PENAFIEL CHEGA EM BOA
HORA.
Taça da Liga chega para o Sporting na altura mais indicada para descansar
jogadores.
Tal como se esperava no início da época, mesmo
que a boa resposta do Sporting a nível de resultados se mantivesse, em nada
essa questão iria influir na questão relacionada com o desgaste decorrente de
uma temporada fisicamente exigente para os jogadores mais utilizados.
Pode discutir-se a existência de uma real falta de recursos no banco de
suplentes compostos de semelhante qualidade em relação à primeira equipa. Tendo
em conta a altura da época a que os leões se encontram, o encontro perante o
Penafiel, válido pela Taça da Liga e decisivo para a continuidade da equipa na
prova, parece surgir na melhor altura para que outras opções mostrem também a
sua utilidade.
Sem rodeios: a noite de garra leonina em Arouca parece ter deixado evidente que
algumas unidades começam a estar algo ‘espremidas’, uma situação que poderá
tornar-se gravosa caso Leonardo Jardim não recorra a outras alternativas.
Eric Dier deverá ser uma certeza no eixo defensivo.
Ciente dessa necessidade, o madeirense deverá voltar a dar a conhecer a sua
excelente leitura de jogo, promovendo alguma rotatividade em praticamente todas
as posições. Não vendo na baliza um problema (tanto Rui Patrício como Marcelo
Boeck parecem perfeitamente habilitados para jogar, a equipa deverá mexer o menos possível na defesa, sector no
qual Marcos Rojo se encontra ausente por castigo e que reservará a entrada de
Eric Dier.
Nos restantes lugares o bom-senso parece aconselhar a permanência de Maurício
no eixo e Cédric Soares e Jefferson nas laterais direita e esquerda
respectivamente, devendo o mesmo suceder no meio-campo, onde William Carvalho e
Adrien Silva são peças nada menos do que fundamentais.
Necessidades poderão aguçar o engenho
nas opções de Leonardo Jardim.
Onde se coloca a questão do desgaste? Claramente nos lugares dianteiros,
começando na função mais atacante da intermediária em André Martins, que neste
encontro poderá mesmo ficar de fora e ver o seu posto ocupado por Vítor Silva,
que espera por uma oportunidade.
Na frente de ataque encontra-se o problema maior. Fredy Montero encontra-se em
crise de confiança e pede também descanso, mas por fatalidade Islam Slimani não
possui condições físicas para alinhar. Posto isto, e mesmo podendo ter a Taça
da Liga em causa, Jardim poderá testar um inédito tridente ofensivo móvel.
Essa poderá ser a ‘solução milagrosa’ para Penafiel, lançando o técnico os
velozes e polivalentes André Carrillo e Carlos Mané, que poderiam intercalar
entre si a ala direita e o eixo do ataque, e quem sabe a surpreender com a
aposta em Gerson Magrão, que poderia fixar-se na esquerda e ter direito a uma
última oportunidade de mostrar a sua qualidade. Caso não a obtenha, o
brasileiro deveria ponderar seriamente a sua saída em breve.
Texto:
Rafael Batista Reis.
Imagem: D.R.
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