sábado, 1 de fevereiro de 2014




EVOLUÇÃO É PALAVRA-CHAVE PARA GONÇALVES.

Pedro Gonçalves pretende fazer crescer os Juvenis B do Sporting, mais do que garantir resultados.


Há vários anos integrado na estrutura de formação do Sporting, Pedro Gonçalves consiste num profundo conhecedor da casa e acima de tudo em relação aos terrenos que pisa, virtudes que não só têm mantido no clube como dão razão a essa opção por parte do mesmo ao ter nos últimos anos conquistado vários títulos distritais.

Desta forma, sem surpresa o técnico foi subindo de escalão etário, comandando actualmente os Juvenis B leoninos,  e acedeu a dar a conhecer ao NOVA ACADEMIA DE TALENTOS os aspectos mais importantes da época até ao momento.

- Para começar, como analisa a vitória de hoje sobre o ADCEO?
- Foi uma vitória muito gratificante porque foi conquistada com muita dedicação de todos os jogadores, tínhamos um plano e o mesmo continha várias alternativas em função das incidências do próprio jogo e os jogadores foram inexcedíveis.

Cumpriram de uma forma abnegada tudo aquilo que tínhamos definido, as alternativas de circunstância em relação ao facto de termos tido várias ocasiões de golo dentro do próprio jogo, os próprios minutos iniciais tivemos muita infelicidade em jogadas muito bem definidas e bem construidas num campo que por si só nos cria muita dificuldade pelas suas dimensões e mesmo as bolas que os adversários que apresentaram também não facilitavam a nossa missão.

Ainda assim, em todo o caso conseguimos manter a cabeça fria, o plano que tínhamos definido, as variantes que tínhamos definido. Os minutos finais foram o corolário de todo o trabalho ao longo do jogo, foi muito gratificante e os miúdos sentem-se contentes, confiantes e vamos continuar a fazer o nosso trabalho.

-Pelo que tem visto até agora, acha que a equipa está pronta para corresponder aos objectivos que definiu no início da época? Ser campeão distrital e como vê a evolução dos próprios jogadores?
- A evolução é o objectivo primordial, de facto o grande objectivo e esta é a chave do nosso trabalho, é paulatinamente eles irem crescendo, desenvolvendo as suas potencialidades, aprendendo as bases da nossa cultura Sporting e depois o grande corolário que entra é depois o de é chegar à nossa equipa principal sénior.

Claro que paralelamente existe a competição e passo a passo queremos vencer os jogos em que entrarmos e se depois se traduzir numa vitória nesta prova que disputamos é óbvio que a queremos e não vamos abrir mão dela, mas agora há princípios que norteiam a nossa equipa e não abriremos também mão disso em função das características dos jogadores que temos e queremos potenciar.    

- E até ao momento , desde a pré-época até agora, correu tudo dentro daquilo que pretendia?
- Até agora felizmente, não só pelas vitórias, claro que contribuem e ajudam ao nosso ambiente de trabalho, mas também pelo que os miúdos têm progredido, de uma forma extraordinária e temos também promovido várias alterações ao onze inicial.

Claro que uns têm jogado mais do que outros, mas em todo o caso todos têm tido a oportunidade de competir e ainda para mais temos jogadores que estamos a tentar integrar e ensinar a nossa estrutura de jogo, o nosso modelo. Isso tem sido bom, tem sido gradual, mas as coisas têm corrido bem, estamos satisfeitos e esperamos que continue pois estamos apenas a meio da época.

- Verifica-se que esta equipa tem vários reforços. Considera que eles têm progredido de encontro com o que esperava quando estes chegaram ao seu comando?
- A integração dos jogadores externos ao clube no ano passado não é fácil num escalão de Juvenil para cima porquê? Porque as exigências são já muito elevadas e felizmente temos também jogadores de muita qualidade, e em todo o caso como lhe disse anteriormente gradualmente temos procurado desenvolver esse trabalho.

Tem sido bom verificar que é sustentado através de exibições que consigam e que depois não têm continuidade mas gradualmente, de forma sustentada, temos vindo a fazê-lo. Portanto, é isso que queremos ao invés de resultados imediatos que muitas vezes não são sustentados, pelo que procurar a longo prazo é o caminho em que estamos a trabalhar.

- Considera que o facto de grande parte desta geração ter sido na época passada campeã nacional de Iniciados possa ter algum tipo de pressão adicional, ou isso é encarado com naturalidade, até da parte deles?
- Temos um grande espírito colectivo que se viu hoje e de facto grande parte destes jogadores no ano passado foi campeã nacional saíram, é sempre assim, há sempre uns que saem e outros que entram, a equipa não é exactamente a mesma mas em todo o caso têm um excelente nível, se calhar há outros valores que estão a aparecer e são jogadores do Sporting, é isso que queremos potenciar com muito orgulho.

- Alguns jogadores pertencentes a esta geração evoluem já na equipa de Juvenis A. Considera que a equipa está de alguma forma fragilizada pelo facto de esses jogadores não se encontrarem neste grupo? Ou isso até reflecte um bom trabalho da sua parte?  
- Essas são decisões internas e obviamente que para eles estarem na equipa de Juvenis A é para mim um grande orgulho, mas se lá estão é um trabalho de toda a formação que se transmite nessas circunstâncias, felizmente são mais-valias para a equipa A e nós na equipa B temos também as nossas mais-valias, no fundo somos apenas um clube, um escalão apenas e uns competem num lado, outros noutro e esse é o nosso trabalho e a nossa missão.  

- E pelo contrário, nesta equipa que comanda poderá continuar a haver essa interacção entre as equipas A e B, mais jogadores dos B a subir para a equipa A?
- Vamos continuar a fazê-lo no futuro, espero que sim, é esse o nosso objectivo.

Texto: Rafael Batista Reis
Imagem: D.R.
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