nos Juniores e no
Sporting B parece ter-se tornado claro que será como médio defensivo que o camaronês
irá fazer carreira, tanto pela sua condição física como pela forma como dá
início aos momentos de construção.
Não deve esquecer-se inclusivamente as faltas que muitas
vezes comete e que na intermediária poderão muitas vezes ser vistas como cirúrgicas,
mas na defesa poderão mesmo ser fatais, tanto para a equipa como mesmo para o
seu jogo.
Analisados os casos dos quatro jogadores, dois aspectos em comum ressaltam em relação aos seus casos: todos parecem dispor de qualidades para fazer parte do plantel leonino a curto prazo (Dier como titular no eixo defensivo, Zezinho e João Mário como mais alternativas para o meio-campo e Fabrice como alternativa a Fito Rinaudo), mas todos precisam de tempo. Resta saber se o Sporting o permite. Caso tal aconteça, certamente ganhará mais quatro jogadores.
Analisados os casos dos quatro jogadores, dois aspectos em comum ressaltam em relação aos seus casos: todos parecem dispor de qualidades para fazer parte do plantel leonino a curto prazo (Dier como titular no eixo defensivo, Zezinho e João Mário como mais alternativas para o meio-campo e Fabrice como alternativa a Fito Rinaudo), mas todos precisam de tempo. Resta saber se o Sporting o permite. Caso tal aconteça, certamente ganhará mais quatro jogadores.
Texto: Rafael Batista Reis
Imagem: D.R.
Nova Academia de Talentos
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