QUANDO LUCHO FAZ TANTA
FALTA.
Saída de Lucho Gonzalez não foi ainda devidamente colmatada pelo FC Porto.
Observando não só os
resultados como também a inoperância do meio-campo do FC Porto, não constitui
qualquer exagero considerar que se a saída de João Moutinho constituiu num rude
golpe para o funcionamento desse sector do terreno, para já a saída de Lucho Gonzalez no mercado de Inverno
parece ter sido um passo para a destruição do que tem sido ano após ano o ‘motor’
do futebol praticado pelos portistas.
“A
saída de Lucho será uma baixa de vulto, fazendo jus ao nome era o comandante da
equipa e uma peça fundamental para Paulo Fonseca,” assim comentou o
jornalista Rui Pedro Braz no que
acabou por ser uma previsão confirmada com o decorrer destas últimas semanas.
Hector Herrera parece ter ganho um lugar,
seja qual for a disposição táctica da equipa.
Como tal, o que deve o FC Porto fazer? Para já, estabilizar as suas melhores
unidades na zona central do terreno; segundamente, deve ser pensado e colocado
em prática um plano B. Começando pela acima mencionada estabilização, a mesma
poderá ser feita segundo a nova ideia de Paulo Fonseca que parece mesmo ter ‘pernas
para andar’ e que consiste no duplo pivot defensivo composto por Fernando na
companhia do mexicano Hector Herrera.
Para juntar a Fernando e Herrera, a única opção plausível no momento para a
posição 10 dentro do plantel azul-e-branco passa mesmo por Carlos Eduardo pelas
características que possui. Sempre que esta disposição não corresponde, a
equipa deverá estar munida de um plano secundário para que não coloque em risco
as suas ambições.
Necessário plano B para aumentar a
proximidade entre a intermediária e o ataque.
Esse plano passaria por uma nova alteração táctica, abandonando o triângulo
invertido a meio-campo para dar lugar a um losango que apesar de manter
Fernando e Herrera, desta feita com a passagem do segundo para a posição de
interior direito, iria acarretar a saída de Carlos Eduardo para que a restante função
de interior fosse ocupada por um futebolista mais versátil em termos de
movimentação como Josué, tornando imperiosa a entrada de um futebolista de
último passe para jogar nas costas do ataque.
Nesses parâmetros, quem estará mais habilitado do que Juan Quintero para
desempenhar esse lugar? Bastará para tal que o colombiano possa ter mais
oportunidades junto do seu técnico para alinhar na posição na qual o seu
talento mais se evidencia. Concluindo: sem o tão falado plano B a época
desportiva dos dragões encontra-se por um fio. Estará o treinador na disposição
de jogar com a audácia?
Texto: Rafael Batista Reis.
Imagem: D.R.
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