Após mais um encontro válido pela Segunda Liga, instado a revelar quais os objectivos do Benfica B para esta época, Hélder Cristóvão acedeu a responder a algumas questões colocadas
pela NOVA ACADEMIA DE TALENTOS e optou por garantir que a equipa apenas funciona para lançar os jovens
produtos da formação do clube ao invés de oferecer tempo de jogo a
jogadores da primeira equipa, questionando mesmo os benefícios dessa
última possibilidade.
Rafael Reis: O Benfica B enfrentou dificuldades nas últimas deslocações, nomeadamente na visita ao Oriental. Como analisa esse encontro?
Hélder Cristóvão: Acho
que foi um jogo muito bem disputado entre duas equipas que praticaram
bom futebol num campo difícil, o relvado estava bastante alto, o que
condicionou muito o que trazíamos para o jogo. Acho que os jogadores
foram bravos e encararam bem o jogo.
Conseguimos fazer um jogo agradável,
as equipas encaixaram bem uma na outra num jogo muito longe das duas
balizas no qual não houve grandes oportunidades de golo. Ainda assim
acho que as melhores situações aconteceram para o Benfica perante uma
boa equipa do Oriental, bem orientada e estruturada e que consegue jogar
bem nesse tipo de condições. Estamos realizados, soubemos viver cada
momento do jogo da forma como o tínhamos preparado mas não fomos
assertivos no último passe.
Faltou-nos algum discernimento nesse capítulo e fomos tentando mudar com as entradas do Nuno Santos e do Romário Baldé no sentido de preparar o golo mas depois tivemos de equilibrar com o João Amorim, a história do jogo resume-se a isso.
Faltou-nos algum discernimento nesse capítulo e fomos tentando mudar com as entradas do Nuno Santos e do Romário Baldé no sentido de preparar o golo mas depois tivemos de equilibrar com o João Amorim, a história do jogo resume-se a isso.
Rafael Reis: Disse na
última época que a equipa necessitava de melhorar nos jogos fora, ainda é
algo que está a procurar nesta nova época. O que falta a este Benfica B
para ser tão assertivo fora como é na sua casa?
Hélder Cristovão: Não
acho que tenhamos de melhorar assim tanto, com o Oriental tivemos duas
situações muito boas paa fazer o golo, mesmo no último minuto o Romário
teve a situação para finalizar mas tentou o passe para o colega, nada a
dizer, analisamos também essas atitudes, nas situações de 2x1 tem de se
saber que tem de se servir o colega. É jogo, temos de estar contentes,
foram jogos difíceis e que já antevia como muito complicados contra boas
equipas.
Conhecemos o campo do Oriental, tem
condições difíceis de se jogar, portanto estamos satisfeitos, quando não
se pode ganhar, não se perde, os jogadores em termos de maturidade e
crescimento ganham com estes jogos e depois com muitos a chegar das
Selecções também acumulam algum desgaste e por vezes é preciso fazer
adaptações, como o João Nunes a lateral direito ou o Alexandre Alfaiate a
lateral esquerdo. Portanto, é preciso lançar estes jogadores e dar-lhes
minutos, o que é o mais importante.
Rafael Reis: A equipa está bem e a época está a correr de feição. Tendo isso em conta, será de esperar nas próximas semanas a inclusão de alguns elementos da equipa principal nesta equipa?
Rafael Reis: A equipa está bem e a época está a correr de feição. Tendo isso em conta, será de esperar nas próximas semanas a inclusão de alguns elementos da equipa principal nesta equipa?
Hélder Cristovão: Para quê chamar jogadores da primeira equipa?
Rafael Reis: A minha questão passava precisamente por aí – com a equipa a funcionar tão bem talvez não seja necessário... O que pensa sobre isso?
Rafael Reis: A minha questão passava precisamente por aí – com a equipa a funcionar tão bem talvez não seja necessário... O que pensa sobre isso?
Hélder Cristovão:
Acho que o projecto do Benfica é o contrário, será um processo de
evolução entre os Juniores, passando para a equipa B e depois para a
equipa A. Tocando nesse aspecto da passagem dos Juniores para os B e
depois para os A, já foram chamados quatro Juniores para convocatórias, o
Gonçalo Guedes que é titular, o Romário que joga com muita frequência e
ainda o André Ferreira e o Diogo Gonçalves. O plano passa por continuar
esta aposta?
É sempre para continuar, o Gonçalo
Guedes ainda é júnior, outros ainda o são e essa situação será para
continuar, e ainda temos jogadores como o João Nunes, o Alex Alfaiate,
Pawel Dawidowicz, o Nuno Santos, que entrou na segunda parte, no seu
primeiro ano como sénior. Temos de dar-lhes minutos e estou muito
contente com a produção deles. De resto, prefiro analisar um encontro de
cada vez.
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