domingo, 30 de agosto de 2015




Mauro e Pengfei disputam lugar

Salvo alguma surpresa de última hora, o plantel do Mafra encontra-se fechado para novas aquisições, podendo apenas registar uma saída que se poderá tornar possível caso Jorge Neves venha a entender que o melhor cenário para um dos defesas centrais, posição actualmente excedentária, seja a saída de forma temporária.

Com efeito, poderá apenas existir um lugar no plantel entre dois jogadores, casos de Pengfei Han, de 22 anos, ou Mauro Pereira, de 23, pelo que o empréstimo para somar mais minutos se pode colocar para um destes dois atletas, ou o chinês que transita da época anterior ou o português contratado ao Sertanense que ainda sem qualquer minuto somado e com a concorrência de Sandro Silva, Kiki Ballack e Rafael Goiano poderão ambicionar rodar num clube a competir no CNS.

sábado, 29 de agosto de 2015





Iniciou-se com um empate o regresso do Real às provas nacionais, tendo alcançado um empate a duas bolas no terreno do Sacavenense no qual se destacou pela equipa da casa o avançado francês Brett, também ele um estreante no CNS e logo a bisar sendo que em um dos tentos contou a contribuição de um defensor adversário que ajudou a enganar o guarda-redes André Martins, garantindo a divisão de pontos entre os dois conjuntos.

SACAVENENSE
Elói Silva
Diogo Oliveira
Diogo Martins ©
Fragoso
Diogo Duque
Pedro Ribeiro
(Miguel Martinho, 81)
Daniel Gregg
Nuno Borges, 59)
Joel Neves
Cláudio Sanches
Paulo Matias
(Leo Mofreita, 9)
Brett
Treinador: Luís Morais

REAL
André Martins
Daniel Filipe
Diogo Alpalhão
Frederico Runa
Rúben Casimiro
Nildo
(Luís Mota, int)
Filipe Cristo
(Rúben Marques, 61)
Paulinho ©
Angola
(Tomás, 81)
Érico
Nuno Almeida
Treinador: Rui Sousa

Arbitragem: Miguel Silva - Lisboa
Disciplina: cartão amarelo para Leo Mofreita (37), Diogo Martins (72), Joel Neves (90+2); Frederico Runa (3)
Marcadores: Brett (47 e 74); Angola (45) e Daniel (63)

sábado, 22 de agosto de 2015




Para dar seguimento a uma primeira parte na qual as atenções incidiram sobre a sua passagem pelo Futebol de Praia, modalidade na qual vai defendendo as redes de Portugal na Fase Final da Liga Europeia, e a actualidade da sua carreira no futebol de onze que terá seguimento no Goa da Liga indiana, a 2ª parte da entrevista concedida por Elinton Andrade ao NOVA ACADEMIA DE TALENTOS esmiúça agora a carreira do veterano guarda-redes.

Desde o início de carreira até à actualidade, cada etapa foi escalpelizada pelo NAT e Andrade, que acedeu a caracterizar cada momento do seu percurso, dando o luso-brasileiro a conhecer vários pormenores que não eram até à data do conhecimento público. 


Antes de começar o Mundial chegou a visitar o Oriental, clube que disputa a Segunda Liga. Chegou a ser uma possibilidade representar este clube na próxima época?


Não, nenhuma possibilidade, o Oriental foi para apresentar o projecto ao Bé Martins e o Léo Martins, que não esteve presente porque ainda estava no Brasil mas eles têm o desejo de voltar aos relvados e eu queria aproveitar porque sempre gostei muito de ajudar as pessoas e o facto de ter alguns contactos e conhecer algumas pessoas fizeram com que chegasse ao Oriental, no caso o Jorge Alves, presidente da Selecção Nacional de Futvólei.

Ele é que me deu esse contacto, fomos ter com o presidente, a conversa foi feita só que o problema esteve no facto de não ser muito certo não poderiam largar a hipótese de largar a Selecção portuguesa. Queiram ou não queiram, eles precisam de ganhar o seu dinheiro e o Oriental não pôde oferecer a segurança a nível de contrato, seria um treino para que fossem observados, então dei a minha opinião e disse que não seria inteligente fazê-lo. 

Quem sabe depois da Estónia, tudo bem que aí já a época começou, mas se as portas ainda estiverem abertas, se o Bê Martins ou o Léo Martins não poderão representar o clube, assinar contrato e ficar por aí. A ideia deles, não estou a fazer-lhes propaganda mas a ideia é que fiquem na Liga portuguesa.

No meu caso não, na verdade nunca digas nunca mas não penso nisso ainda porque tenho ainda as minhas coisas no Brasil, a minha esposa, o meu filho, a minha família e não é fácil largar o sítio onde se vive para nos mudarmos para outro local, por mais maravilhoso que Portugal seja, sem saber o que me iriam propor. 

Só que conheço a realidade e sei exactamente onde podem eles chegar e fica um pouco longe da minha, então por mais que sempre ajude os clubes tenho de pensar um pouquinho em mim também, não posso morar nem ficar um ano aí sem ter algo que me possa dar tranquilidade como a do Brasil onde moro.


Antes disso, durante a sua estada no Marseille chegou a ser falado para alguns clubes em Portugal. Porque não se concretizou?

Quando estava no Olympique não se concretizaram as propostas desses clubes pois era uma situação complicada sair de Marselha para ir para Portugal na época por mais que coloque o dinheiro em segundo plano e como consequência de um bom trabalho era uma diferença muito grande e eu tinha um contrato muito bom no Olympique, as pessoas eram muito boas e em Portugal não seria dessa maneira embora tivesse sido contactado para jogar e em Marselha eu jogasse mais na Taça e na Taça da Liga.

Após isso houve sondagens de empresários que falaram com alguns clubes como o Penafiel, o Moreirense, houve essas situações que não sei se são verdade pois não chegaram directamente a mim, eram apenas empresários a falar e a tentar e não sei até que ponto seria verdade.




Teve uma longa carreira, três anos no total, no Marseille. Quais são as principais memórias?
As principais memórias são os títulos, foi demais, três anos sensacionais, as pessoas que conheci, só  jogadores com uma carreira brilhante e um treinador brilhante e sensacional como o Didier Deschamps, um título de campeão francês, três Taças da Liga, duas Supertaças, ter tido a chance de jogar uma Liga dos Campeões…



Participei em todas, no caso foram três mas tive a hipótese de jogar uns quartos-de-final contra o Bayern de Munique, joguei a Taça da Liga em que fomos campeões…Várias memórias e lembranças que ficarão na minha memória para o resto da vida.


Lamenta o facto de apesar dos quatro títulos conquistados tenha realizado poucos encontros oficiais em três épocas?



Impossível lamentar até porque fui o único jogador que nesses três anos esteve em todos os jogos – todos- ou como titular ou como suplente do Mandanda, foram alguns jogos, mas enfim, desses jogos todos foram de título na sua maior parte na Taça da Liga em que fomos tricampeões, os jogos em que participei no Campeonato foram de uma importância muito grande para somar os três pontos e manter a liderança para ser campeão francês.



O jogo mágico foi contra o Bayern de Munique para a Liga dos Campeões, não tenho nada que lamentar da minha passagem por lá, se for a Marselha e perguntar algo sobre o Andrade tenho até hoje uma bandeira guardada que os adeptos fizeram para mim, acho que de tudo o que lá me entreguei, treinando, jogando, apoiando, foi uma relação muito boa e ainda hoje os adeptos me escrevem, estão sempre em contacto comigo pelo carinho que temos entre nós.


A experiência de ter conquistado uma Ligue 1 e três Taças da Liga de França ajudou a que pudesse ser uma referência para alguns dos companheiros na Selecção neste Mundial?



Foram uma Liga, três Taças da Liga e duas Supertaças, são títulos que não me podem tirar (risos). Com certeza, não só a experiência como também essa energia positiva de ter ganho essas coisas, de poder levar esse espírito bom, é uma boa experiência que passo para os companheiros, com certeza que ajudou. 


Estreou-se como sénior no Centro de Futebol Zico do Rio de Janeiro. Começou a lidar com Zico nessa altura?



Comecei no América do Rio de Janeiro, de 94 até 98, tive a felicidade de ir para o Centro de Futebol do Zico, um craque como ele, Andrade e Adílio como treinadores e o Zico como presidente e foi onde a minha vida como jogador recebeu um sonho e esperança e aí começou o relacionamento com o Zico e pude mostrar o meu trabalho, não só a treinar como a jogar, como pessoa, carácter, enfim… Há muito tempo que estamos juntos e hoje posso dizer que somos amigos.


Seguiram-se o Centro de Futebol Zico em Distrito Federal, Bangu e Rio Claro. Nesta altura chegou a duvidar de que seria possível chegar aos grandes palcos?

Nunca duvidei de nada, acreditei e acredito sempre, no CFZ de Brasília fomos campeões invictos e de lá fui para o Flamengo, onde era suplente do Julio César, no Rio Claro fui para jogar pois era novo e no Flamengo não estava a jogar e logo em seguida fui para o Bangu em 2004 jogar o Carioca em que fiquei entre os três melhores guarda redes da competição, indo então para o Fluminense e em seguida para o Vasco da Gama.

No Vasco da Gama foi também pouco utilizado, não foi? Foi por essa razão que optou por viajar para Itália?
Fiquei pouco no clube, joguei 4 jogos e fui embora pois não aceitei renovar o meu contrato e no caso o Romário tinha-me levado. E aí começa a minha história e muito longa pois fui em busca do meu passaporte português.

Tratou do passaporte português para viajar para Itália? A sua ligação familiar a Portugal prende-se com o seu avô, não é? Já conhecia o país?

Não sei se era pra viajar para Itália mas era pra jogar na Europa pois o meu empresário é italiano e talvez por isso a facilidade de ir para Itália e na verdade para mais sendo neto de português isso facilitou a minha cidadania, o que ajudou mesmo foi o facto da Federação de Futvólei Portuguesa com Jorge Alves ter-me convocado para o Mundial na Suíça e com isso o meu nome foi para o Diário da República. 



O meu avô na verdade eu nem conheci e hoje o que me prende a Portugal é a família que ganhei em Vieira do Minho, na Quinta de Calvelos, que quero do meu lado pelo resto da vida e antes disso não conhecia Portugal.


Por que motivo foi tão curta a sua passagem pelo Ascoli de Itália? Foi difícil a adaptação?

Adaptação fácil demais e para o treinador de guarda-redes ele via-me como uma promessa no futebol italiano, o problema é que o diretor que me levou juntamente com o meu empresário saiu do clube e o que entrou optou por não me contratar pois eu não tinha o passaporte europeu ainda em mãos.

Considera determinante o ano no Moto Club e no Duque de Caxias para regressar à Europa para desta feita ser bem-sucedido?

Determinante foi o que o destino reservou para mim pois não fui para Europa por ter jogado bem no Moto Clube ou no Duque de Caxias, ninguém observa esses clubes, só Deus e penso que esses clubes serviram para eu voltar a jogar, ter o passaporte em mãos e eles queriam contrato de um ano e eu não aceitei pois acreditava que no meio do ano, no caso em 2007, eu iria para a Europa.

A experiência no Rapid Bucareste foi a que ambicionava para entrar numa porta mais ambiciosa como a do 
Marseille?



Quanto à ambição não pois sempre fui ambicioso, claro que estar no Rapid, ter jogado uma Liga Europa ajudou a estar perto dessas grandes potências, mas a minha ida para o Marseille foi mais uma vez o destino a reservar-me algo por tudo o que trabalhei e no momento certo eles precisaram de mim pois dificilmente eles olham para o campeonato romeno.


Antes de partir para o Chipre chegou a ser falada a sua transferência para o Náutico. O que falhou? 

Eu fui para o Náutico e inclusive tenho um processo na justiça contra eles por não me pagarem nada ,e logo em seguida apareceu o Chipre e eu não pensei duas vezes, aceitei pois o meu desejo era lá jogar e voltar para a Europa.

No Chipre reforçou o Ermis Aradippou. Fica satisfeito com essa experiência?



Muito, uma equipa que tinha subido da segunda divisão e que na primeira fez um grande campeonato, conheci pessoas sensacionais e não fiquei até ao final pois precisava de ficar perto do meu filho e tomei a decisão a meio do campeonato, no caso em Dezembro, isso de voltar foi em 2013.


Já se referiu aos maus momentos que passou no regresso ao Brasil, altura em que representou o Duque de Caxias e o Uberlândia. Como correu nesses clubes?



Foi quando voltei do Chipre, acertei imediatamente para jogar o campeonato carioca pelo Duque de Caxias onde fiquei entre os três melhores guarda-redes do campeonato mas era um clube pequeno com mentalidade pequena principalmente por alguns que o dirigiam e no Mundial 2014 decidi rescindir o meu contrato e escolher para onde ir, nada interessante apareceu e aceitei o Flamengo em setembro de 2014 em futebol de praia.



2015 começou e eu esperava ir para os EUA e não se concretizou, não aceitei nenhum clube nos Estaduais e quando já estava tranquilo em não ir para o campo pois iria representar a seleção portuguesa na praia apareceu o Uberlândia para um hexagonal final com uma proposta interessante, aceitei.



Chegado lá não era aquilo que me propuseram e achei falta de caráter e respeito de alguns dirigentes e o meu coração já estava em Portugal, rescindi na hora e fui para o meu primeiro estágio na seleção, final de Abril logo marcando 2 golos em 2 jogos (risos).


Por conta disso, admite não voltar a representar outro clube brasileiro de futebol de 11?



Nunca diga nunca mas representar equipa de menor expressão no Brasil não pretendo mais representar e trabalho muito para que não precise e depois da Índia a minha meta é jogar a Liga portuguesa.


falou deste tema e do facto de ser um grande jogador de futvolei, modalidade na qual também representa Portugal. Vai continuar a competir nesse desporto?



Não é prioridade, quando joguei foi pelo fato de estar de férias ou apresentar-me no futebol 11 depois do evento mas aqui no Rio de Janeiro jogo quase todos os dias.


Foi essa experiência no futvólei que fez com que tenha a facilidade de remate e no jogo de pés que demonstrou no Mundial? Considera que esse é um aspecto que o separou dos restantes guardiães na prova?



Não pois no futvolei eu não chuto, a técnica vem do futvolei, de jogar controlo de bola com a minha esposa e de ter 21 anos de carreira praticando desportos e técnicas diferentes.


Fora do campo, foi comparado a David Beckham por ser nesta Selecção aquele que parecia ter mais cuidados com o visual e uma esposa muito bonita. É algo a que se encontra habituado nos clubes por que passa?



(Risos) Normalmente brincam com isso sim ,em todos os clubes mas não por ser parecido com Beckham até porque não sou mas sim pela vaidade e preocupação com a imagem, sim.


Cruzou-se com muitos craques na Selecção e nos clubes em que passou. Que jogador mais o impressionou?
Dois: Lucho Gonzalez e Romário.




















sexta-feira, 21 de agosto de 2015




Águia já lidera

Cumprem-se já duas jornadas no Nacional de Juniores com o Benfica a conseguir para já cumprir as expectativas que sobre si recaíam ao ocupar a posição de líder após conquistar duas vitórias nos encontros já disputados - depois da vitória em Leiria, as águias derrotaram confortavelmente o Portimonense por 5-0 muito embora o resultado apenas tenha começado a construir-se a partir do minuto 65 com o primeiro dos três tentos da figura do encontro, o goleador Zé Gomes.

Após a tarde de qualidade do jovem atacante sub-17 dos encarnados com um hat-trick quando apenas integrou a partida a partir do intervalo, fica agora marcada para a manhã de Domingo o que será uma interessante disputa no terreno do Loures, adversário que se mantém também invicto até ao momento.

BENFICA
1- Fábio Duarte
2- Aurélio Buta
3- Rodrigo Escoval
4- Francisco Ferreira ©
5- Pedro Amaral
6- Alfa Semedo
8- Guga Rodrigues
10- Bruno Lourenço
(17- Mika Borges, 60)
7- Leonardo Natel
(15- Hugo Santos, 52)
9- Hugo Neto
(18- Zé Gomes, int)
11 - Tiago Dias
Suplentes não Utilizados: 12- Diogo Ferreira, 13- Rodrigo Borges, 14- Diogo ‘Calila’ e 16- Jorge Pereira
Treinador: João Tralhão

PORTIMONENSE
1- Luís
2- Rafael Pinto ©
(14- Camilo, 76)
3- Sapateiro
4- Hélder
5- Lamy
6- Ary
(16- Vila Nova, 83)
7- Seca
8- Dário
9- Leong
10- Barros
(17- Gil, int)
11 - Simões
Suplentes não Utilizados: 12- Pedro Eusébio, 13- Tiago, 15- Prima e 18- Alec.
Treinador: Ivo Garcia

Arbitragem: André Narciso - Setúbal
Disciplina: Hélder (50)
Marcadores: Zé Gomes (65, 78 e 85), Francisco Ferreira (76) e Alfa Semedo (81)




quinta-feira, 20 de agosto de 2015




Sporting 2-1 CSKA Moscovo - avaliações individuais

SPORTING
Rui Patrício - 7
João Pereira - 4
Paulo Oliveira - 5
Naldo - 5
Jefferson - 5
Adrien Silva - 6
João Mário - 5
André Carrillo - 7
Bryan Ruiz - 5
Islam Slimani - 6
Téo Gutierrez - 6
Allberto Aquilani - 6
Gelson Martins - 6
Carlos Mané - 4
Jorge Jesus - 6

CSKA
Igor Akinfeev- 6
Mário Fernandes - 5
Vasily Berezutski - 6
Sergey Ignashevich - 6
Nababkin - 5
Pontus Wernbloom - 5
Eremenko - 5
Alan Dzagoev - 5
Ahmed Musa - 7
Seydou Doumbia - 6
Zoran Tosic - 6
Giorgi Milanov - 3
Bibras Natcho - -.
Alexei Berezutsky -.
Leonid Slutsky - 5


quarta-feira, 19 de agosto de 2015









Regresso do Loures - So far, so good

Após uma muito proveitosa temporada que culminou no regresso ao escalão maior do Nacional de Juniores, o Loures tem sido uma das sensações ao não ter ainda sido derrotado nas duas jornadas até ao momento já disputadas na competição com quatro pontos já conquistados e o jovem Fred em destaque.

Ao ter apontado o golo da equipa frente ao Oeiras e antes rubricado a assistência na recepção ao Sacavenense, precisamente os dois tentos alcançados pelo Loures na prova, o médio criativo tem sido o elemento em destaque na equipa preto e amarela. O NOVA ACADEMIA DE TALENTOS publica as fichas completas dos encontros frente a Sacavenense e Oeiras:



1ª Jornada - Loures 1-1 Sacavenense

LOURES
Diogo Martins, Falé, David Prata (David), Josué e Elvis, Benny (Faty), Xavier (Antunes), Gonçalo, Fred Ferreira , Ivan, Varela

SACAVENENSE
Joel Dias, André Silva, André, Baltazar e Marinho, Tiago Viola, Diniz, Ivo, Borges, João Santos e Midana Sambu

Marcadores: Xavier; João Santos




2ª Jornada: Oeiras 0-1 Loures

OEIRAS
Tomás Pereira; João Afonso, Rafael Pio, Santana e André Gonçalves; Malaine, André Ribeiro, Rafael Santos e Daniel Santiago; Gonçalo Brás e Bruno Pires.
Jogaram ainda: Edu, Santiago Ferreira e Francisco Matos.

LOURES
Diogo Martins, Fálé, David Prata, David e Elvis; Gonçalo, Xavier, Varela e Fred Ferreira; Antunes e Ivan
Jogaram ainda: Benny, Faty e Vanylson

Marcador: Fred (65)



terça-feira, 18 de agosto de 2015


Taça de Honra de Lisboa em Futsal –

¼ final

Leões Porto Salvo 2-2 U.Progresso da Venda Nova (6-5 pen)

LEÕES PORTO SALVO
13- Vasco Silva
4- Diogo Santos
7- Paulo Xavier
8- Pauleta
11 – Cláudio Borges
Jogaram ainda: 3- Hugo Eduardo, 5- Bruno Cardoso ©, 10- David Silva, 17- Guilherme Fantinato, 12- Carlo Cardoso, 16- Fábio Barros, 20- Ricardo Andrade, 6- Paulo Fonseca e 1- António Silva
Treinador: Ricardo Lobão

PROGRESSO VENDA NOVA
2- Tiago Gomes
5- João Matias ©
11 – Fábio Oliveira
6- Vítor Torres
10- Marlon Silva
Jogaram ainda: 4- Rafael Lopes, 7- Ivo Magina, 14- Rúben Correia, 16- Diogo Vicente, 17- Cláudio Domingos, 18- João Saraiva e 3- Gonçalo Nunes
Treinador: João Gonçalves

Arbitragem: Miguel Alves e José Santos - Lisboa
Marcadores: Diogo Santos (21) e Fábio Oliveira (33, ag); Rafael Lopes (28) e Fábio Oliveira (34)

SL Olivais 0-1 AM Portela

SL OLIVAIS
1- Cristiano Parreiro (gr)
4- André Nabais
5- Tiago Dias
6- João Paquete
7- João Marçal ©
12- Paulo Silva (gr)
8- Jander Praciano
11 - André Almeida
14- Wilson Tavares
19- Cláudio Lumbu
22 - Diogo Lopes
Treinador: Luís Alves

AM PORTELA
1- Neutel Felizardo (gr)
4- João Palma
5- Diogo Fidalgo
6- Bruno Gonçalves
7- Ricardo Domingues ©
8- Samuel Furtado
9- João Silva
10- João Pinheiro
12- João Amaral
14- Sandro Gandarez
16- Ricardo Cardoso
Treinador: Luís Estrela

Arbitragem: Luís Fernandes e André Coelho - Lisboa
Marcador: Neutel Felizardo.

½ final

 Primeiro derby deu leão finalista
SL Benfica 4-4 Sporting CP

No primeiro derby da temporada, logo ao minuto e meio foi o Benfica quem se adiantou por intermedio de Chaguinha. Passavam-se três minutos e meio quando as águias aumentavam o ’score’ através de Bruno Coelho com a resposta mais efectiva por parte dos leões a ser travada por Juanjo, que defendeu por quatro ocasiões até que aos 16 Cavinato reduziu a desvantagem para o Sporting após toque de Miguel Ângelo.

Até ao intervalo as grandes defesas de Juanjo repetiam-se antes de Patias foi travado por Marcão na grande área, originando a expulsão do guardião sportinguista e o 3-1 face à grande penalidade convertida pelo mesmo Patias, seguindo-se aos 22 o 4-1 para os encarnados após excelente apontamento de Fábio Cecílio.

No minuto seguinte o Sporting voltava a reduzir por Pedro Cary junto à linha de golo carimbando um primeiro remate de Fortino, que se tornaria a grande figura do encontro ao ter sido o autor do 3-4 e também a igualdade, seguindo-se um período de maior domínio sportinguista até aos instantes finais, definindo-se o vencedor apenas num desempate por penalties favorável aos leões, que assim se qualificam para a final.

BENFICA
12- Juanjo Hernandez
2- Bruno Chaguinha
5- Fábio Cecílio
8- Alessandro Patias
9- Gonçalo Alves ©
Jogaram ainda: 3- Bruno Coelho, 7- Rafael Henmi, 6- Fernando Wilhelm, 23- Jefferson Pessoa e 20- Nélson Ré.
Não Utilizados: 1- Euclides Bebé, 11 - Bruno Pinto, 14- Alan Brandi, 15- Cristiano Marques, 17- Mário Freitas e 19- Tiago Fernandes
Treinador: Joel Rocha

SPORTING
15- Marcão
9- João Matos ©
8- Diogo Castro
29- Alex Merlim
20- Rodolfo Fortino
Jogaram ainda: 7- Djo Fernandes, 17- Diego Cavinato, 6- Pedro Cary, 10- Miguel Ângelo, 22- Fábio Lima e 21- Gonçalo Portugal
Não Utilizados: 1- João Benedito, 2- Paulinho Martins, 3- Edgar Varela, 4- Dany Costa, 11- Caio Japa, 14- Mamadu Turé, 16- André Sousa, 18- Paulo Pereira
Treinador: Nuno Dias

Arbitragem: Ana Ribeiro e Ricardo Fonseca - Lisboa
Disciplina: Alex Merlim (28); Fernando Wilhelm (39); vermelho directo para Marcão (21)
Marcadores: Bruno Chaguinha (1), Bruno Coelho (3), Alessandro Patias (21) e Fábio Cecílio (22,); Diego Cavinato (16), Pedro Cary (23) e Rodolfo Fortino (24 e 31)

Figura – Rodolfo Fortino

Foi o pivot de que os leões necessitavam, tendo criado perigo por diversas ocasiões, apontado dois tentos, estado presente nas jogadas de vários dos golos e ainda convertido a sua grande penalidade.

Nuno Dias - Sporting

Faço a minha análise em três pontos: uma excelente exibição da nossa parte, estou completamente surpreendido pela forma como já conseguimos jogar com tão pouco tempo de trabalho e contra uma equipa que é campeã nacional e está entrosada, e mesmo perante uma desvantagem de três golos soubemos sofrer.

Final

Garantiu assim o Sporting a conquista de uma Taça de Lisboa que na época transacta lhe havia escapado, esperando repetir a façanha no Campeonato Nacional.

SPORTING
21 - Gonçalo Portugal
7- Djô Fernandes
6- Pedro Cary
29- Alex Merlim
20- Rodolfo Fortino
Jogaram ainda: 8- Diogo Castro, 17- Diego Cavinato, 9- João Matos ©, 10- Miguel Ângelo, 22- Fábio Lima e 3- Edgar Varela
Não Utilizados: 1- João Benedito, 2- Paulinho Martins, 4-Dany Costa, 11- Caio Japa, 14- Mamadu Turé, 16- André Sousa, 18- Paulo Pereira
Treinador: Nuno Dias

LEÕES PORTO SALVO
12- Carlo Cardoso
5- Bruno Cardoso ©
4- Diogo Santos
20- Ricardo Andrade
8- Pauleta´
Jogaram ainda: 3- Hugo Eduardo, 17- Fábio Armando, 6- Paulo Fonseca, 7- Paulo Xavier, 10- David Silva e 11- Cláudio Borges
Não Utilizados: 1- António Silva, 16- Fábio Barros e 13- Guilherme Fantinato
Treinador: Ricardo Lobão

Arbitragem: Miguel Castilho e Luís Ribeiro - Lisboa
Disciplina: João Matos (25)
Marcadores: Pedro Cary (3), Rodolfo Fortino (9), Diogo (27); Paulo Fonseca (25)

Declarações

Nuno Dias - Sporting

A primeira parte foi excelente, muito boa sob todos os domínios e com muita pressão sobre o portador da bola; na segunda acusámos o desgaste inerente a três jogos na mesma semana nesta fase da época, sempre com uma boa resposta por parte da equipa.




domingo, 16 de agosto de 2015




Villa com Gauld referenciado

A preparar-se para a segunda temporada ao serviço do Sporting, novamente na equipa B, nem assim Ryan Gauld deixa de fazer parte da lista de vários talentos a ter em atenção como acontece em especial com o Aston Villa, que mantém o criativo escocês referenciado, acompanhando a sua progressão com a camisola verde-e-branca e ao serviço da Escócia, desconhecendo-se no entanto para quando estará agendada uma eventual proposta para a sua aquisição.

Recorde-se que o Villa foi há precisamente um ano o clube que mais rivalizou com o Sporting pelo concurso de Gauld, que para além de ter preferido partir para Portugal terá recebido uma proposta superior por parte dos leões que foi vista pelos responsáveis ‘villans’ como impossível de igualar pelo facto de o montante ser exagerado.

No entender dos dirigentes do Villa, pagar 3 milhões de euros, como fez o Sporting, praticamente obrigaria à utilização imediata de Gauld na Premier League ao serviço da primeira equipa tendo em conta o investimento que acarretaria, considerando-se na altura no clube inglês que o jovem sportinguista não estaria ainda preparado para dar esse passo. Um ano depois, esta situação poderá em pouco tempo mudar de figura.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015





Desde o seu início, o NOVA ACADEMIA DE TALENTOS tem entrevistado vários grandes jogadores, jovens promessas, treinadores de nomeada. No entanto, nunca teve a oportunidade de chegar à fala com um campeão do Mundo e logo um atleta com uma história muito especial como é o caso de Elinton Andrade, que ainda nem há uma semana conquistou o Mundial de Futebol de Praia por Portugal alguns anos depois de ter conquistado a Ligue 1 na variante de onze.

Qual é a sensação de ser campeão do Mundo? Acreditava num passado recente que uma conquista deste tipo pudesse ser possível?

Foi um orgulho enorme representar esta nação. Na verdade, a sensação é a melhor possível. Às vezes ainda tenho dúvidas, parece que a ficha ainda não caiu. Acho que se ainda estivesse em Portugal iria vivenciar ainda mais esta emoção, o facto de ter voltado para o Brasil já me fez refrear um pouco.

Já estou a treinar novamente, estou a tratar de situações em que tive dois meses para resolver mas com certeza que eu, a minha esposa e o meu filho ficamos a pensar nisso a cada instante. É fácil falar sentado em casa que imaginava isto, mas posso dizer que as pessoas perto de mim e em casa são a prova de que treino muito em todos os desportos em que Deus me disposição de fazer e sempre almejei chegar ao lugar mais alto.

Saí do Brasil para jogar umas Olimpíadas Europeias e nessa altura prometi ao meu filho e à minha esposa que traria uma medalha olímpica e felizmente tivemos êxito lá, no Mundial foi a mesma coisa, disse à minha mulher que ela iria a Espinho para ver o Mundial, para que eu marcasse um golo para ela e para que ela nos visse sermos campeões do Mundo e deu tudo certo, comecei a acreditar nisso.

Tendo em conta que cumpriu toda a carreira no Futebol de 11, como lhe surgiu a hipótese de passar a representar Portugal nesta modalidade?
Eu já tinha representado Portugal anteriormente e na praia também, fiu até eleito o melhor jogador de um Mundial, isto na variante de futvólei, e o Alan era até o nosso treinador, continuei a minha carreira normalmente no futebol de 11 até que aqui apareceu a possibilidade de jogar pelo Flamengo.

Isto porque optei por não aceitar algumas situações no futebol de 11 e precisava de continuar a treinar. Então, nessa altura apareceu o Flamengo que me permitiu treinar e continuar a competir. Desde logo fui eleito o melhor guarda-redes do Campeonato, e desde então não parei de jogar.

Sendo o Elinton um profissional de futebol de 11 com mais de 20 anos de carreira, como surgiu a possibilidade de jogar na praia?

Tocou num ponto interessante, são ao todo 21 anos de carreira e principalmente depois de ter jogado no Olympique de Marseille onde aprendi muito, conquistei muitas coisas, comecei a ter a chance de optar para onde podia ir, depois do Olympique fui para o Chipre e depois disso resolvi voltar para o Brasil para ficar perto do meu filho, vim para um clube pequeno que joga o Campeonato Carioca e enxerguei coisas que não merecia, nem passar por elas.

Então, tomei a decisão de não aceitar qualquer tipo de clube para jogar, principalmente pelas pessoas que os dirigiam. Em cima disso, precisava de treinar, de competir e de fazer aquilo que mais amo, e chegou essa possibilidade do Flamengo, mas infelizmente no Brasil, não sei se também será assim em Portugal, existe o preconceito de que um jogador de futebol de 11 que passa a jogar futebol de praia está a encerrar a carreira.

Não é esse o caso, pois estou muito longe de encerrar a carreira, penso fazer muitas coisas ainda, e então optei por esse desafio que nem sequer o é porque jogo na praia desde os 12 anos, conheço bem a areia pelo futvólei, até voleibol de praia já joguei, e o futebol de praia era o melhor para poder competir. 

Só agora em Setembro completarei um ano de competições em futebol de praia e que nem sequer são tantas assim porque o Brasil é muito desorganizado nesse aspecto e infelizmente os jogadores não podem viver do futebol de praia. Isso é uma pena e é por isso que aceitei ir para a Índia, vou reforçar o FC Goa pois preciso de sustentar a minha família e em cima disso, dessa altura em que joguei pelo Flamengo.

Comecei a acompanhar as competições nas quais a Selecção Portuguesa jogaria e o Alan começou a falar-me muito do caso, das Olimpíadas, do Mundial… e isso para qualquer atleta é um sonho e passei a alimentar o sonho de ser medalhado olímpico e de jogar um Mundial e isso mexeu muito comigo e já estava escrito, acho que o Pai do Céu assim o quis e foi por isso que não apareceu nada de interessante no futebol de 11.

Quando fui ver, já estava dentro, foi o meu primeiro estágio na Selecção, já marquei golos e assim fui deixando o meu cartão-de-visita na equipa, essa marca registada de poder chutar à baliza e fazer golos. 

Quando voltei a olhar, estava na convocatória para as Olimpíadas, para o Mundial e na Liga Europeia em Moscovo eu também já estava, e foi sensacional, estou muito feliz com isso e fui campeão do Mundo com uma família maravilhosa que conquistei. Estou ainda mais feliz por ter conquistado tudo aquilo que conquistei por ser pela Selecção portuguesa.

Foi indiscutivelmente um dos melhores na posição no Mundial. Acha que poderia ter vencido o prémio de melhor guarda-redes e não o seu homólogo do Tahiti?

Vou ser sincero sobre essa questão do melhor guarda-redes porque para a minha esposa, o meu filho, a minha mãe e os meus amigos, a minha consciência, podes ter a certeza de que me vão achar o melhor do Mundo, sei o que treino, o que vou fazendo no futebol de praia, sei do Mundial que fiz, os meus 21 anos de carreira, acho que pode ter sido uma compensação, uma divisão de prémios já que Portugal foi campeão.

Existiram outros jogadores de Portugal que não conquistaram prémios individuais mas levaram o segundo e o terceiro prémio, os de melhor marcador, mas não tem problema, o Tahiti só joga esta competição e não terão outras. Se a FIFA decidiu por um voto que seria o guarda-redes do Tahiti a ganhar ele acabou por ganhar, já há dois anos assim foi com a Rússia que foi a equipa que ganhou, a Espanha foi segunda e quem ganhou foi o guarda-redes espanhol, o Dona.

Mas é como te disse no início, o que vale é a consciência e as pessoas próximas de mim e tenho consciência do guarda-redes que sou e da importância que tive para Portugal, o prémio mais importante era o Mundial e a taça de campeão, a medalha, e é isso que vou levar para o resto da minha vida. 

Ainda não conta um ano na modalidade embora tenha conseguido sucesso imediato. Equaciona seguir carreira no futebol de praia? Ou o futebol de 11 continua a ser a 1ª opção e a praia como complemento?

Na verdade, se conseguir com esta ida para a Índia, que durará entre Setembro e Dezembro, e no restante tempo jogar futebol de praia era sensacional porque é um desporto pelo qual sou apaixonado também não só por essas conquistas como também pelo facto de estar a representar a selecção portuguesa, vai ser sempre um prazer, e então se der a partir desse período para jogar futebol de praia, está óptimo.

O problema em relação a isso é se acertar, e seria um prazer também, com outro clube, por exemplo se tiver a oportunidade de jogar na Liga portuguesa e fizer um contrato de um ou dois anos isso complica um pouco para poder jogar outra modalidade, isso não existe. Tudo isto aconteceu porque estava sem clube, optei por isto e só irei para a Índia em Setembro, então tudo ficou mais fácil, estando em algum clube de futebol de 11 dificilmente seria libertado para jogar.

A minha carreira ainda vai ser longa, tenho 36 anos e vou jogar pelo menos até aos 45, tenho muito tempo para poder representar clubes no futebol de onze e jogar futebol de praia na selecção portuguesa. Já estou a pensar no próximo Mundial que será daqui a dois anos, as próximas Olimpíadas Europeias daqui a quatro anos, se não me engano, na Turquia. Se puder, o Andrade estará lá. 

O seu futuro próximo passará então por começar a época numa equipa de Futebol de 11?

Esse é o meu objectivo, primeiro em toda a competição que estiver quero blindar e focar-me naquilo que almejo como o fiz na Liga Europeia, nas Olimpíadas, no Mundial. No dia 15 estarei de volta a Portugal para jogar a final da Liga Europeia na Estónia e pretendo finaliza-la bem mas depois quando estiver na Índia vou ter de esquecer um pouco a praia e focar-me exactamente lá e nesse título, no ano passado o Zico perdeu na meia-final e eu ainda não estava lá.

Este ano pretendo ter essa sorte e ser campeão. Como já disse, o futebol de praia não nos dá segurança e por isso é este o meu objectivo até Janeiro de 2016 e depois passar a jogar em Portugal, aproveito até esta oportunidade porque muitas pessoas em Portugal vão ler esta entrevista ou saber dela para dizer que desejo muito jogar aí e isso não tem que ver por me ter sagrado campeão do Mundo pelo País, é um desejo antigo.

Quando estava no Olympique de Marseille existiram algumas situações mas era difícil eu deixar o Olympique para aceitar algumas dessas ofertas, chegou a falar-se do Vitória de Setúbal, com quem tive uma conversa interessante mas não foi possível. No entanto, é meu desejo ir para aí jogar até pela família que tenho em Vieira do Minho e poder estar perto deles. 

Infelizmente, o futebol de praia não nos dá segurança, um salário mensal, podermos trabalhar nesse desporto, é uma pena muito grande mas pode ser que a partir deste Mundial… no Brasil é para esquecer, falo do Brasil pois sempre vivi aqui mas realmente há sempre ‘bagunça’.

Isso reflectiu-se mesmo neste Mundial ao ter sido eliminado nos quartos-de-final. Para dizer a verdade, não sei como é em Portugal para poder falar sobre a organização no sentido de um dia um jogador poder ser assalariado e poder viver disso para poder dizer se seria ou não possível. Enquanto não acontece podermos viver do futebol de praia eu terei de continuar a minha carreira, a Índia será um grande passo para poder fazer um desses contactos.

O Simão que jogou no Benfica vai também para lá, não para a minha equipa mas para aquela que é treinada pelo Materazzi. Quem sabe o que vai acontecer? Costumo pensar e traçar algumas metas e a maioria costuma dar certo e desejo muito jogar na Liga Portuguesa. Em Janeiro estarei junto de todos vocês.

Irá jogar para a Índia, para o FC Goa treinado por Zico. Guarda algumas expectativas sobre esse futebol? Ser treinado por Zico foi um atractivo para aceitar?

Já tenho algumas informações sobre o futebol da Índia, para muitos que não o sabem essa Liga já existe com uma empresa inglesa a investir numa Superliga que acontece numa competição entre Setembro, altura em que se cumpre a pré-época, e Dezembro, e a ideia deles é levar jogadores que tiveram tudo na carreira, no passado estiveram lá Del Piero, Materazzi, Trezeguet, entre outros jogadores conhecidos de que não me recordo.

Do Brasil já ali jogaram o Elano, André Santos, e com o Zico como treinador a SuperLiga foi um sucesso, o público presente já era de 50 e 60 mil adeptos, são apoiantes fanáticos, e já sei que este ano para além do Zico da selecção brasileira também o Roberto Carlos será treinador, tal como o Materazzi e outros jogadores famosos também jogarão a Liga. Claro que sendo Zico o treinador, já trabalhei com ele, foi o presidente do clube em que comecei, o CRZ, para além disso ele é meu amigo.

O Zico é o meu ídolo e com certeza foi um atractivo para que aceitasse a proposta e o facto de continuar a jogar, ou não tivesse uma carreira de 21 anos, é também o que amo fazer e não poderia deixar de aceitar para além do que já disse, o salário e esse tipo de coisas de que também preciso por mais que isso não seja a minha prioridade trabalho muito e por consequência tenho o meu dinheiro.

Seja ele muito ou não, não vivo em função disso. Sempre fui assim e continuarei a ser assim, então existem alguns factores que levaram a que aceitasse o Goa, acima de tudo porque me dou bem com o técnico.

Para além do Goa, teve outros convites em carteira?

O convite do Goa chegou a 31 de Março, aceitei na hora, foi o Zico que me ligou, e eu na época estava no Uberlândia de Minas Gerais e logo depois tive a primeira convocatória para a Selecção portuguesa, confesso que não sabia o que fazer porque o meu coração estava a pedir para que fosse para a Selecção e sabia que o meu contrato com o Uberlândia estava a terminar, acabava no final de Maio e faltavam jogar-se alguns jogos de um torneio hexagonal que no caso existe neste Campeonato Regional.

Por coisas que tinham acontecido nos bastidores, optei por rescindir o meu contrato já com a ideia de me apresentar na Selecção portuguesa, já tinha isso na cabeça, e o convite do Goa chegou nessa altura quando o Zico me ligou e eu na altura estava no Uberlândia, onde jogava poucos jogos por ser esse Hexagonal final do Campeonato Regional, que é antes do Nacional, no dia 1 de Abril chegou a convocatória para a selecção portuguesa e o meu coração e a minha cabeça já estavam com Portugal.

Houve algumas coisas nos bastidores do Uberlândia com as quais não concordei que fizeram com que rescindisse o contrato, já tinha o Goa como certo e tinha a Selecção Nacional que era um desejo meu e me permitiria ganhar o Campeonato do Mundo, jogá-la e ganhá-la como é óbvio que era o meu objectivo, a partir desse momento não é que tenha fechado portas mas deixei de escutar outros, claro que aparecem sempre empresários a perguntar qual é o meu interesse, para onde vou, se quero ir para algum clube…

Enfim, algumas situações menores aqui no Brasil mas já tinha tudo acertado e planeado na minha vida, então não procurei saber de mais nada pois já tinha contrato assinado com o Goa, pelo que não podia ir para lugar nenhum só que não podia dizer, tentei esconder ao máximo e que as pessoas só soubessem a partir de Agosto mas hoje em dia com a Internet é muito difícil que isso aconteça.

Representou o Sp. Braga em Futebol de Praia pela segunda época consecutiva. Como ficou essa situação? Pensa voltar?

Já tinha acertado com eles e quando joguei fi-lo com o maior prazer do Mundo, nessa altura já estava aqui em estágios da Selecção e no início de Junho houve a Champions League de praia em Itália e logo depois começava o estágio para os Jogos Europeus, então como já estava na Europa não tinha porque não aceitar, não só por isso mas também pela situação de o Braga ser o que é, pela estrutura que tem, por ser campeão e estar a defender o título, pelos jogadores e Mister que tem, por todos.

Então joguei, foram três os jogos que pude jogar no Campeonato Português, ganhámos os três sem consentir qualquer golo, ajudei a equipa a continuar em primeiro lugar e agora eles irão continuar, terão pela frente o Sporting.

Existe uma conversa com o Mister para que volte mas existem outras situações que me impedem de voltar porque agora preciso de resolver umas situações pessoais no Brasil até porque como as pessoas já sabem vou para a Índia e depois não vou poder fazer mais nada. Lá vou estar focado até ao Natal e terei pouco tempo até porque como já disse vou para a Estónia e por isso menos tempo para resolver tudo.


domingo, 9 de agosto de 2015




Finalmente uma Supertaça a sério
Instituída como a prova que dá início à temporada desportiva em Portugal – ainda que na verdade a Taça CTT (Taça da Liga) e até a Segunda Liga já tenham tido o seu início, a Supertaça Cândido de Oliveira representa o primeiro troféu da época ainda que normalmente também o último encontro da pré-temporada das equipas que anualmente o disputam e não por isso o hábito de ser um jogo para ficar na História.
Este ano, porém, será diferente. Não que revalidar a Supertaça, no caso do Benfica, ou conquistá-la ao fim de alguns anos de jejum constituía um objectivo primordial da época de cada uma das duas equipas, mas face à rivalidade entre ambos os polos, a presença de Jorge Jesus como ponto central de ligação a ambos os conjuntos e o facto de nesta temporada que se inicia ambos avançarem ambições muito elevadas para 2015/2016.
Começando pelo bicampeão nacional Benfica, este perfila-se nesta altura como uma incógnita pelo momento que atravessa composto por uma pré-época sem qualquer vitória e um processo de mudança motivado pela mudança de treinador, alguns jogadores e até mesmo, ao contrário do que afiança Jesus, da própria forma de jogar – este Benfica de Rui Vitória, como se pode perceber facilmente, é hoje um projecto de uma equipa que privilegia o futebol em toque, com muita posse de bola.
Longe, por isso, do futebol de transição rápida e constantes acelerações ofensivas que marcava o ‘Benfica de Jesus’ – o resto são declarações ‘bacocas’ e de reduzido interesse moral e humano. Todavia, esta mudança de processos demora a assimilar e como tal vários dos elementos sobre quem se espera o estatuto de figura vêm revelando dificuldades para coloca-lo em prática, com destaque para o lateral André Almeida, os centrais Luisão e Jardel e os criativos Anderson Talisca e até a estrela Nico Gaitán.
Sporting apresenta-se mais estabilizado e com uma defesa já devidamente entrosada
O meio-campo encarnado poderia escolher a imposição física e táctica a meio-campo para controlar o encontro, mas não creio que tal venha a ser a opção visto que Ljubomir Fejsa deverá começar como suplente e Bryan Cristante não foi sequer convocado. Prevêem-se, portanto, poucas mexidas.
Fica a dúvida se Rui Vitória opta pela audácia de arriscar alterar e assim surpreender o adversário com os extremos Mehdi Carcela-Gonzalez, dinâmico e sem pejo em arriscar, Ola John, que apesar dos defeitos que lhe são justamente apontados possui características essenciais para o tipo de jogo que Vitória mais aprecia, ou até jovens como Nélson Semedo (deu muito boa conta de si na pré-temporada) ou Victor Lindelof (possui muitos mais atributos do que os que demonstrou até à data).
A única dúvida centra-se mesmo no ataque, onde Islam Slimani tem com todo o mérito (será neste momento o melhor ponta-de-lança a actuar em Portugal) lugar reservado e ainda falta escolher o seu companheiro que garantidamente será colombiano e que aparentemente será Fredy Montero, mais dotado tecnicamente do que Teo Gutierrez, com características mais adequadas para formar dupla com Slimani e neste momento muito mais entrosado com os restantes companheiros do que o compatriota.
Já o Sporting chega a esta final bem mais estabilizado com um onze base que parece estar praticamente encontrado, com uma defesa que deverá ser entregue ao guarda-redes Rui Patrício, os laterais João Pereira e Jefferson e os centrais Naldo e Paulo Oliveira, um quinteto que parece já bastante bem entrosado, a habitual linha de quatro a meio-campo que Jesus tanto aprecia com os extremos André Carrillo e Bryan Ruiz e uma dupla de centrocampistas formada por Adrien e João Mário. Com tudo para já a correr ‘sobre rodas’, espero um Sporting mais forte na entrada em campo, confiante e provavelmente dominador em termos territoriais no decorrer da partida; no entanto, o próprio Benfica estará ciente do ímpeto e momento do seu oponente pelo que não se deverá expor tanto como será expectável. Benfica estará ciente do momento sportinguista, o que deverá resultar numa final a não esquecer
No entanto, caso o Benfica não assuma problemas em ‘oferecer’ mais bola ao seu rival, o Sporting deverá assumir cuidados redobrados tanto a atacar, convertendo as oportunidades que tiver à sua disposição, como a defender ao não se permitir a desconcentrações visto que as águias são detentoras de atacantes móveis, letais nas tabelas e lançamentos nas costas da defesa adversária e a acima mencionada experiência que permite converter nos momentos mais importantes da contenda.
Isso poderá retirar alguma estética à exibição benfiquista mas por outro lado evitar que o Sporting capitalize essa indefinição táctica na construção de jogo, o que tornar a águia ainda mais perigosa por poder jogar de forma mais expectante e até especulativa até porque possui no seu grupo jogadores de muita experiência capazes de equilibrar forças mesmo que com menos bola. Confrontando um maior ímpeto ofensivo sportinguista a uma maior maturidade e consistência benfiquistas, apostaria numa igualdade a uma bola com vencedor definido através de grandes penalidades, o que tornaria esta Supertaça ainda mais emocionante e memorável.
Assim, caso o Sporting se mostre ineficaz na hora de atirar à baliza o factor ‘habituação aos palcos de decisão’ poderá ser determinante e nesse processo os encarnados levam vantagem. Em suma, se o resultado mais provável será um 1-1, não seria de espantar um magro 1-0 a favor do Benfica. De qualquer forma, se é sempre complicado prever o resultado de um grande jogo, este é de facto um daqueles ‘de tripla’…