quinta-feira, 30 de junho de 2016




Polónia vista a partir de dentro

Tal como em Portugal, o desafio frente à Polónia é também encarado com muita expectativa em terras polacas, onde se procura conhecer ao pormenor as forças e fraquezas da Selecção Nacional, chegando mesmo à solicitação do olhar… lusitano, com a imprensa polaca a procurar os pareceres de Marco Paixão, o mais emblemático futebolista português no país, e o agente FIFA Luís Lousa, que se divide precisamente entre os dois países, tornando-se ambos profundos conhecedores de ambas as selecções.

Se na Polónia foram convidados a fazer um ‘raio-x’ a Portugal, os dois portugueses realizam para o NOVA ACADEMIA DE TALENTOS um exercício semelhante, esmiuçando os pontos fortes da turma polaca mas também as debilidades que a equipa nacional poderá explorar. Em suma, para além do internacionalmente conhecido Robert Lewandowski, a equipa polaca apresenta Kamil Grosicki num momento de forma a ter em conta, um banco muito limitado e uma defesa pouco expedita que um tecnicista como Ricardo Quaresma pode aproveitar:

Para Luís Lousa, da Polónia, Fernando Santos e os seus pares poderão esperar que “o seleccionador Adam Nawalka escolha como onze para o jogo o seu onze-tipo que tem sido colocado quase na íntegra em todos os jogos, tanto na fase de grupos como no jogo anterior, frente à Suíça. Relativamente à defesa, penso que não será complicado chegar lá; na direita certamente jogará Lukasz Piszczek; no meio-campo está no aspecto defensivo um dos focos desta equipa Grzegorz Krychowiak, do Sevilla e que na Polónia é apontado ao PSG numa transferência de 45 milhões de euros, que faz de tudo e é um jogador intocável nesta selecção e depois a nível de médios existem vários jogadores, como Piotr Zielinski, jogador de 22 anos do Empoli que merece ser referido e que para o público polaco é tido como uma espécie de ‘patinho feio’ mas que no meu entender é muito bom.

Como alternativa no meio-campo existe também Filip Starzynski que joga no Zaglebie Lubin, fez meros minutos neste Europeu e provavelmente não jogará muito; depois sim, nas alas está toda a diferença. Na esquerda, o Kamil Grosicki, do Rennes, e que se não me engano relativamente a números é praticamente um totalista, é sem dúvida um jogador que teremos de ter em atenção e veremos como está.

No outro lado teremos Kuba Blaszczykowski, da Fiorentina, que dispensa apresentações, penso que é um jogador que tem estado bem e que fez dois golos, um ‘golão’ frente à Ucrânia e o golo que ditou o apuramento frente à Suíça. No ataque, Lewandowski e Milik dispensam também apresentações; de resto, o terceiro avançado, que não fez ainda um único minuto e tenho muitas dúvidas que sequer jogue, é Mariusz Stepinski que, para ser sincero, penso ter sido apenas convocado para qualquer eventualidade ou contrariedade com os dois titulares: é ‘novinho’, inexperiente e foge um pouco à linha do que é habitual nos avançados polacos. Tem muito a crescer e não será solução em nada. A Polónia tem um banco relativamente fraco.

Quanto a Marco Paixão, de 31 anos e que se encontra inserido no estágio do Lechia Gdansk, “a minha opinião é a de que a selecção polaca é uma grande equipa que nos últimos anos cresceu muito desde que Nawalka está como treinador; tem crescido muito depressa e tem como ponto forte a união pois jogam tacticamente muito bem e unidos como equipa. Depois destacaria um jogador de que gosto muito e que neste momento está muito bem que é Kamil Grosicki que é um jogador fantástico, muito rápido e que pode desequilibrar qualquer equipa e a qualquer momento.

Basicamente teremos de acreditar. Acredito muito na selecção portuguesa e que Cristiano, Nani e Quaresma farão a diferença, gostaria muito que Quaresma jogasse pois pode desequilibrar muito a defesa polaca, é um jogador tecnicamente muito bom e isso poderá ser um factor de vantagem que poderemos ter para o jogo.

terça-feira, 21 de junho de 2016







Pela tarde, decidem-se as contas referentes ao Grupo D


Se no dia anterior a emoção esteve garantida com a decisão sobre o Grupo B, o dia de hoje volta a apresentá-la... mas a dobrar com a última jornada da primeira fase para dois agrupamentos, o C e o D com a curiosidade de ser este último, o D, a primeiramente conhecer a identidade dos seus apurados para os oitavos-de-final.
Neste agrupamento o destaque pela negativa remete-se à Ucrânia, equipa que surgia à entrada do Euro 2016 com exacerbadas ambições (um dos seus craques, Yevhen Konoplyanka, falava em… vencer todos os jogos) e que a faltar um encontro para concluir-se a fase de grupos continua sem somar qualquer ponto mesmo detendo uma geração jovem que vem ganhando embalagem nos últimos Europeus sub-21.

Por conseguinte, com a equipa ucraniana já afastada, ganha dimensão o confronto entre vizinhos frente á motivada Polónia pelo aspecto do orgulho pessoal de jogadores de reconhecida qualidade colocados em confronto com adversários da sua igualha mas em situação desportiva diametralmente oposta pois os 4 pontos, antes sequer do apito inicial, praticamente garante o apuramento para a fase seguinte em último caso como um dos melhores terceiros classificados.


Uma situação que ainda poderia ocorrer com… a campeã mundial em título Alemanha caso eventualmente seja/fosse derrotada pela surpreendente Irlanda do Norte que continua bem dentro da disputa de qualquer um dos três lugares apuráveis neste Grupo. De qualquer forma, qualquer resultado que não venha a ser a vitória germânica constituirá um verdadeiro escândalo face à diferença qualitativa existente entre os dois conjuntos pois o nível da Alemanha é hoje incomparavelmente superior e o seu estilo é também completamente distinto.


No Grupo C o destaque deverá remeter-se à disputa do 3º lugar, com Rep. Checa em vantagem.

Novos tempos, pode dizer-se, e enquanto selecções de grande tradição como a Holanda não fazem sequer parte do torneio, outros recém-chegados como a Irlanda do Norte vão trilhando o seu caminho que agora os coloca frente a uma poderosa Alemanha constituída muito na base do igualmente poderoso Bayern de Munique que já não domina de forma avassaladora mas controla a posse e a gestão da bola como poucos no Mundo do futebol.


Três horas depois, no Grupo C, duelo entre dois conjuntos obrigados a vencer, começando por uma Turquia dependente de um milagre, uma goleada sobre uma República Checa que também se encontra obrigada a vencer, fazendo fé na enormíssima competência da sua estrela maior de longa data, o guarda-redes Petr Cech que uma vez mais não ofereceu qualquer hipótese a companheiros de sector como o promissor Tomás Koubek, que esta temporada defrontou e foi derrotado pelo Sp. Braga ao serviço do Slovan Liberec, para assegurar uma noite sem golos sofridos.


Para os turcos, que apostarão no bom momento que alguns dos seus elementos traziam da SuperLig do seu país, casos dos atletas ligados ao Besiktas como os habituais titulares Oguzhan Ozyakup, médio criativo, e o atacante Cenk Tosun, sem contar com o médio Olcay Sahan, menos utilizado, e o defesa Ismail Koybasi, que poderá, quem sabe, ter a oportunidade de se estrear, o 3º posto pode valer apuramento em conjugação com os restantes terceiros classificados e caso consiga melhorar, e muito, o seu goal average.


Por seu turno, para a nação que em breve passará a ser chamada de Chéquia constituiria meio caminho andado garantir a 3ª posição para se colocar em condição de apuramento ou, quem sabe, ainda ultrapassar a Croácia com quem empataram na jornada imediatamente anterior.


Grupo C deverá ser dominado pela Espanha, com a Croácia a espreitar uma oportunidade


Precisamente à mesma hora, o seleccionado croata medirá forças com uma já apurada Espanha que por essa razão deverá entregar a sua baliza ao histórico Iker Casillas que há cerca de um ano reforçou o FC Porto para ocupar o lugar que antes era pertença do bem menos mediático Fabiano Freitas.


O derradeiro encontro permite a Espanha voltar a deixar clara a sua predominância que se estende mesmo até ao capítulo dos clubes no qual garantiu uma final de Liga dos Campeões composta pelos dois rivais de Madrid repetindo a proeza de há dois anos e novamente com supremacia do Real Madrid.

Mesmo já apurada, La Roja, que parece renovada e detentora de uma geração para o presente e para o futuro - atente-se à qualidade das suas selecções sub-17 e sub-19, por exemplo - estará atenta à questão 1º lugar, posto cuja garantia se encontra à distância de um ponto… Um verdadeiro somatório de razões que fazem com que valha, e muito, a pena acompanhar este final de tarde destinado aos grupos C e D.

quinta-feira, 9 de junho de 2016



Chorley reforça-se no Algarve

Desde o mais poderoso até ao mais modesto os clubes ingleses continuam a olhar os mais diversos escalões do futebol português para se reforçarem. Será esse também o caso do Chorley, 8º classificado da Conference North, 6º escalão em Inglaterra, que nos próximos dias rubricará contrato com o luso-brasileiro Thalisson Santos após se ter convencido do potencial que demonstrou ao serviço do Lagoa, tendo em Março chamado o atleta a viajar para Inglaterra a fim de acertar pormenores.

Esse acordo permitiu ao clube inglês garantir os préstimos do jovem de apenas 17 anos que alinha como extremo ou ponta-de-lança e se encontrava também referenciado pelo V. Setúbal, onde já havia realizado treinos experimentais, e que anteriormente representou o Portimonense, aí conquistando o título distrital da AF Algarve em Juvenis antes de partir rumo a Lagoa onde terminou a temporada e de onde parte rumo a Inglaterra para assinar contrato até ao início da próxima semana.

quarta-feira, 1 de junho de 2016



Nasceu o Ronaldo… de Leeds

O bom momento do futebol português também se transparece com o aparecimento de jovens talentos não apenas dentro do País como além-fronteiras, como voltou agora a suceder em Inglaterra onde mais uma promessa portuguesa vive um sonho. Curiosamente, mais um Ronaldo, não um Cristiano, mas um Ronaldo que em apenas dois dias se tornou a coqueluche do Leeds United, histórico clube inglês que inclusivamente chegou às meias-finais da Liga dos Campeões há 15 anos.

A história de sonho de Ronaldo Vieira, jovem luso-guineense de apenas 17 anos, começou a ganhar forma na quinta-feira dia 5, quando rubricou o primeiro contrato profissional com o histórico emblema de Elland Road. Como se tal não fosse já um marco importante na curta carreira do jovem médio centro que impressiona, segundo a imprensa local, pela “abundância de ritmo e força”… ainda se estreou pela primeira equipa logo no Sábado seguinte.

Apenas dois dias após ter rubricado contrato profissional, Ronaldo alinhou pelo Leeds como suplente utilizado no empate a uma bola frente ao Preston North End, estreando-se assim no Championship, segundo escalão do futebol inglês.

No entanto, acaba por ser natural o facto de este jogador ser visto em Portugal como um perfeito desconhecido visto que durante a sua passagem pelo futebol de formação no nosso País era conhecido como Ronaldo Nam (apelido do pai), nome pelo qual era conhecido na sua carreira pelo Benfica, clube que deixou há cinco anos para emigrar para Inglaterra, ao invés do sobrenome Vieira que herda da sua mãe e com o qual vem impressionando no Leeds e suscitando interesse. Nesse sentido, em pouco tempo poderá voltar a ser lembrado em terras lusas...