terça-feira, 29 de setembro de 2015




Yannick no Algarve, mas de olho na Segunda Liga

Apesar de ter iniciado a temporada como titular na equipa do Loures após uma temporada de revelação no qual conquistou o estatuto de titular indiscutível e de uma das boas surpresas do CNS, o defesa central Yannick Medina, de 24 anos, optou por abandonar o clube e rumar ao Algarve para assinar pelo Almancilense, onde continua a ser acompanhado por um conjunto de equipas que disputam a Segunda Liga, o que constituiria uma progressão na carreira do atleta.

As prestações do central que ainda cumpriu parte da pré-temporada no Sindicato de Jogadores e iniciou a época no Loures, sabe o NOVA ACADEMIA DE TALENTOS, continuam a merecer a atenção de Santa Clara, que pode até avançar na reabertura do mercado, Farense, Ac. Viseu, Atlético e Oriental, onde terá sido ponderado um período experimental.

Também do Casa Pia, rival do Loures na Série G, se manifestou o interesse no concurso do versátil jogador que alinha também como lateral direito e médio defensivo, isto numa altura em que era orientado por Tuck, confesso apreciador das qualidades do jogador que agora se encontra livre de compromissos.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015




Aposta de primeiro escalão

Após ter em esforço alcançado a manutenção no Campeonato Nacional de Seniores, o Sintrense procura esta temporada cumprir uma época mais tranquila na Série G, motivo pelo qual tem avançado pela contratação de vários reforços para a sua equipa titular, juntando agora jogadores como Luís Sousa, Adélcio Varela e Jean Silva a um plantel que já contava com jogadores com passagens em clubes de Primeira Liga como Rui Monteiro, que alinhou no Marítimo mas nunca jogou pela primeira equipa.

Luís Sousa, lateral esquerdo de 26 anos, chega a Sintra depois de ter concluído o seu vínculo com o Paços de Ferreira, onde nunca chegou a disputar a Primeira Liga e acabou na anterior época emprestado ao Benfica Castelo Branco, ao passo que Jean, de 25, reforça a frente de ataque após se ter notabilizado por ter representado o Benfica num particular realizado pela equipa principal ante o Santa Clara em 2009, tendo representado o Prainha na época transacta.

Já Varela, de 19 anos, encontra-se cedido pelo Belenenses, que espera contar com os préstimos deste lateral direito na sua primeira equipa no espaço mínimo de dois anos e por essa razão o cedeu a um emblema que vem surpreendendo ao encontrar-se a apenas um ponto da liderança da classificação.

sábado, 26 de setembro de 2015





Gémeos Martins procuram clube

Depois do sucesso alcançado na conquista do Mundial de Futebol de Praia, os futebolistas que fizeram parte da Selecção Nacional consagrada campeã do Mundo vão seguindo as suas carreiras, em especial os três jogadores luso-brasileiros – depois do guarda-redes Elinton Andrade ter chegado a acordo para representar o Goa, também os gémeos Bê Martins e Leo Martins, de 26 anos, procuram clube para regressar aos relvados.

Após o sucesso alcançado com as cores de Portugal, Bê, que alinha como médio, e Léo, avançado, darão primazia a um clube português depois de terem recentemente tido a hipótese de reforçar o Oriental, que ofereceu um período experimental aos dois atletas sem que ambas as partes tenham chegado a um acordo, sendo que até ao encerramento do mercado os dois irmãos deverão encontrar colocação no nosso País.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015





História bem acima de tudo o resto

Diferença de orçamentos e escalão não inibiu o Oriental de afastar o Estoril e assim estrear-se na fase de grupos

Há um ano, o Estoril jogava a Liga Europa e o Oriental regressava às provas profissionais; agora, surpresa em Marvila cumprindo-se História com a estreia na fase de grupos da Taça CTT para os comandados de João Barbosa, que realçou que o feito “é um dia importante para a equipa e todos os orientalistas”.

Por seu turno, o capitão Hugo Grilo dedicou o triunfo “aos nossos adeptos que há muito não têm a equipa principal de uma equipa grande no nosso Campo“ – entre Benfica, Sporting, FC Porto ou Sp. Braga um destes defrontará os lisboetas na fase de grupos da competição como cabeça-de-série.

Declarações

João Barbosa – treinador do Oriental

O balneário está feliz e penso que merecemos esta pontinha de sorte que tivemos neste jogo e nos tem faltado, mas penso que merecemos por tudo o que temos passado; o Estoril está a fazer uma Liga brilhante e estudámos bem o nosso adversário.

Fabiano Soares – treinador do Estoril

Não penso que tenha sido um risco muito alto, temos um plantel justo mas era também justo fazer alterações, tínhamos de dar minutos a vários dos nossos jogadores. Terei a oportunidade de falar com os jogadores de 4ª até Sábado para darem a melhor resposta.

Texto: Rafael Batista Reis
Imagem: Diogo Taborda/ Clube Oriental de Lisboa - Página




Jovens com ‘escola’ no 1º Dezembro

Após uma temporada na qual contava com um investidor chinês, na nova época o 1º Dezembro passará a apostar na juventude, recrutando vários elementos com potencial e ‘pedigree’ nas camadas jovens dos grandes clubes nacionais de forma a candidatar-se a um lugar na Série de Subida à Segunda Liga.

Para alcançar essa meta, o clube de Sintra garantiu os concursos de David Crespo, lateral esquerdo de 21 anos que representava o rival Sintrense e que cumpriu a sua formação no Sporting e no Benfica, o guarda-redes Vítor Rodrigues, de 20 anos, que representava o Alcanenense depois de ser formado no Benfica e é a alternativa ao habitual titular Marco Pinto, e o lateral direito João Marques, de 19 anos, que actuava nos Juniores do Sacavenense depois de ter alinhado nas camadas de formação do Sporting.

Como resultado, o 1º Dezembro lidera a Série G em igualdade pontual e sem qualquer golo sofrido tal como o Loures, podendo mesmo vir a ser um dos grandes 'outsiders' por uma eventual subida à Segunda Liga, palco desejado por todos estes jovens atletas que no seu passado evoluíram nos melhores clubes nacionais.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015




Oriental 3-2 Estoril - reportagem

A grande surpresa da jornada da Taça CTT passou por Marvila com o apuramento do Oriental às custas do primodivisionário Estoril – o NOVA ACADEMIA DE TALENTOS esteve lá, tendo no final recolhido as opiniões de ambos os treinadores, com disposições diametralmente opostas:

Fabiano Soares – treinador do Estoril


Não temo que esta eliminação seja um retrocesso, a equipa está num bom caminho, ninguém gosta de perder mas a equipa não venceu apenas por falta de intensidade. Iremos falar como grupo, melhorar onde estivemos menos bem para Sábado nos prepararmos para o União, que é uma boa equipa.

João Barbosa – treinador do Oriental

A capacidade de superação é algo que cultivamos no nosso grupo de trabalho, a diferença de orçamento é abismal mas preparamos sempre a equipa para estudarmos o nosso adversário da melhor maneira e podermos lutar contra estas equipas, em especial as de Primeira Liga que têm uma capacidade bem superior à nossa. Sabemos que a equipa tem algumas limitações. Vamos com calma, é importante vencer este tipo de jogos e é importante para os jogadores mostrarem-se nesta montra.


Quanto ao reconhecimento do valor do nosso ataque, é curioso falar-se disso quando ainda no final do último jogo fui questionado sobre a incapacidade da nossa defesa, temos de ganhar equilíbrio entre todos os sectores para podermos enfrentar melhor os adversários complicados com que nos deparamos na Segunda Liga. Mais tarde ou mais cedo, quando tivermos o plantel todo, conseguiremos uma maior estabilidade ao nível dos resultados.

Texto e reportagem: Rafael Batista Reis
Imagem: Diogo Taborda/Clube Oriental de Lisboa

terça-feira, 22 de setembro de 2015




Assembleia-Geral em Sacavém

A Direcção do SG Sacavenense agendou para esta terça-feira uma Assembleia-Geral Extraordinária a realizar a partir das 20h30 na sede do clube, o Estádio do SG Sacavenense, com dois pontos na ordem de trabalhos, constituindo o primeiro a situação financeira e o segundo o plano de reestruturação da componente financeira do clube.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015



Nacional de Juniores - Zona Sul: Loures 1-4 Sporting

Fortíssima entrada em campo do Sporting com 2 golos nos primeiros 20 minutos, seguindo-se minutos depois um penalty contra o Loures contestado pelos locais que proporcionou uma defesa fantástica ao guarda-redes Diogo Martins para logo de seguida numa falta cometida à entrada da área sportinguista descaído sobre a ala direita através de um livre directo que resultou num golo de belo efeito de Fred colocado no canto superior esquerdo da baliza.

Pouco depois mais uma contrariedade com o segundo amarelo para Varela, resultando na sua expulsão pouco antes do intervalo. Após o descanso, o Sporting intensificou a sua pressão e aumentou a diferença por Francisco Sousa, que converteu com facilidade após ter uma atempada intercepção de um companheiro, aí ‘matando’ o jogo, com o quarto golo a aparecer minutos depois por Bubacar Djaló aproveitando um lance de infelicidade de Diogo Martins, guarda-redes do Loures.


LOURES
Diogo Martins, Rodrigo Falé, David Prata, Josué Ferreira, David Botelho; Benny, Gonçalo, Varela, Fred (Martinho, 72); Antunes (Miguel Fernandes, 67) e Ivan Claro (Diogo Soares, 85)
Treinador: Nuno Samarra

SPORTING
Tomás Foles, Bruno Paz, Aya Diouf, Abdu Conté, Pedro Empis, Pedro Ferreira (Rafael Duarte, 73), Bubaca Djaló; Francisco Sousa (Leão, 78); Ronaldo, Jovane Cabral e Bruno Fernandes (Leandro Tipote, 65)
Treinador: Tiago Fernandes


Arbitragem: António Nobre – Leiria
Disciplina: cartão amarelo para Pedro Ferreira (31) e Francisco Sousa (56); Varela (31 e 40, expulso)
Marcadores: Fred (34); Pedro Ferreira (4), Bruno Fernandes (17), Francisco Sousa (65), Bubaca Djaló (73).



Matheus para o futuro

Com a sua primeira equipa estabilizada na Liga NOS, o Moreirense procura agora lançar os mais proeminentes valores da sua formação, apostando em grande parte dos elementos que na época passada conduziram a equipa de Juniores ao Campeonato Nacional da categoria com a chamada dos avançados Caleb Gomina, ganês de 19 anos, e Ricardo Almeida, português de 19 anos, que vão trabalhando com a equipa principal e lutaram para fazer parte do grupo final com o primeiro a ter sido cedido até final da temporada.

Tal cpmo Caleb e Almeida - ambos serão apostas de futuro - o brasileiro Matheus Campos, também atacante de 19 anos, que rubricou também um acordo profissional de longo termo, será cedido ao Serzedelo, que disputará o Pró-Nacional da AF Braga em 2015/2016 com o intuito de com regularidade de forma a regressar com uma maior maturidade a Moreira de Cónegos, onde a aposta nos jovens valores, como demonstram as apostas em Emmanuel Boateng, Ernest Ohemeng, Iuri Medeiros e João Palhinha, são e serão uma realidade.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015




Loures reforça-se com Semedo

À imagem do que tem sucedido nas últimas épocas, o plantel do Loures sofreu algumas alterações, optando-se por uma aposta na juventude que terá continuidade com a chegada de José Semedo, conhecido no meio futebolístico por Zé Semedo, de 19 anos, que assim cumprirá a sua primeira temporada sénior no CNS depois de ter completado a sua formação ao serviço do Feirense, clube com o qual não assinou contrato profissional.

No entanto, sabe o NOVA ACADEMIA DE TALENTOS, mesmo saindo em definitivo Semedo abandonou Santa Maria da Feira para jogar com regularidade e mantém um princípio de acordo para regressar ao clube caso as suas prestações agradem ao clube fogaceiro que manterá o jovem jogador referenciado e acompanhará a sua progressão ao serviço do Loures.

Ao mesmo tempo, também o vizinho e rival Sacavenense, que o defesa que habitualmente evolui como lateral direito representou no seu processo de formação, também manifestou, sem sucesso, o seu interesse em contar com o atleta que poderá estrear-se este fim-de-semana na eliminatória da Taça de Portugal ante o Alcochetense visto que no CNS ficou atrás de João Oliveira e Yaka Medina pelo lugar nas duas primeiras rondas .

quarta-feira, 2 de setembro de 2015



Novo destino na rota do viajado Vasco

Antiga esperança do futebol nacional, Vasco Fernandes identifica-se actualmente como um dos mais viajados futebolistas portugueses na actualidade, tendo já alinhado em quatro diferentes Ligas e esta época experimentado uma nova realidade ao ter assinado pelo Pandurii da Roménia, onde em conversa em exclusivo com o NOVA ACADEMIA DE TALENTOS indica o desejo de vingar e regressar às competições europeias.

Assinou esta temporada com o Pandurii, onde tem sido titular indiscutível. Satisfeito com a escolha?

Sim, sem dúvida foi uma excelente escolha, desde o primeiro momento senti a confiança máxima do treinador e da direção, fizeram-me sentir que seria importante neste projecto, pelo que não poderia estar mais satisfeito. tenho que agradecer ao Presidente e ao empresário Diego Martins por todas a condições proporcionadas nesta minha transferência para o Pandurii.

Antes de assinar pelo Pandurii, tinha outras propostas em carteira? O que o levou a ter esta escolha?

A verdade é que tinha outras possibilidades mas a partir do momento em que o Pandurii se pôs em contacto comigo não duvidei, desde a primeira abordagem as coisas foram tratadas com muita seriedade, rigor e honestidade, bases fundamentais para começar um novo projecto e o facto de ser uma equipa que á dois anos esteve na fase de grupos da Europa League também me influenciou bastante..

Deu início à carreira no Olhanense, onde ganhou estatuto de ‘coqueluche‘. Acha que saiu do clube na hora certa?

Sim, acho que depois de ter conseguido chegar à Selecção Nacional num clube de tão pouca dimensão naquela altura era o momento indicado para dar outro rumo á minha carreira e assim foi.

O Olhanense está neste momento na II Liga. Como olha para o momento actual do clube?

O momento actual do Olhanense é muito complicado, com vários problemas financeiros e é com muita pena que vejo o clube da minha cidade nesta situação. É um clube que necessita uma reestruturação profunda para voltar a crescer com bases sólidas, cimentado na formação para voltar a sonhar a estar entre os grandes do nosso país, só assim vejo um futuro risonho para o Olhanense..

Chegou cedo ao Bordeaux, mas nunca chegou a ser utilizado. Foi uma má escolha naquele momento?

Naquele momento o Bordeaux era o clube ideal para terminar a minha formação, ia estar num país que é referência a nível de formação de jogadores e tinha a oportunidade de ingressar num clube enorme. Sem dúvida foi a escolha certa para mim, compartilhei vestuário com campeões do mundo como Denilson ou Ramé e aprendia todos os dias de grandes jogadores como o Beto depois de tantos anos como capitão do Sporting, sem dúvida uma das maiores experiências da minha vida...

Passado o Bordeaux, regressou ao Olhanense para voltar a jogar. Era esse regresso às origens que necessitava para recuperar confiança?

Sem dúvida, era o que necessitava, depois da primeira grande experiência no estrangeiro voltar a casa, estar junto dos meus e sentir a confiança das pessoas foi fundamental para mim mas tudo isto não teria tido sentido se o Mister Fernando Balela não tivesse apostado em mim da forma que o fez e com o convencimento que teve, estar-lhe-ei eternamente agradecido.

A segunda experiência internacional deu-se no Salamanca. Como descreve essa temporada?

Salamanca foi uma etapa espetacular na minha carreira, pela primeira vez tinha a possibilidade de jogar num campeonato totalmente diferente ao que estava habituado, um campeonato super competitivo, difícil e sobretudo técnico, como é o espanhol, uma grande experiência que me ajudou bastante no futuro..

Após um ano em Espanha, novo regresso a Portugal e desta feita para o Leixões. Foi acertada a escolha?

Leixões foi sem dúvida o meu melhor ano a nível colectivo, no meu ano de estreia na Primeira Liga, conseguir vencer no estádio do Dragão, Alvalade, eliminar o Benfica para a Taça de Portugal e estar praticamente a primeira volta do campeonato em primeiro e em segundo lugar, é algo histórico para um clube como o Leixões e para nós jogadores que fazíamos parte daquele grande grupo de trabalho.

Na época seguinte, foi emprestado a um clube histórico como o Celta e desportivamente as coisas correram bem com uma grande utilização. Por que motivo o Celta não avançou para a compra?

Depois de uma grande época em Portugal partia para esta nova aventura com uma enorme confiança e assim ficou demonstrado pela grande época que fiz no Celta de Vigo, no entanto juntamente com o meu empresário na altura decidimos que o melhor para a minha carreira depois de várias reuniões com o director desportivo e o vice-presidente era aceitar uma grande proposta de um clube da série A italiana. Esse foi o motivo para nem valorizarmos a possibilidade de continuar em Vigo a título definitivo.

Manteve-se em Espanha, onde o Elche o adquiriu. Como compara essa época com a anterior no Celta?

O Elche surgiu depois de a grande possibilidade da minha carreira ter desaparecido e não ter sido contratado por esse histórico clube italiano, foi como uma segunda opção para a qual fui com mentalidade de trabalhar forte mas desapontado pela grandes expectativas que tinha criado em relação ao que podia ter sido o contrato da minha vida e não se realizou. Aí foi a grande diferença entre o grande ano anterior no Celta e esta nova experiência no Elche.

O terceiro regresso a Portugal não correu pelo melhor ao não ter cumprido qualquer minuto pelo Beira-Mar. Tal deve-se a problemas como lesões?

O meu passo pelo Beira-Mar foi simples, não joguei porque não fui inscrito!! Depois de rescindir o ano de contrato com o Elche, de perder bastante dinheiro em voltar a Portugal por conselho do meu empresário na altura deparei-me com o maior problema da minha carreira que podia ter-me arruinado a vida.

Um fundo de investimento que tinha comprado os meus direitos económicos quatro anos antes ao Olhanense surgiu nesse momento negando-me de poder exercer a minha profissão no Beira-Mar com a contrapartida de que se o fizesse teria que pagar cinco milhões de euros de indemnização. Por este simples facto com o conhecimento do meu empresário, o Beira-Mar decidiu não me inscrever, num ano tinha passado de poder fazer o contrato da minha vida a ser um jogador que só podia treinar!

Uma vez mais (pela terceira vez) representou o Olhanense. Pode considerar-se que foi o clube ideal para reabilitar confiança e recarregar baterias sempre que passou por experiências negativas?

Depois de seis meses impossibilitado de jogar o Olhanense foi a única possibilidade que tive de voltar a exercer a minha profissão, deu-se a coincidência de ter sido a terceira vez, voltava a casa junto da minha gente e do clube da minha terra. Tive a sorte de encontrar grandes companheiros e sobretudo de trabalhar com uma grande equipa técnica como a do Sérgio Conceição com a qual todos os dias aprendíamos e melhorávamos alguma coisa.

Após isso, conheceu o terceiro país em competição ao ter assinado pelo Platanias Charias, na Grécia, onde foi titular indiscutível. Foi portanto uma aposta ganha?

Sem dúvida que Platanias foi uma aposta ganha a todos os níveis, senti-me importante em todos os momentos, encontrei um clube e um presidente com uma seriedade fora do normal, uma qualidade de vida para mim e para a minha família estupenda. Sem dúvida alguma uma das melhores fases da minha carreira!

Em contrapartida, na época seguinte foi pouco utilizado no Aris. Arrepende-se da troca?

Um dos maiores erros da minha vida foi ter rescindido o ano de contrato que me restava com o Platanias por uma suposta oferta milionária da Ucrânia que nunca se chegou a concretizar, aí já com todos os mercados fechados tive De aceitar a única possibilidade que tive que era o Aris.

Um clube com uma instabilidade incrível onde tive três presidentes e quatro treinadores numa temporada! Apesar de difícil sobreviver a isto tudo ainda participei bastante a nível de jogos mas não com efectividade individual e coletiva que esperava, obviamente.

Ao actuar no Pandurii, o Vasco conhece assim a quarta Liga diferente. Espera ainda juntar mais ao seu 'currículo'?

Neste momento só penso no Pandurii e em conseguir os nossos objetivos que são participar na Europa League na próxima temporada, estou muito contente aqui, muito agradecido pela grande oportunidade que me deram, por todas a condições que me proporcionam, pelo que neste momento não penso em sair daqui tão cedo...

Chegou a internacional sub-21 e ao estatuto de promessa do futebol português. Que problemas considera responsáveis por nunca ter chegado à Selecção A?

Primeiro é com grande orgulho que vejo jogadores com que partilhei muitos e bons momentos terem carreiras tão sólidas a nível de clubes e sobretudo na seleção A. Partilhar experiências com João Moutinho, Nani, Rui Patrício, Fábio Coentrão, Veloso, Vierinha, Manuel Fernandes, Tiago Gomes, entre outros, e agora vê-los como presenças indiscutíveis na Seleção A é algo fantástico.

Em relação a mim, acho que nunca ter tido a felicidade de ser internacional A depois de tantos anos nas categorias inferiores deve-se sobretudo a uma muito má gestão da minha carreira desportiva e a eu em alguns momentos também não ter estado ao nível que se exigia para poder chegar a sonhar em representar o meu país ao mais alto nível.

O Vasco é conhecido pela polivalência que lhe permite jogar como central e lateral direito, mas no entanto é comentado que o seu início de carreira se deu como avançado. Como se processou a mudança?

É verdade que em alguns momentos da minha formação cheguei a jogar na frente de ataque mas eram situações esporádicas dado que o nível em que competia a nível do Algarve era bastante baixo pelo que me podia permitir algumas excepções, mas sem dúvida alguma que onde sempre se me dei melhor foi a defender.

Para além da nacionalidade portuguesa, o Vasco é também cidadão da Guiné-Bissau. Por que razão nunca aceitou representar a Guiné?

É verdade que já recebi mais de um convite para ajudar a seleção da Guiné-Bissau mas por umas circunstâncias ou outras nunca se proporcionou, nesta vida nunca se sabe mas neste momento a minha grande prioridade é tentar participar na Europa League com o meu clube.