sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014



QUANDO LUCHO FAZ TANTA FALTA.

Saída de Lucho Gonzalez não foi ainda devidamente colmatada pelo FC Porto.

Observando não só os resultados como também a inoperância do meio-campo do FC Porto, não constitui qualquer exagero considerar que se a saída de João Moutinho constituiu num rude golpe para o funcionamento desse sector do terreno, para já a saída de Lucho Gonzalez no mercado de Inverno parece ter sido um passo para a destruição do que tem sido ano após ano o ‘motor’ do futebol praticado pelos portistas.

A saída de Lucho será uma baixa de vulto, fazendo jus ao nome era o comandante da equipa e uma peça fundamental para Paulo Fonseca,” assim comentou o jornalista Rui Pedro Braz no que acabou por ser uma previsão confirmada com o decorrer destas últimas semanas.

Hector Herrera parece ter ganho um lugar, seja qual for a disposição táctica da equipa.

Como tal, o que deve o FC Porto fazer? Para já, estabilizar as suas melhores unidades na zona central do terreno; segundamente, deve ser pensado e colocado em prática um plano B. Começando pela acima mencionada estabilização, a mesma poderá ser feita segundo a nova ideia de Paulo Fonseca que parece mesmo ter ‘pernas para andar’ e que consiste no duplo pivot defensivo composto por Fernando na companhia do mexicano Hector Herrera.

Para juntar a Fernando e Herrera, a única opção plausível no momento para a posição 10 dentro do plantel azul-e-branco passa mesmo por Carlos Eduardo pelas características que possui. Sempre que esta disposição não corresponde, a equipa deverá estar munida de um plano secundário para que não coloque em risco as suas ambições.

Necessário plano B para aumentar a proximidade entre a intermediária e o ataque.

Esse plano passaria por uma nova alteração táctica, abandonando o triângulo invertido a meio-campo para dar lugar a um losango que apesar de manter Fernando e Herrera, desta feita com a passagem do segundo para a posição de interior direito, iria acarretar a saída de Carlos Eduardo para que a restante função de interior fosse ocupada por um futebolista mais versátil em termos de movimentação como Josué, tornando imperiosa a entrada de um futebolista de último passe para jogar nas costas do ataque.

Nesses parâmetros, quem estará mais habilitado do que Juan Quintero para desempenhar esse lugar? Bastará para tal que o colombiano possa ter mais oportunidades junto do seu técnico para alinhar na posição na qual o seu talento mais se evidencia. Concluindo: sem o tão falado plano B a época desportiva dos dragões encontra-se por um fio. Estará o treinador na disposição de jogar com a audácia?

Texto: Rafael Batista Reis.
Imagem: D.R.
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