sexta-feira, 24 de janeiro de 2014




PENAFIEL CHEGA EM BOA HORA.

Taça da Liga chega para o Sporting na altura mais indicada para descansar jogadores.

Tal como se esperava no início da época, mesmo que a boa resposta do Sporting a nível de resultados se mantivesse, em nada essa questão iria influir na questão relacionada com o desgaste decorrente de uma temporada fisicamente exigente para os jogadores mais utilizados.

Pode discutir-se a existência de uma real falta de recursos no banco de suplentes compostos de semelhante qualidade em relação à primeira equipa. Tendo em conta a altura da época a que os leões se encontram, o encontro perante o Penafiel, válido pela Taça da Liga e decisivo para a continuidade da equipa na prova, parece surgir na melhor altura para que outras opções mostrem também a sua utilidade.

Sem rodeios: a noite de garra leonina em Arouca parece ter deixado evidente que algumas unidades começam a estar algo ‘espremidas’, uma situação que poderá tornar-se gravosa caso Leonardo Jardim não recorra a outras alternativas.

Eric Dier deverá ser uma certeza no eixo defensivo.

Ciente dessa necessidade, o madeirense deverá voltar a dar a conhecer a sua excelente leitura de jogo, promovendo alguma rotatividade em praticamente todas as posições. Não vendo na baliza um problema (tanto Rui Patrício como Marcelo Boeck parecem perfeitamente habilitados para jogar, a equipa deverá  mexer o menos possível na defesa, sector no qual Marcos Rojo se encontra ausente por castigo e que reservará a entrada de Eric Dier.

Nos restantes lugares o bom-senso parece aconselhar a permanência de Maurício no eixo e Cédric Soares e Jefferson nas laterais direita e esquerda respectivamente, devendo o mesmo suceder no meio-campo, onde William Carvalho e Adrien Silva são peças nada menos do que fundamentais.

Necessidades poderão aguçar o engenho nas opções de Leonardo Jardim.

Onde se coloca a questão do desgaste? Claramente nos lugares dianteiros, começando na função mais atacante da intermediária em André Martins, que neste encontro poderá mesmo ficar de fora e ver o seu posto ocupado por Vítor Silva, que espera por uma oportunidade.

Na frente de ataque encontra-se o problema maior. Fredy Montero encontra-se em crise de confiança e pede também descanso, mas por fatalidade Islam Slimani não possui condições físicas para alinhar. Posto isto, e mesmo podendo ter a Taça da Liga em causa, Jardim poderá testar um inédito tridente ofensivo móvel.

Essa poderá ser a ‘solução milagrosa’ para Penafiel, lançando o técnico os velozes e polivalentes André Carrillo e Carlos Mané, que poderiam intercalar entre si a ala direita e o eixo do ataque, e quem sabe a surpreender com a aposta em Gerson Magrão, que poderia fixar-se na esquerda e ter direito a uma última oportunidade de mostrar a sua qualidade. Caso não a obtenha, o brasileiro deveria ponderar seriamente a sua saída em breve.



Texto: Rafael Batista Reis.
Imagem: D.R.
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