quinta-feira, 30 de abril de 2015




Europeu também conta com sub-18

É normal para quem acompanha com mais atenção o futebol de formação o fenómeno de apontar, sempre que os há, os futebolistas de primeiro ano quando estes alinham frente a uma maioria de adversários de escalão etário superior.

Chegando a uma fase mais adiantada da sua evolução, as diferenças esbatem-se e é por essa razão que tal se torna mais recorrente, como poderá aliás suceder na próxima convocatória da Selecção Nacional sub-19 que na disputa da Ronda de Elite de apuramento poderá ser reforçada com vários sub-18. Entre os favoritos estarão:

Fernando Fonseca - Perante o ano a menos a nível etário pesa a seu favor o facto de se encontrar a alinhar a um nível inclusivamente superior ao dos concorrentes um ano mais velhos ao alinhar como habitual titular na direita da defesa do incontestado líder do Nacional de Juniores, o FC Porto. Entre todos os sub-18 será aquele cuja convocatória será a mais altamente provável pois como concorrente apenas terá o sportinguista Jorge Silva.

Yuri Ribeiro - Apesar de ser ainda sub-18 será quem sabe um sério candidato à titularidade no escalão etário superior, tamanha é já a sua importância nos Juniores do Benfica, nos quais assumiu a titularidade ainda na época passada enquanto juvenil. Poderá pelo menos ter a convocatória praticamente garantida ainda que neste momento dispute um lugar com os sub-19 Paulo Henrique, do Santa Clara, e João Serrano, do Sporting.

Denis Martins - Tem vivido uma tremenda ascensão nos últimos meses ao ter passado de um perfeito desconhecido ainda júnior de primeiro ano para titular da equipa principal do Torreense, que alinha no Campeonato Nacional de Seniores, o que em Janeiro o levou a assinar pelo Vitória de Guimarães, onde se divide a equipa B e o plantel de Juniores.

É já falado para o plantel principal a curto prazo; estará bem colocado neste momento, muito embora seja difícil conseguir um lugar num sector que conta ainda com João Lima, Rúben Dias, Ivanildo Fernandes e Diogo Verdasca, entre outros.

João Carvalho - Já seguro com contrato profissional pelo Benfica, o tecnicista médio criativo tem pulado etapas com uma incrível facilidade, o que o leva a ser inclusivamente opção regular na Segunda Liga ao serviço do Benfica B, dividindo presenças nos Juniores encarnados.

Não constituiria qualquer surpresa a sua presença no Europeu, muito embora para o seu lugar ainda existam os companheiros de Benfica Gilson Costa e Renato Sanches, Gil Dias, José Correia, Rui Moreira ou André Horta…

Diogo Gonçalves - Aplica-se na perfeição a este jovem tudo o que foi acima descrito em relação a João Carvalho, com a diferença de Dij alinhar em terrenos mais adiantados e como tal encontrar uma concorrência não menos elevada como a de Sérgio Ribeiro, Romário Baldé, Dálcio Gomes, Diogo Jota ou Rúben Macedo, entre outros.

quarta-feira, 29 de abril de 2015




Tozé termina carreira

Apesar de ter recebido diversos convites para seguir o seu percurso após ter concluído a sua ligação ao Oriental, o defesa central Tozé optou por colocar um ponto final à sua carreira, isto apesar de ter tido em mãos vários convites, entre eles uma proposta oriunda do Sacavenense, equipa que milita no Campeonato Nacional de Seniores.

Apesar de ter sido dada como certa a sua chegada ao plantel do clube de Sacavém, o experiente defensor não revelou suficiente motivação para iniciar uma nova etapa na sua carreira, tendo então optado por colocar um ponto final na mesma.



Diji, jovem águia em destaque

Camadas jovens do Benfica revelam Diogo Gonçalves como uma suas das esperanças de futuro

Uma das sensações da actualidade nos escalões de formação do Benfica tem vindo a passar por Diogo Gonçalves, que acabou por se tornar um dos grandes destaques depois de há duas épocas ter bisado ao serviço dos Juvenis B benfiquistas frente ao Manchester City e assim justificar a sua presença entre os atletas convocados pelo seleccionador nacional sub-16 na altura, Hélio Sousa.

Nessas listas que reservaram vários jogadores e mereceram um olhar mais atento e ainda hoje brilham em escalões superiores já nessa altura estavam presentes uma série de atletas ligados ao Benfica sendo que nesta altura o maior destaque poderá mesmo ser o talentoso Diogo Gonçalves, conhecido por Diji, que por essa razão em idade sub-16 passou a evoluir com regularidade nos Juvenis A dos encarnados.

Hoje bem mais adiantado, o extremo que atravessa actualmente uma fase importante do seu desenvolvimento físico e táctico desempenha o papel de uma das figuras do seu escalão etário, muito embora em concreto seja um jogador sub-18 que não apenas alinha como indiscutível pelos Juniores como mereceu já o seu vínculo profissional em virtude de ter já tido diversas oportunidades de alinhar pelo profissional Benfica B.

Extremo prepara-se para as mais elevadas exigências com uma qualidade assinalável

Como tal, as listas das quais vinha fazendo parte desde os sub-16 compreenderam várias promessas de grande potencial que desenvolvem as suas qualidades nos três ‘grandes’ do futebol nacional e ao mesmo tempo reforçaram a importância do talentoso Diji em futuras presenças entre convocados para os habituais estágios da equipa nacional Sub-18, mantendo ainda vivas as esperanças de vir a fazer parte da equipa sub-19 que lutará para disputar o próximo Europeu.

Não persistem dúvidas de que o extremo benfiquista virá a desempenhar um papel importante, mesmo o de protagonista, nos encontros disputados por Portugal na preparação para outras exigências.

Nos estágios que decorreram por organização das Selecções jovens portuguesas o muito promissor Diogo Gonçalves insistentemente foi marcando o seu impacto, deixando assim sinais muito promissores na frente de ataque, o que será importante pela versatilidade que lhe permite jogar também por ambas as alas.

Diji lança-se para uma época ainda assim sem títulos após há duas épocas ter conquistado a Divisão de Honra da AF Lisboa ao serviço dos Juvenis B do Benfica, onde se encontra desde idade infantil. Dessa forma o jogador com apenas 15 anos pôde merecer chamadas ao escalão seguinte, no qual também ganhou espaço com brevidade, e assim tornou possível o convite obviamente aceite para rubricar uma ligação profissional para os anos que se seguem.

Face à realidade hoje conhecida parece evidente que valeu bem a pena o esforço patenteado há alguns anos pelo Benfica, que antes de fazer o jovem atleta partir definitivamente para o Caixa Futebol Campus promoveu tanto a Diogo como ao médio Guga a possibilidade de ainda jogar no CFT Algarve.

Essa tratava-se de uma equipa pertencente ao Benfica e por isso denominada por Benfica do Algarve por ter sido criada especificamente para que os jovens sinalizados pelas águias nessa região pudessem evoluir sem pressões, garantindo uma época completa até que Guga e Diogo Gonçalves se destacaram em relação aos demais e asseguraram em conjunto a sua presença até hoje no Caixa Futebol Campus.

Após essa época de rodagem, tanto o médio como o polivalente avançado viajaram desde o Sul do Pais para o Seixal mesmo perante a cobiça do Sporting, também atento à qualidade de ambos, dando assim início a uma etapa que parece recheada de sucesso para os dois atletas e para o próprio Benfica.

terça-feira, 28 de abril de 2015



Repetiu-se o filme de Marvila

Com os olhos postos no segundo lugar na classificação e apesar de limitado pelas ausências de João Palhinha, Ryan Gauld e Diego Rubio, este último convocado para a equipa principal, o Sporting B entrou melhor na recepção ao Oriental, tendo perdido excelentes oportunidades para inaugurar o marcador num remate de Daniel Podence ao primeiro minuto e aos oito num remate de Gelson Martins travado por Janota, que no minuto seguinte evitou também que Francisco Geraldes pudesse marcar.

Foi por isso sem surpresa que chegou o primeiro golo para os leões aos 11 minutos no seguimento de uma excelente iniciativa de Hadi Sacko que ganhou o flanco pela esquerda, colocando no interior da pequena área onde Francisco Geraldes atirou sem hipóteses de defesa.
Respondeu o Oriental com o estabelecimento da igualdade aos 14 num lance criado por Daniel Almeida a partir da defesa, colocando em Tom que progrediu com a bola dominada até atirar de meia distãncia no primeiro remate dos visitantes à baliza sportinguista.

Logo depois, aos 17, a equipa B sportinguista recolocou-se em vantagem num remate cruzado de Wallyson após captar uma primeira tentativa de remate de Francisco Geraldes de fora da área – seis loucos minutos com três golos que poderiam ter tido seguimento aos 26 minutos numa arrancada de Hadi Sacko para remate evitado por Janota, respondendo o Oriental aos 32 com um cabeceamento de Daniel Almeida e João Pedro aos 37 que obrigaram Luís Ribeiro a defesas atentas.

A segunda parte iniciou-se com nova entrada forte da equipa da casa que esteve perto do golo por Francisco Geraldes e em sete minutos começou a dar contornos de goleada ao jogo, chegando aos 50 minutos ao terceiro golo num lance de envolvimento colectivo convertido por Gelson Martins após passe de Matheus Pereira e aos 57 ao quarto tento no qual Wallyson descobriu Daniel Podence, que efectuou uma diagonal pela esquerda antes de atirar rasteiro para o fundo das redes.

Após uma última tentativa de Rabia aos 71, tudo mudou para que se pudesse assistir à repetição dos acontecimentos decorridos em Marvila no jogo da 1ª volta, com o Oriental a reduzir a desvantagem aos 87 num livre directo de Pedro Alves desviado na barreira verde-e-branca e aos 89 numa grande penalidade que castigou mão de Riquicho, que foi expulso na sequência do lance.

O castigo máximo foi convertido com sucesso por Daniel Almeida, criando incerteza no resultado que no entanto não voltaria a alterar-se fixando-se no 4-3 favorável ao Sporting B que consiste numa repetição do desfecho da 1ª volta entre estas mesmas duas equipas.

SPORTING B
96- Luís Ribeiro
58- Mauro Riquicho
2- Rami Rabia
44- Nuno Reis ©
(57- Domingos Duarte, 74)
81- André Geraldes
42- Wallyson Mallmann
49- Francisco Geraldes
(65- Fábio Martins, 69 )
73- Matheus Pereira
60- Gelson Martins
25- Hadi Sacko
(40- Sambinha, int.)
56- Daniel Podence
Suplentes não Utilizados: 59- Guilherme Oliveira, 63- Seejou King, 90- Zezinho Lopes e 93- Ousmane Dramé
Treinador: João de Deus
4x3x3

ORIENTAL
1- Ricardo Janota
15- João Amorim
21- André Almeida
20- Daniel Almeida ©
25- João Pedro
7- Tiago Mota
6- Bruno Aguiar
2- Tom Tavares
(10- Valdo Alhinho, 68)
17- Leonel Alves
52- Mauro Bastos
(23- Henrique Gomes, 68)
77 – Miguel Paixão
(8- Pedro Alves, 61)
Suplentes não Utilizados: 12- Mota, 11- Roncatto, 14- Ballack e 26- Tiago Rosa
Treinador: João Barbosa
4x3x3

Arbitragem: André Narciso (árbitro principal), Miguel Jacob e João Lisboa (árbitros auxiliares) – Setúbal
Disciplina: cartão amarelo para Matheus Pereira (13), Daniel Almeida (45), Tiago Mota (56), João Pedro (69), Mauro Riquicho (82 e 89) e Fábio Martins (89); cartão vermelho para Mauro Riquicho (89, por acumulação)
Marcadores: Francisco Geraldes (11), Wallyson Mallmann (17), Gelson Martins (50) e Daniel Podence (57); Tom Tavares (14), Pedro Alves (87) e Daniel Almeida (89, gp)

Figura – Francisco Geraldes – Sporting B

Exibição de mão cheia do jovem médio sportinguista que se destacou na assertividade no passe curto e longo e na influência directa no resultado ao apontar o primeiro golo da manhã e arrancar numa boa tentativa de remate a assistência para o segundo poucos minutos depois.

Texto: Rafael Batista Reis
Imagem: Diogo Taborda/Cortesia Clube Oriental de Lisboa - página




Reviravoltas relançam o título

Se à entrada para a 3ª jornada a Fase Final do Nacional de Iniciados estava ao rubro, ainda mais o ficou após a disputa de mais um sempre apetecível derby de Lisboa ao nível sub-15 entre Sporting e Benfica que começou a ganhar contornos de maior emoção num minuto 13 que seria de azar para os leões, não tivesse no primeiro lance de perigo do encontro e logo de forma fortuita o Benfica chegado ao primeiro golo da manhã.

Beneficiado pela crença na pressão ao guarda-redes Filipe Semedo, que procurava um pontapé longo, Diego Batista interpôs-se na trajectória levando o esférico a ressaltar no seu corpo e a dirigir-se para as redes leoninas, desfecho que esteve próximo de voltar a acontecer ao minuto 26 num perigoso remate de Mário Ferreira que passou perto do poste direito.

No entanto, cinco minutos depois iniciava-se um ciclo de apenas dois minutos no qual Diogo Brás se revelaria determinante para o Sporting ao chegar ao golo do empate através de uma grande penalidade que puniu uma mão de Mamadou Koné na área benfiquista aos 32 minutos, voltando a estar em destaque aos 34 com um centro tenso e bem colocado para o cabeceamento em jeito de Tiago Rodrigues para a reviravolta.

A reacção do Benfica teve lugar apenas na segunda parte, tendo tido início aos 48 minutos num lance de desperdício de Ricardo Campos quando se encontrava em posição privilegiada para marcar, apenas um minuto antes do restabelecimento da igualdade num lance em que Pedro Álvaro solicitou Emanuel Serrano que após ter entrado ao intervalo atirou à meia-volta para o empate.

Após o golo, as águias mantiveram-se mais perigosas, com boas incursões, acabando premiadas já sobre o apito final num canto cobrado por Mário Ferreira a partir da esquerda ao qual respondeu Miguel Nóbrega com uma superior elevação que resultou em nova reviravolta que ofereceu o triunfo aos encarnados que assim ascendem à liderança da classificação e acima de tudo relançou a luta pelo título nacional.
 

SPORTING
1- Filipe Semedo
2- Lisandro Tipote
(13- Tiago Djaló, 52)
3- Rodrigo Vaza
4- David Moreira
5- Ivo Cláudio
6- Bavikson Biai ©
8- Bernardo Sousa
10- Edmilson dos Santos
11- Sérgio Velosa
9- Tiago Rodrigues
(17- Paulo Rodrigues, 56)
7- Diogo Brás
Suplentes não Utilizados: 22- João Bacalhau, 14- David Carvalha, 15- João Monteiro, 16- Jorge Lino e 18- Chiquinho Oliveira
Treinador: Pedro Venâncio
4x3x3

BENFICA
1- Tiago Silva
2- Luís Pinheiro
3- Pedro Álvaro ©
4- Gonçalo Loureiro
5- Mamadou Koné
10- Tiago Dantas
(16- Emanuel Serrano, int)
6- Miguel Nóbrega
8- João Fonseca
11- Mário Ferreira
7- Diego Batista
9- Ricardo Campos
(18- Ricardo Matos, 70+3)
Suplentes não Utilizados: 12- Rúben Júnior, 13- Alexandre Penetra, 14- Vasco Oliveira, 15- Pedro Fonseca e 17- Rodrigo Conceição
Treinador: Luís Nascimento
4x4x2

Arbitragem: João Malheiro Pinto - Lisboa
Disciplina: cartão amarelo para Lisandro Tipote (37), David Moreira (59), Pedro Álvaro (65) e Miguel Nóbrega (70+2)
Marcadores: Diogo Brás (32) e Tiago Rodrigues (34); Diego Batista (13), Emanuel Serrano (49) e Miguel Nóbrega (70+2)

Declarações

Pedro Venâncio - treinador do Sporting

Tivemos duas situações de desconcentração na zona central e sofremos com isso, sabíamos que as bolas paradas do adversário eram batidas ao segundo poste para os homens mais altos, falhámos, não tivemos concentração e, quando as equipas são equilibradas como era o caso o resultado é este.

Figura - Diogo Brás - Sporting

Não merecia a derrota sofrida pela equipa, tendo durante todo o encontro procurado situações de 1x1 pela esquerda e em apenas dois minutos inverteu uma situação de desvantagem para colocar os leões na frente do marcador ao apontar um golo e arrancar uma assistência no entanto insuficientes para que a sua equipa conseguisse pontuar.

sábado, 25 de abril de 2015




Iniciou-se este Domingo o estágio de observação da Selecção Nacional sub-19 que permitirá ao seleccionador Edgar Borges aferir entre o lote alargado que convocou, um total de 25 jogadores, quais os elementos que se encontram em melhor condição para fazer parte dos escolhidos na lista final que visará a participação na Ronda de Elite para o Europeu da categoria.

Assinale-se que Portugal parte para esta competição como um dos claros favoritos à vitória, isto depois de na última edição ter atingido o estatuto de finalista, com o Benfica a ter sido o clube mais representado com um total de oito atletas convocados, vários deles com estatuto reforçado pelo facto de fazerem parte das opções habituais do Benfica B na profissional Segunda Liga.

AS Mónaco: Gil Dias.

SL Benfica: André Ferreira, Flávio Silva, Gilson Costa, Hildeberto Pereira, João Lima, Pedro Rodrigues, Renato Sanches e Rúben Dias.

CF "Os Belenenses": Dálcio Gomes.

FC Internazionale: José Correia.

FC Paços de Ferreira: Diogo Jota.

FC Porto: Diogo Verdasca, Fernando Fonseca, João Costa, Rúben Macedo, Rui Moreira e Sérgio Ribeiro.

Manchester United FC: Joel Pereira.

CD Santa Clara: Paulo Henrique.

Sporting CP: Ivanildo Fernandes, João Serrano e Jorge Silva.

Vitória FC: André Horta.

Vitória SC: Alexandre Silva.

sexta-feira, 24 de abril de 2015



Sim, faz-se o possível.

A cada temporada um dos assuntos mais badalados na Primeira Liga é, infelizmente, a arbitragem, criticada por muitos, especialmente pelos próprios intervenientes, mas especialmente pelos adeptos insatisfeitos com os resultados desportivos do seu próprio clube. Sejamos claros: é isso que neste momento vem sucedendo na Primeira Liga com a criação do já sobejamente conhecido ’colinho’ supostamente criado em favor do Benfica mas que apenas parece visível para alguns.

Infelizmente no nosso País como um dia afirmou Jorge Jesus o fair-play é mesmo uma treta e prefere-se retirar mérito a quem vence; neste caso, a quem lidera. ‘Clubite’ à parte, a dada altura deste campeonato qualquer um dos três clubes de maior dimensão dispôs de más arbitragens que lhes trouxeram benefícios - podemos recordar, por exemplo, uma vitória do Benfica sobre o Gil Vicente na Luz com um golo de Maxi Pereira em claro fora-de-jogo.

No entanto, contas feitas, a diferença não reside aí. A memória recorda que o FC Porto teve também partidas marcadas por arbitragens polémicas frente ao Sporting de Braga tanto na primeira como na segunda volta, assim como o próprio Sporting não teve também ’razões de queixa’ de algumas decisões nas partidas ante Académica na 1ª volta e até mesmo na recente arbitragem de Olegário Benquerença que ao contrário do que reza a crítica prejudicou ambos os lados. 

Talvez por tudo isto as palavras do principal responsável pela Comissão de Arbitragem da Liga, Vítor Pereira, tenham sido tão criticadas - no entanto, uma das expressões que utiliza não poderia ter sido mais verdadeira.

Disse em entrevista Vítor Pereira que o futebol português tem neste momento a “arbitragem possível” de encontro com as condições e o panorama actuais. Correcto: para o mal mas também para o bem, como recentemente o NOVA ACADEMIA DE TALENTOS discutiu com um dos maiores especialistas da área no momento em Portugal, Pedro Henriques.

Uma das referências da arbitragem num passado recente, o ex-árbitro deixou o seu parecer sobre vários árbitros actualmente no activo com qualidade para assegurar o futuro da classe nos próximos anos na sucessão a uma era de sucesso liderada por Pedro Proença, sabendo-se que no presente têm de facto sido cometidos vários erros. No entanto, parece necessário perguntar: não serão estas insuficiências já tantas vezes demonstradas por árbitros internacionais?

Não passou ainda um ano desde que na sua entrada no que seria um desastroso Mundial Portugal se deparou com uma arbitragem nada favorável do sérvio Milorad Mazic na partida frente à Alemanha no qual o adversário dos lusos, que foi efectivamente superior, de qualquer forma teve em seu benefício uma grande penalidade não assinalada sobre Éder e um lance no qual o juiz não hesitou em expulsar Pepe numa atitude irreflectida deste, é certo, mas manifestamente empolada por Thomas Muller.

Teria Mazic tomado a mesma atitude caso os intervenientes se invertessem? Nunca saberemos. De qualquer forma, alguém contestou a competência, dignidade e profissionalismo do árbitro da Sérvia? Uma vez que a questão poderia ser retórica, pergunto - serão os árbitros portugueses assim tão inferiores? Aliás, serão mesmo inferiores à média internacional? Não me parece. E não, esta Liga como muitos defendem, não está marcada pela influência da arbitragem.

Considerando a crítica que tal poderá acarretar: o colinho, de facto e de todo, não existe. Existe na verdade um Benfica não tão expansivo, mais ‘terreno’ e por vezes até demasiado sorumbático que tem tido o mérito de perder menos vezes pontos que a concorrência, o que normalmente resulta na liderança. Se a continuará a merecer ou não, o Clássico de Domingo importar-se-á de esclarecer.

quarta-feira, 22 de abril de 2015



Derby requer capitão e Paixão

Num regresso a uma tradição e passado com História, Marvila voltou a receber um carismático derby de Lisboa entre Oriental e Atlético que se iniciava com maior pendor ofensivo por parte da equipa da casa que aos 7 minutos se aproximava do golo numa jogada conduzida de cabeça para dessa forma Henrique cabecear ao lado da baliza visitante.

Dez minutos volvidos foi Bruno Aguiar quem esteve perto de marcar ao rematar à entrada da área tirando proveito de um alívio feito pela defesa do Atlético para essa zona, obrigando Mickael Meira a uma defesa apertada que se repetiria ao minuto 22 em resposta a um cabeceamento colocado de Daniel Almeida.

Aos 29 tinha lugar o primeiro remate do Atlético á baliza orientalista, tendo partido da iniciativa de Manuel Liz que atirou ao lado de fora da área - uma excepção à regra que foi o domínio do Oriental que voltava à carga na segunda parte ao ter estado novamente perto de marcar numa cabeçada de Daniel Almeida que passou perto da trave.

À passagem do minuto 65 o Oriental dispôs mesmo de uma primeira grande penalidade que puniu uma falta de Kiki, que viu o segundo amarelo e foi consequentemente expulso, cobrada por Mauro Bastos que viu os seus intentos contrariados por uma boa defesa de Mickael Meira que onze minutos volvidos voltou a estar em evidência ao negar pela terceira ocasião o golo a Daniel Almeida, novamente a partir de um cabeceamento.

O Oriental seguia persistente até que aos 88 minutos se iniciou um período de seis minutos nos quais o suplente utilizado Miguel Paixão teve precioso contributo. Primeiramente foi travado por Palacios em nova grande penalidade desta feita cobrada em estilo, á Panenka, por Daniel Almeida para que se abrisse a contagem.

Já sobre o apito final o mesmo Paixão recebeu um passe desde a ala direita até à esquerda por parte de Pedro Alves para se isolar e apontar o segundo golo que confirmou a vitória da equipa de Marvila seis anos após a última ocasião em que havia derrotado o seu vizinho lisboeta. 

ORIENTAL
12 - Tiago Mota
15- Amorim
21- André Almeida
20- Daniel Almeida ©
25- João Pedro
10- Valdo Alhinho
(77 - Miguel Paixão, 74)
6- Bruno Aguiar
2- Tom Tavares
17- Leonel Alves
(7- Tiago Mota, 79)
52- Mauro Bastos
23- Henrique Gomes
(8- Pedro Alves, 70)
Suplentes não Utilizados: 1- Janota, 3- Jaime Seidi, 13- Ballack Lopes e 26- Tiago Rosa
Treinador: João Barbosa
4x3x3

ATLÉTICO
61- Mickael Meira
22 - Pedro Almeida
15- Grégory Arnolin
4- Tiago Duque
2- Kiki Afonso
3- Vítor Almeida
(93- Jota, 52)
55 - Ibrahim Kargbo
10- Silas ©
7- Manuel Liz
(5- Leandro Albano, 69)
23- Minor Lopez
31- Jorge Gonçalves
(8- Manuel Palacios, 69)
Suplentes não Utilizados: 71- Igors Labuts, 19- Gonçalo Quinaz, 24- Amit Guluzade e 99- Bata
Treinador: Jorge Andrade (adjunto, com o treinador principal Pedro Hipólito castigado)
4x3x3

Arbitragem: Pedro Vilaça (árbitro principal), Hélder Casanova e Jorge Aguiar (árbitros auxiliares), Nuno Roque (4º árbitro) - Porto
Disciplina: cartão amarelo para Tiago Duque (13), Vítor Almeida (26), Kiki Afonso (40 e 64), Minor Lopez (50), João Pedro (54), Amorim (56), Grégory Arnolin (67) e Manuel Palacios (88)
Marcadores: Daniel Almeida (88, gp) e Miguel Paixão (90+4)

Figura - Daniel Almeida - Oriental

Neutralizou com facilidade Minor Lopez, o que lhe ofereceu especial liberdade para manter um interessante duelo com o guarda-redes contrário ao ter tido três cabeceamentos perigosos até finalmente converter um penalty à Panenka que abriu caminho á vitória.


Texto: Rafael Batista Reis
Imagem: Créditos Clube Oriental de Lisboa - Página Oficial




BENFICA
André Ferreira (c)
Hugo Santos
(Isaac Fernandes, 67)
Pedro Amaral
Rúben Dias
João Lima
(Ricardo Carvalho, 73)
Pedro Rodrigues
Yuri Ribeiro
Guga
Diogo Gonçalves
Aurélio Buta
Flávio Silva
(Hildeberto Pereira, 69)
Treinador: João Tralhão
4x3x3

V. GUIMARÃES
Fred Fangueiro
Joel Pereira
Denis Martins
Tiago Francisco
Jorge Sampaio
Gaspar Santoalha (c)
(Cláudio Tavares, 38)
Tiago Castro
(João Paredes, 69)
Mimito Biai
Rui Gomes
Hélder Ferreira
(Fernandinho Araújo, 62)
José Xavier
Treinador: Luís Castro
4x3x3

Arbitragem: Ricardo Lourenço – Portalegre
Disciplina: cartão amarelo para Yuri Ribeiro (5 e 58), Hugo Santos (58), Denis Martins (62) e Isaac Fernandes (88); vermelho direto a Jorge Sampaio (34) e por acumulação a YuriRibeiro (78).
Marcadores: Flávio Silva (2, 20, 36 e 64) e Guga Rodrigues (78)

Figura – Flávio Silva – Benfica

A escolha natural pelos quatro golos apontados, um feito já por si só assinalável, devendo ainda juntar-se o instinto matador revelado em todos eles e em especial o toque artístico que permitiu ao ponta-de-lança benfiquista apontar o terceiro golo da tarde.

segunda-feira, 20 de abril de 2015



Um dos mais conhecidos ex-árbitros da nossa Liga e futebol profissional na actualidade, Pedro Henriques é hoje um homem de muitos ofícios, dividindo-se entre um verdadeiro sem-número de profissões desde Tenente Coronel de Infantaria (Reserva), licenciado em Ciências Militares pela Academia Militar, Mestre em Gestão da Formação Desportiva - Faculdade de Motricidade Humana (FMH) até Doutorando em Treino Desportivo na mesma Faculdade.

O antigo árbitro internacional assume actualmente também as funções de Professor Especialista na área de Educação e Formação (Desporto), Investigador do Centro de Investigação do ISCE, Professor no Instituto Superior de Ciências Educativas (ISCE), docente de Nutrição na Escola de Motricidade e Massagem Aplicada (EMMA) e na Escola de Armas (Mafra), comentador desportivo na TVI e ainda colunista no jornal "O JOGO".

Pelo meio, concedeu ao NOVA ACADEMIA DE TALENTOS uma oportunidade exclusiva de conhecer melhor a sua carreira e de ter acesso ao seu parecer em relação ao futebol nacional na actualidade em especial no sector no qual se notabilizou e especializou, a arbitragem, tema muito em voga no momento actual.

Deu seguimento durante muitos anos a uma carreira internacional de arbitragem. Quais entende serem as principais características para um árbitro ao mais alto nível?

As componentes fundamentais são a física, a técnica, a capacidade de liderança, Fair Play, estilo de vida saudável e o treino invisível, humildade, sentido de responsabilidade, a ética, a atitude, a postura, a integridade, a honestidade, o prazer pela atividade, o conhecimento do jogo e especialmente a paixão pelo futebol.

Tornou-se conhecido do público pelo seu estilo característico de apitar ‘à inglesa’. Era sua preocupação manter-se fiel a essa filosofia ou por outro lado foi uma fama que foi ganhando sem grande noção da sua parte?

Eu sempre interpretei o futebol e a aplicação das leis de jogo baseado no bom senso, o deixar jogar, o privilegiar o contacto e o dar fluidez ao jogo e ao arbitrar segundo estes princípios estava mais próximo do estilo "à inglesa" de uma forma natural acabando com o tempo por me ir mantendo fiel a este estilo de forma natural e automatizada.

A sua carreira como árbitro coincidiu com a sua carreira militar, como sucedeu também com João Ferreira. Considera que a aprendizagem que teve enquanto militar ajudou de alguma forma a tornarem-se melhores árbitros?

Como militar adquiri e cimentei princípios e valores que me tornaram melhor como ser humano e o facto de lidar diariamente com pessoas foi me útil para entender e e melhorar a forma de gerir pessoas sentimentos e emoções tal como a capacidade de liderança e tudo isso me foi útil enquanto árbitro dentro e fora das quatro linhas.

Considera que o momento mais polémico da sua carreira como árbitro se tratou da mão de Miguel Vítor que sancionou num Benfica vs Nacional na Luz, invalidando assim um golo que garantiria uma vitória aos encarnados na altura?

Sempre me foquei nos aspetos positivos e assertivos da minha vida, fazendo obviamente uma aprendizagem constante com as tomadas de decisão e situações menos boas. Sempre tratei as pessoas com o máximo de educação e respeito e nunca admiti que não fizessem o mesmo comigo. A polémica desse jogo não foi a questão da mão e do golo anulado, a polémica foi depois do apito final por causa da forma como eu geri e sobretudo reagi a quem me tratou mal.

Terminada a sua carreira mantém-se notabilizado como comentador especialista em arbitragens. Considera ser neste momento o papel mais indicado da sua parte em relação à arbitragem portuguesa? Ou mantém outras ambições?

A minha relação com a arbitragem neste momento está em três patamares; comentador desportivo (TVI e jornal "O Jogo"), como formador e técnico das leis normas e regulamentos e como doutorando na Faculdade de Motricidade Humana, onde na minha tese estou a analisar as leis de jogo.

Esta é a minha realidade e a minha relação atual com a arbitragem. Outos projetos? Tudo é possível, já tive a oportunidade de paralelamente ter colaborado com um clube e essa situação pode vir a ser num futuro próximo um outro caminho levado mais a sério.  

As suas análises à arbitragem dividem-se entre participações televisivas na TVI24 e análises por escrito no jornal O Jogo. Ambas lhe dão o mesmo gozo? Encontra dificuldades acrescidas em qual das duas actividades?

As pessoas com quem trabalho direta e indiretamente nestes dois órgãos de comunicação social, dão-me completa e total liberdade para falar comentar e escrever o que eu quero. Para alem disso são todas essas pessoas profissionais de excelência.

O que significa que por um lado tenho um prazer enorme naquilo que faço e por outro lado sinto um orgulho imenso por fazer parte dessas duas "famílias". Prazer e orgulho para mim acabam por ser sinonimo de paixão, pelo trabalho e pelas instituições.

Olhando à arbitragem actual em Portugal, partilha da ideia geral de que Jorge de Sousa é talvez o melhor árbitro português?

Uma resposta difícil de dar. Jorge Sousa e Artur Soares Dias são porventura os dois árbitros mais completos da atualidade, mas eu gosto do estilo de arbitrar de Hugo Miguel, acho que o João Capela tem condições extraordinárias para alcançar outros patamares e sou um fã incondicional do grande árbitro e ser humano que é o Duarte Gomes.

Recorrendo novamente ao que é normalmente ventilado pelo público, concorda com a ideia de que Artur Soares Dias é neste momento o juiz de maior futuro?

Em termos internacionais será o sucessor natural de Pedro Proença, e acho que não é só o futuro que pode ser bom para o Artur, felizmente para a arbitragem portuguesa ele já é um arbitro com um presente de excelência.

Muitos seguidores da modalidade apontam também Marco Ferreira ao lote dos melhores árbitros existentes no nosso futebol no momento. Partilha dessa opinião?

O Marco Ferreira dentro das quatro linhas é um arbitro de grande nível e competência e tem demonstrado isso em jogos de grande importância e grau de dificuldade, mas tem de resolver algumas questões da sua gestão de imagem fora do terreno de jogo

Para além destes árbitros existe mais um nome experiente como Carlos Xistra. Tendo em conta que passou uma semana atribulada com presenças no Portugal vs Cabo Verde como 4º árbitro e nos jogos FC Porto vs Marítimo e Benfica vs Nacional com distinção, considera estar aqui um árbitro injustamente desvalorizado pelos media e pelos próprios adeptos de futebol?

Por vezes há árbitros que tendo bons desempenhos e sendo competentes tem uma imagem externa não muito favorável quer na comunicação social quer na opinião dos adeptos, neste contexto o Carlos Xistra não tem sido tão valorizado e reconhecido. Tem qualidade, é competente e nestes dois jogos demonstrou isso mesmo embora muitos não lhe tenham feito esse reconhecimento.

Que ideia guarda de Fábio Veríssimo e Tiago Martins, os dois mais recentes internacionais? Considera precoce esta veloz ascensão destes jovens ou por outro lado que ambos se encontram devidamente preparados para as exigências que irão encontrar?

Como qualidades principais para atingirem patamares mais elevados tem a juventude, a irreverência a ambição e obviamente a competência, porque senão não tinham chegado onde estão neste momento. Falta-lhes efetivamente experiência e maturidade essenciais para se ser um árbitro completo, esperemos que isso não os traia no percurso que estão a desbravar.

Terminada a carreira de Pedro Proença, qual entende ser o limite no que toca a novas funções que este possa vir a ambicionar?

Pedro Proença quer pela experiência quer pela competência quer pelos patamares alcançados tem seguramente qualquer lugar garantido (por mérito) no seio do futebol e da arbitragem. Penso que o melhor quer para ele quer para a arbitragem nacional será o desempenho de tarefas e de missões nas comissôes de arbitragem e ou de instrutores quer da UEFA quer da FIFA, e não tenho duvidas que é isso que vai acontecer ainda no decorrer deste ano.

Como avalia o trabalho de Vítor Pereira como responsável máximo da arbitragem da Liga?

Vou ser curto e conciso na minha resposta com tudo o que pode significar a minha afirmação e com tudo o que fica por dizer. Vítor Pereira foi o melhor presidente da arbitragem de todos os tempos.

Como avalia o trabalho de José Fontelas Gomes como líder da APAF? Acha que este árbitro em particular poderia ter garantido uma carreira mais preenchida nesta função antes de assumir a preferência? Ou considera que esse facto é irrelevante?

Difícil falar do "Zé" porque sou seu amigo pessoal e tenho por ele uma enorme estima e consideração. Está numa fase de aprendizagem e crescimento como dirigente, mas tem a ambição o conhecimento e sobretudo a vontade em fazer bem. Por isso mesmo não concordando com tudo o que ele diz ou faz é neste momento a pessoa certa para liderar os destinos da APAF.

Qual é a sua visão sobre a polémica recentemente criada com o alegado incumprimento no pagamento de prémios aos árbitros de primeira categoria, colocando em risco as arbitragens das arbitragens das cinco últimas jornadas da Liga?

Tenho a certeza que as partes se vão entender e que o caso acaba por morrer antes de se consumar a greve, até porque ha duas pessoas envolvidas no processo que pela sua honestidade, competência e vontade em fazer bem vão construir uma plataforma de entendimento, falo obviamente do José Gomes e do Luís Duque.

Supondo que a paragem dos árbitros seguirá avante, qual entende ser a melhor opção de recurso - apostar em juízes da segunda categoria ou contratar árbitros estrangeiros? Tem acompanhado a evolução dos árbitros que apitam no Campeonato Nacional de Seniores? Estariam estes juízes à altura das exigências?

Conforme respondi anteriormente não vai haver greve porque tudo se ira resolver em tempo útil, mas ter árbitros estrangeiros seria sempre mais caro do que pagar as verbas que são devidas aos árbitros portugueses e os juízes de segunda podem não ter ainda a experiência e a maturidade para por exemplo dirigir um Benfica - FC Porto.



A vitória do Sporting definiu-se nos primeiros 18 minutos de jogo, sendo que o primeiro tento teve lugar logo após o primeiro minuto num cruzamento pela direita desviado num defesa do Nacional recebido por Rafael Barbosa, que não hesitou em marcar.

Esse seria um gesto que o capitão sportinguista haveria de repetir apenas cinco minutos volvidos, confirmando sobre a linha de golo uma arrancada de Lisandro Semedo em contragolpe também pela direita, flanco pelo qual nasceu mais um golo à passagem do minuto 18 com mais uma assistência de Lisandro, agora centrando para um forte cabeceamento de Bruno Wilson para o fundo das redes.

O 4-0 final apenas chegou na segunda parte, mais concretamente aos 73 minutos após um movimento individual de Abou Touré, novamente pela direita, irrompendo pela área para colocar na pequena área onde o defensor Guilherme Vieira inadvertidamente tocou o esférico para o fundo das redes numa representação do que foi uma desastrada tarde para a equipa madeirense.

SPORTING
22- Khadime Ndiaye
2- Gonçalo Araújo
3- Bruno Wilson
4- Ivanildo Fernandes
(13- Guilherme Ramos, 81)
16- Arilton Ebo
6- Luis Caicedo
7- Lisandro Semedo
(15- Bruno Pais, 75)
10- Rafael Barbosa ©
14- Abou Touré
(18- Ever Peralta, 84)
9- José Postiga
11- Luís Elói
Treinador: Luís Boa Morte
4x3x3

NACIONAL
1- Tomás Pereira
2- Carlos Camacho ©
3- Guilherme Vieira
4- Lucas Tigrão
5- Mohamed Kaba
33- Pedro Pinto
7- António Gonçalves
(22- David Macieira, int.)
8- Danísio Barbosa
10- Pedro Monteiro
(19- Dani Ladeira, 61)
9- Ricky Rocha
11- Henrique Pinto
(17- Joel Conceição, int)
Treinador: José Pedro Jacinto
4x3x3

Arbitragem: Miguel Figueiredo – Setúbal
Disciplina: cartão amarelo para Pedro Monteiro (57)
Marcadores: Rafael Barbosa (1 e 6), Bruno Wilson (18) e Guilherme Vieira (73, autogolo)


Figura – Lisandro Semedo – Sporting

Foi em grande parte pela sua acção que todos os tentos da tarde tiveram origem na ala direita, tendo realizado uma excelente prestação coroada com as assistências para o segundo e o terceiro golo leoninos após ter feito parte da jogada que resultou no primeiro golo do encontro.


quinta-feira, 16 de abril de 2015




Início de Feira com um final de leão

Ao contrário do que o clima chuvoso parecia sugerir, nada teve de aborrecido um confronto entre Sporting B e Feirense com competitividade ao nível de uma Primeira Liga em especial na forma com que a equipa visitante entrou no jogo, estabelecendo um resultado de 0-2 após uns primeiros 12 minutos a roçar a perfeição em termos de eficácia, apontando dois golos nas duas primeiras tentativas enquadradas com a baliza sportinguista.

O primeiro tento não se fez esperar e celebrou-se quando o relógio marcava apenas… 14 segundos de jogo, momento em que Luiz Phellype aproveitou um passe longo proveniente do seu meio-campo e a desconcentração da defesa contrária para se isolar e marcar, feito repetido pelo seu companheiro Henrique ao minuto 12 ao elevar-se mais alto do que toda a concorrência na transformação de um pontapé de canto cobrado por Barge.

O primeiro esboço de reacção do Sporting B, neste encontro reforçado na sua defesa por Naby Sarr e Jonathan Silva desde a equipa principal, teve lugar cinco minutos após o segundo tento fogaceiro, numa tentativa de André Geraldes em surpreender o guarda-redes contrário de fora da área, mas até ao intervalo seria novamente o Feirense a aproximar-se do golo por intermédio de uma jogada individual de Luiz Phellype apenas travada com dificuldade por Luís Ribeiro.

A segunda parte, contudo, apresentaria um panorama bem diferente com a equipa B leonina a entrar para logo marcar e em dez minutos restabelecer mesmo a igualdade, reduzindo distâncias aos 48 minutos numa jogada confusa na qual o recém-entrado Matheus Pereira em insistência tocou a bola para Nuno Reis que atirou forte para o fundo das redes.

O Sporting B celebrava o tento do empate aos 58 num lance em que Hadi Sacko cruzou rasteiro a partir da direita para o eixo do ataque onde Daniel Podence dominou o esférico antes de atirar forte e colocado para o segundo tento dos jovens leões que quatro minutos volvidos estiveram muito perto de operar a reviravolta num disparo de Matheus Pereira pouco desviado do poste esquerdo que representava a aposta no ataque.

João de Deus também contribuía com acertadas substituições para a reacção leonina que muito se deveu às boas entradas de Matheus e Sacko com este último a ter estado muito próximo de assegurar a vitória ao ter atirado cruzado junto ao poste esquerdo depois de uma arrancada de mais de meio campo em contra-ataque já em tempo de compensação.

Momentos depois, Diego Rubio também obrigou Márcio Paiva a uma boa defesa que permitiu ao Feirense evitar a derrota, um mal menor para uma equipa que procurava dar continuidade a uma série de sete triunfos consecutivos, o que redundava num mês sem derrotas, para alcançar os lugares de subida á Liga NOS, contudo sem sucesso. 

Academia Sporting - Campo Aurélio Pereira

SPORTING B
96- Luís Ribeiro
81- André Geraldes
44- Nuno Reis ©
29- Naby Sarr
33- Jonathan Silva
66- João Palhinha
49- Francisco Geraldes
(25- Hadi Sacko, 57)
27- Ryan Gauld
(73- Matheus Pereira, int)
60- Gelson Martins
34- Diego Rubio
56- Daniel Podence
(76 - Mica Pinto, 83)
4x3x3
Suplentes não Utilizados: 59- Guilherme Oliveira, 40- Sambinha, 58- Mauro Riquicho e 90- Zezinho Lopes
Treinador: João de Deus

FEIRENSE
1- Giorgi Makaridze
(51- Márcio Paiva, int)
35- Sérgio Barge
33 - Henrique
3- Agostinho Carvalho
5- Igor Rocha
16- Jefferson Santos
17- Cris Santos ©
(10- Fabinho Carvalho, 67)
8- Tiago Jogo
(88 - Bassalia Ouattara, 55)
14- Rúben Oliveira
9- Cafú
22 - Luiz Phellype
4x2x3x1
Suplentes não Utilizados: 4- Pedro Santos, 7- Hélder Rodrigues, 11 - Gonçalo Abreu e 23- Mika
Treinador: Pedro Miguel

Arbitragem: Artur Soares Dias (árbitro principal), Rui Licínio e Álvaro Mesquita (árbitros auxiliares) - Porto
Disciplina: cartão amarelo para Naby Sarr (10), Sérgo Barge (23), Luiz Phellype (32), Jefferson Santos (53), Francisco Geraldes (55), Daniel Podence (59) e Hadi Sacko (66)
Marcadores: Nuno Reis (48) e Daniel Podence (58); Luiz Phellype (1) e Henrique (12)


Acabou por prevaler a lei do mais forte na final da UEFA Youth League com o Chelsea a conquistar o título como corolário de uma carreira repleta de goleadas e exibições muito conseguidas que cedo colocaram a jovem equipa inglesa no topo entre os favoritos a erguer o troféu.

No derradeiro encontro, os blues dominaram praticamente a toda a linha perante a grande surpresa da competição, o Shakhtar Donetsk, que afastou vários emblemas de maior renome para defrontar um Chelsea praticamente intratável e liderado nas suas alas por dois extremos que poderão vir a dar muito que falar no futebol internacional ao mais alto nível, casos do capitão Izzy Brown, que apontou dois dos três golos da turma inglesa, e o francês Jéremie Boga, que rubricou duas assistências.

Colovray Sports Center - Nyon

SHAKHTAR
1- Oleh Kudryk
2- Ihor Kyryukhantsev
3- Danylo Sahutkin
4- Mykola Matviyenko
5- Oleg Hladchenko
6- Beka Vachiberadze
8- Oleksandr Pikhalonok
10- Oleksandr Zubkov
7- Denys Arendaruk
(18- Artem Merkushov, 78)
9- Andriy Bordachuk
11- Denys Shtander
(14- Viktor Kovalenko, 71)
Suplentes não Utilizados: 12- Ruslan Yefanov, 13- Dmytro Shevchenko, 15- Yury Senytskyy, 16- Oleksandr Hlahola e 17- Yaroslav Fursov
Treinador: Valery Kryventsov

CHELSEA
1- Bradley Collins
2- Ola Aina
3- Andreas Christensen
4- Jake Clarke-Salter
5- Jay DaSilva
6- Charlie Colkett
8- Ruben Loftus-Cheek
10- Charly Musonda
(15- Tammy Abraham, 85)
7- Izzy Brown
9- Dominic Solanke
11- Jéremie Boga
(14- Kasey Palmer, 71)
Suplentes não Utilizados: 12- Fikayo Tomori, 13- Jared Thompson, 18- Kyle Scott, 19- Ruben Sammutt e 20- Dujon Sterling
Treinador: Adi Viveash

Arbitragem: Serdar Gozubuyuk - Holanda
Disciplina: Beka Vachiberadze (80) e Viktor Kovalenko (85)
Marcadores: Andreas Christensen (37, ag) e Viktor Kovalenko (92); Izzy Brown (7 e 55) e Dominic Solanke (47)

Texto: Rafael Batista Reis
Imagem: Cortesia UEFA

quarta-feira, 15 de abril de 2015



A cumprir a primeira temporada como sénior, Rony Lopes continua a saltar etapas, encontrando-se já entre as opções habituais de Rui Jorge para representar a Selecção Nacional sub-21, conjunto ao qual deverá ser novamente chamado para disputar o Europeu da categoria. Este será um dos objectivos do momento para este jovem atleta que deixou algumas revelações em conversa com o NOVA ACADEMIA DE TALENTOS em parceria com o jornalista Christopher Lima e o blog luso-francês ‘PortuGolo’.

Atingiste a final do Euro 2014 de Sub 19 com Portugal. Descreve-nos o ambiente e a qualidade que têm as equipas jovens da seleção - pensas que alguns dos teus colegas terão lugar na equipa principal? Podemos falar de uma Geração de Ouro como a anterior de Figo e Rui Costa?

A nossa Seleção de sub19 do ano passado era realmente muito forte. Para além de termos jogadores muito evoluídos técnica e tacticamente o grupo era muito unido. Essa união foi fundamental para chegarmos até à final e acabarmos por fazer uma campanha muito positiva.

Há jogadores que certamente vão chegar rapidamente à seleção A, mas é muito difícil compararmos gerações. Cada uma tem o seu tempo próprio e só ganhando títulos para Portugal é que conseguiremos escrever o nosso nome na História, como fizeram Figo e Rui Costa.

Põe-te na pele de Fernando Santos. Tens de integrar jovens jogadores na seleção, quem escolherias? Pensas ter o teu lugar na seleção ? O que podes trazer de positivo ao grupo?

Felizmente não sou o selecionador nacional. Acho que o seu trabalho é muito difícil porque tem de escolher os melhores jogadores para determinado jogo ou competição, pensando sempre no grupo e sujeito a críticas de tudo e de todos.

Quanto a mim, tenho feito o meu trabalho nas camadas jovens de Portugal, sou internacional desde os sub15 aos sub21 e o percurso natural será chegar à selecção principal, mas sei que apenas será possível se continuar a trabalhar e a evoluir muito, porque é preciso ser realmente muito, muito bom para poder representar o nosso país ao mais alto nível.

Já indicaste que não ias necessariamente recusar ir à seleção brasileira no caso de seres convocado, sempre é esse o caso? Pensas que será difícil para ti escolher entre Portugal e Brasil?

Já falei várias vezes sobre esse assunto e não me parece indicado estar a fazer profecias sobre o futuro. Quem me conhece dentro e fora do futebol sabe bem como penso e o que sinto em relação a isso.

Tens alguma mensagem para Fernando Santos?

Nada de especial (risos). Tem feito um bom trabalho, Portugal está de novo no bom caminho para o Euro 2016 e pelo que sei dos colegas com quem falei todos me dizem que é um grande líder, um professor e sobretudo um amigo. Desejo que continue assim e que Portugal consiga os seus objectivos.

Podes dizer-me qual é, para ti, o melhor jogador português? E qual o melhor número 10 que a seleção teve?

Essa é uma pergunta ingrata... Claro que o Cristiano Ronaldo é o melhor do mundo, por isso é aquele que se destaca mais até porque também é um grande capitão. Mas felizmente Portugal tem grandes jogadores para todas as posições do campo. Quanto ao melhor número 10, aquele clássico, nunca me vou esquecer do futebol de Rui Costa. Era genial a forma como jogava e como fazia a equipa jogar. Um maestro.

Dá-me a tua visão do percurso de Portugal na qualificação para o Euro 2016. Vês a seleção apurada para o Euro 2016 em França daqui a um ano?

Tenho 100% de certeza que sim. Começámos com um tropeção, mas já nos endireitámos e vamos estar de certeza no Europeu de França.

Participaste na UEFA Youth League, o que pensas dessa competição? É bom para jovens portugueses conhecer um alto nível?

É espetacular, uma grande iniciativa. Para além de aumentar o nível das competições jovens, tive oportunidade de experienciar novas situações como viajar e conviver com a equipa principal, perceber como tudo funciona e assim estar mais preparado para quando vier a competição "a doer".

No inicio da época jogaste na Liga dos Campeões, a verdadeira, o que sentiste? Preferias ter jogado pelo Manchester City? Pensas que o Lille tinha lugar na fase final?

Foi uma experiência excelente, apenas triste por não termos conseguido a qualificação, mas o FC Porto foi mais forte. A prova de que mereceram a qualificação foi que continuam na competição em Abril, ou seja, estão entre os melhores.

Na ultima época, foste eleito melhor jogador das reservas do Manchester City, pensas jogar na primeira equipa na próxima época, a não ser que fiques no Lille mais um ano?

(risos) Fiquei feliz com a distinção do City, que premiou o meu trabalho durante o ano, mas agora a realidade é outra, jogo com os profissionais e isso implica uma série de fatores que eu próprio não posso controlar para além do meu trabalho. Não sei nada quanto ao meu futuro e sinceramente não penso muito nisso porque estou concentrado a 100% no Lille e em ajudar a equipa a subir na classificação tanto quanto possível.

Em que lugar pensas que os Citizens vão acabar a presente época? Segues os resultados regularmente?

Sim, sigo regularmente o City porque para além de ser o meu clube, tenho lá muitos amigos que fiz durante os anos que lá passei. Infelizmente a equipa não tem sido tão regular como seria de esperar e na Premier League não há espaço para recuperar de muitos erros. Parece-me difícil que o título escape ao Chelsea.

O que sentiste durante na tua estreia com o Manchester City e sobretudo o teu primeiro golo? O teu percurso é um pouco semelhante ao de Cristiano Ronaldo...

Tive a sorte de na primeira vez em que joguei pelo City ter logo marcado um golo. Foi uma sensação fantástica e que é impossível de descrever, porque significou muito para mim e sobretudo para a minha família, que sempre me apoiou. Quanto a comparações, mais uma vez acho difícil comparar, sobretudo com o melhor do mundo! (risos)

O que pensas da Ligue 1 ? Como decorre a tua adaptação à equipa? Podemos saber como foste acolhido no balneário pelos teus novos colegas?

É um campeonato excecional, com grande qualidade dos jogadores e com muita competitividade. No início confesso que não foi fácil porque tive de me adaptar ao ritmo elevado e ao contacto físico, para além de não ter tido período de férias por causa dos compromissos com a selecção de Portugal. Quando finalmente cheguei ao meu ritmo, tive a infelicidade de me lesionar, mas também consegui ultrapassar esse obstáculo com a ajuda de todos.

Agora sinto-me em casa no Lille. Gosto do clube e das pessoas, sinto-me bem com os meus colegas e sinto o apoio dos adeptos, ou seja, tudo é positivo e tenho de agradecer a todos a confiança que depositaram em mim.

Por jogarem no mesmo Campeonato, tens algumas probabilidades de defrontar outros jogadores portugueses como Raphael Guerreiro, Tiago Ilori, Bernardo Silva ou João Moutinho. Conheces particularmente melhor algum deles?

Conheço muito bem o Bernardo porque jogámos na mesma altura no Benfica e somos grandes amigos, já o Raphael e o Tiago conheci nas seleções de Portugal e também nos damos bem. Ainda não conheço bem o João Moutinho, mas sei que é um grande jogador e um verdadeiro motor no Mónaco e na seleção nacional.

Pensas que o Lille merece estar no ãctual lugar ou merecia estar em lugares acima? Sem as tuas lesões e vista a tua forma, pensas que contigo os dogues poderiam ter obtido melhores resultados?

Normalmente a classificação é um espelho fiel daquilo que se passa dentro do campo. Infelizmente tivemos um período menos bom em termos de resultados que coincidiu com o meu tempo de recuperação, mas não acho de maneira nenhuma que tenha tido alguma influência.

Foi apenas um período menos bom que tivemos dificuldade em ultrapassar e do qual ainda estamos a recuperar. Se tivéssemos tido um pouco mais de felicidade em 3 ou 4 jogos estaríamos neste momento a lutar pelo acesso à Liga dos Campeões.

O teu melhor jogo foi contra o Lyon contra um outro jogador português com o mesmo apelido, Anthony Lopes. Pensas que ele merece um lugar na seleção? Para ti, o Lyon pode ganhar a Ligue 1?

Pelo que conheço do Anthony, tem uma qualidade extraordinária e tem ajudado muito à boa campanha do Lyon. Pelo campeonato que estão a fazer, merecem claramente ficar no topo da liga, mas não vai ser fácil destronar o PSG.

Para ti, como é o nível do FC Porto, que eliminou o Lille nos Playoffs de acesso à Liga dos Campeões? Estás impressionado pelo percurso dos dragões até agora? Vê-los ir longe ?

O FC Porto tem estado impecável na Europa. Agora vai defrontar o Bayern e não são favoritos, mas já se sabe que no futebol não há vencedores antecipados...

Fizeste a tua formação no Benfica. O clube encarnado já foi muito criticado por deixar ‘fugir’ os seus jovens talentos e por não dar as devidas oportunidades na primeira equipa a esses jovens. Qual é a tua opinião sobre isso?

É natural que haja críticas quando a formação tem bons resultados, os jogadores que chegam aos seniores conseguem bons níveis mas o Benfica não tem aproveitado. Não sei o porquê, mas parece-me claro que faz parte da estratégia do clube. Eu tento não criticar, porque deixei muitos amigos no Benfica e foi um clube muito importante na minha formação e ao qual estou grato.

Sabemos que Rony é o teu apelido e que isso vem certamente de algum lado, mas de onde?

Quando era pequeno usava sempre a camisola do Ronaldo Fenómeno nos treinos, mas o treinador achava o nome muito comprido e começou a chamar-me Rony. Desde então... tornei-me no Rony para toda a gente e gosto assim!

Já jogaste na posição de médio lateral, a 10 e até a médio centro, mas qual é a tua verdadeira posição?

Eu posso jogar em qualquer posição e depende sempre do sistema que o treinador quer aplicar. Pessoalmente sinto-me muito confortável a jogar solto atrás de um avançado, como 10, mas também me sinto bem noutras posições desde que isso ajude a equipa.

O que sentiste ao ouvir a música da Liga dos Campeões quando estavas dentro do campo ?

Arrepiei-me, claro. E espero ouvir muitas vezes mais.

O que é, para ti, o melhor em Portugal?

Ui, essa é dificil... Mas acho que são as pessoas, que acolheram a minha família e nos deram a oportunidade de ser alguém. Por outro lado, também não posso esquecer o nosso clima e a comida, que não têm igual (risos).

O que gostas de fazer para além do futebol? Já tiveste a oportunidade de comer as batatas fritas que são muito apreciadas no Norte de França?

Gosto muito de batatas fritas e por isso sinto-me em casa aqui (risos). Infelizmente só como em dias de festa, porque tenho de manter a minha linha, como bom profissional. Fora do futebol, sou uma pessoa normal. Gosto de estar com a família e com os amigos, ouvir música e dançar lá em casa, ir ao cinema... Não sou de grandes extravagâncias e desde que esteja rodeado de gente de quem gosto, sou feliz.

terça-feira, 14 de abril de 2015





Caixa Futebol Campus – Seixal

BENFICA
Tiago Silva
Luís Pinheiro
Alexandre Penetra
Gonçalo Loureiro
Mamadou Koné
Miguel Nóbrega
Pedro Álvaro ©
Diego Batista
Tiago Dantas
(Rodrigo Conceição, 62)
André Ricardo
(Mário Ferreira, 28)
Ricardo Campos
(Ricardo Matos, 66)
Treinador: Luís Nascimento
4x3x3

FC PORTO
João Gonçalo
Paulo Moreira
João Serrão (c)
Cláudio Silva
Ruben Moura
Romário Baró
Afonso Sousa
(André Silva, 65)
Vítor Ferreira
Ruben Teixeira
(João Mário, int)
Leandro Campos
Miguel Magalhães
(Tiago Lopes, 51)
Treinador: Luís Gonçalves
4x3x3

Arbitragem: Nuno Só Alvo - Algarve
Disciplina: cartão amarelo para Pedro Álvaro (29)
Marcadores: Ricardo Campos (38); João Mário (58)

Figura – João Mário – FC Porto

Revelou-se a arma secreta do FC Porto este jovem avançado que ao ter sido lançado ao intervalo acabou por melhorar a produção atacante da sua equipa e ainda concretizar com eficácia um lance que permitiu alcançar uma igualdade no terreno de um rival directo.

segunda-feira, 13 de abril de 2015




Começar a liderar onde bem se havia terminado

Por capricho de calendário a 1ª jornada da Fase Final do Campeonato Nacional de Iniciados colocou uma repetição da última jornada da fase anterior, com o Sporting a receber o ‘outsider’ Anadia poucas semanas após ter vencido este adversário.

Desta feita os leões sentiram maiores dificuldades para marcar, tendo logrado o único tento da tarde já nos últimos dez minutos do encontro através de uma grande penalidade convertida com sucesso por Diogo Brás, garantindo assim a liderança isolada na classificação.

Academia Sporting – Alcochete

SPORTING
1- Filipe Semedo
2-Pedro Dias
(15- João Monteiro, 59)
3- Rodrigo Vaza
4- David Moreira
5- Gonçalo Costa
6- Bavikson Biai ©
8- Benny Sousa
10- Edmilson dos Santos
(17- Bernardo Prego, 50)
7- Diogo Brás
9- Tiago Rodrigues
11 - Sérgio Velosa
Suplentes não Utilizados: 22- Filipe Simões, 13- Tiago Djaló, 14- Ivo Cláudio, 16- Jorge Lino e 18- Chiquinho Oliveira
Treinador: Pedro Venâncio
4x3x3

ANADIA
1- Pedro
2- Fábio
3- João
4- Hugo Daniel
5- Bená
6- Alex Reis ©
(13- Hugo Filipe, 56)
7- Alexandre Leira
(14- Gustavo Gaio, int)
8- Diogo
10- Gonçalo
(17- Francisco, 50)
9- Dani Santos
(18- Nikolay Sheterev, int)
11- Manel Soares
(16- Joaquim, int)
4x3x3
Suplentes não Utilizados: 12- Palavra e 15- Castro
Treinador: João Almeida

Arbitragem: Luís Reforço – Setúbal
Disciplina: cartão amarelo para Diogo Brás (7), Alex Reis (22) e Hugo Daniel (63)
Marcador: Diogo Brás (63, gp)

Figura – Tiago Rodrigues – Sporting

Sem grandes oportunidades para marcar, o ponta-de-lança leonino acabou por ser de fulcral importância ao segurar vários dos seus adversários obrigados a marcá-lo junto à grande área, valendo-se do espírito de luta para conquistar a grande penalidade que resultou no único golo do encontro antes de sair de maca nos instantes finais, completamente exausto.


Regresso à fortaleza das vitórias

Enfrentavam-se em Marvila duas equipas que não conheciam o sabor da vitória há cinco jogos, Oriental e Marítimo B, sendo que os insulares, posicionados em zona de descida e ‘reforçados’ com três unidades que habitualmente alinham na sua primeira equipa, entravam com maior ‘apetite’ ao criar o primeiro lance de perigo aos 9 minutos, momento em que Ibrahim rematou já na pequena área para um salvador corte de Tiago Rosa para canto.

Seis minutos depois era Rúben Ferreira quem tentava a sorte através de um livre directo que proporcionou uma excelente defesa ao guardião Ricardo Janota, e a resposta do Oriental não poderia ter sido mais letal ao ter apontado dois golos em apenas sete minutos, o primeiro no seu primeiro efectivo lance de ataque inaugurado o marcador após Bruno Aguiar ter sido travado em falta por José Sá após se ter isolado.

Esse lance resultaria na expulsão do guarda-redes visitante e na exemplar cobrança de grande penalidade de Mauro Bastos e seria seguido aos 31 por um cruzamento rasteiro tirado por João Pedro a partir da esquerda para uma finalização de Tom já na pequena área, chegando a um 2-0 que até ao intervalo o Marítimo B apenas procurou contestar dois minutos após o golo com um remate de Kukula para defesa incompleta de Janota.

Na segunda metade o ritmo decaiu bastante até que a equipa visitante conseguiu reduzir a desvantagem aos 74 minutos após jogada em que Marcos Barbeiro ganhou ao seu marcador ao segundo poste para servir Ibrahim que se encontrava na pequena área para finalizar com facilidade o início da reacção insular que poderia ter resultado na igualdade sete minutos volvidos numa incursão de Armando travada por Janota.

Aos 86, o Marítimo B viu ser-lhe (bem) anulado por fora-de-jogo de Gonçalo o que poderia ter sido o 2-2, e já no último minuto de compensação foi Igor Rossi quem em boa posição viu Janota efectuar uma defesa que vale uma vitória saborosa para os lisboetas, que continuam sem perder como visitados em 2015, e que poderia ter sido o início da jogada do último golo da tarde não tivesse Tom desperdiçado a oportunidade perante a oposição de Rui Vieira.

Campo Eng. Carlos Salema - Lisboa

ORIENTAL
1- Ricardo Janota
16- Alexandre Rita
26- Tiago Rosa
21- André Almeida
25- João Pedro
7- Tiago Mota ©
6- Bruno Aguiar
2- Tom Tavares
17- Leonel Alves
(23- Henrique Gomes, 76)
52- Mauro Bastos
(11- Evandro Roncatto, 76)
77 - Miguel Paixão
(13- Ballack, 62)
Suplentes não Utilizados: 12 - Tiago Mota e 3- Seidi
Treinador: João Barbosa
4x3x3

MARÍTIMO B
91- José Sá
49- Armando
13- Cristiano ©
4- Igor Rossi
41 - Rúben Ferreira
66 - Gonçalo
15- Touré
(24- Diney Borges, int.)
17- Kukula Costa
(47- Tiago, 63)
27- Filipe Oliveira
(71 - Rui Vieira, 23)
42 - Marcos Barbeiro
11 - Ibrahim Obayomi
Suplentes não Utilizados: 22 - Aldair Neto, 28- Carlos Daniel, 68- Ricardo Fernandes e 80- Valdemar Pana
Treinador: Rui Nascimento
4x2x3x1

Arbitragem: Ricardo Lourenço (árbitro principal), Luís Tavares e Eurico Vilela (árbitros auxiliares) e Rui Teixeira (4º árbitro) - Portalegre
Disciplina: cartão amarelo para Bruno Aguiar (30), Touré (41), André Almeida (48), Rúben Ferreira (80) e Igor Rossi (83); cartão vermelho para José Sá (21, expulsão directa)
Marcadores: Mauro Bastos (24) e Tom Tavares (31); Ibrahim Obayomi (74)

quinta-feira, 9 de abril de 2015




Lança em África - número 6

Richard Juuko, de 21 anos, pode jogar como médio defensivo ou defesa central, sendo um atleta muito forte fisicamente, o actual vice-capitão da selecção A do Uganda, vencedor do prémio de Defesa Jovem do Ano no seu país em 2011 e vencedor da II Liga em 2012. Todas estes feitos cedo chamaram a atenção internacional, tendo em Janeiro último optado por partir para nova nação exótica do futebol ao assinar pelo Salam Zgharta do Líbano, que disputa a Taça da Ásia como representante desse país.

Criterioso no passe, possante no jogo aéreo e capaz de dar início à construção, qualidades que o levaram ao actual clube, o Kira Young, onde vinha sendo titular indiscutível e se tornou uma das figuras do seu país, fazendo parte das escolhas de Mulitin Sredojevic para a selecção do Uganda na qualificação para o CAN 2015, tendo envergado a camisola 5 da sua nação, Jjuko parece pronto para saltar para o futebol europeu.

A nível de selecções o defesa estreou-se em Julho de 2013 e desde então disputou vários encontros particulares e a CECAFA Challenge Cup em Dezembro e depois disso três rondas de apuramento para o CAN. No clube, na época passada cumpriu 31 jogos e 6 golos, tendo cumprido a sua terceira época no clube após ter sido recrutado nos Juniores do URA FC.



Raio-X - Gedson Fernandes

Embora Gedson seja ainda juvenil e ainda necessite de completar algumas etapas na sua formação, neste momento possui todas as competências para se prever que poderá ter uma carreira de sucesso enquanto futebolista profissional.

Atendendo à forma completa com que já agrega vários aspectos no seu jogo, será dentro de uma equipa composta por vários talentos um dos primeiros sobre os quais se poderá antever um futuro risonho. Digo isto precisamente pelo facto de ter já desenvolvido diversas competências que usualmente podem até demorar um pouco mais a trabalhar num futebolista ao mais alto nível.

Gedson possui poder de explosão para evoluir por uma das alas se necessário e experiência de posição para jogar como referência ofensiva, ainda que pareça nesta fase da sua carreira apontado a outras tarefas em campo.

quarta-feira, 8 de abril de 2015




Mitrovic, o sonho improvável do leão

Apesar da juventude, este é um nome que começa a não ser já novidade tendo em conta o interesse que gera por toda a Europa para o reforço do ataque de vários respeitáveis conjuntos com destaque agora para o AC Milan, que se terá juntado oficialmente à corrida segundo regista o órgão italiano ‘LoSport24’.

No entanto, a maior novidade para o futebol português não passa pelo facto de os rossoneri pretenderem juntar o goleador titular da selecção da Sérvia ao seu plantel, concentrando grande parte dos dirigentes que trabalham na sua sede, a Casa Aldo Rossi, nesses intentos - o mais interessante dos rumores a circular por Itália passa pela presença do Sporting entre os pretendentes pela contratação de Mitrovic.

Ainda que o interesse leonino neste jogador possa surpreender pelo facto de este se tratar de um jogador caro em virtude de se tratar de um ponta-de-lança muito forte fisicamente e de elevado potencial, o que aumenta exponencialmente o seu valor de mercado, os 1,90 metros e 81 kg farão o clube de Alvalade medir as possibilidades, mesmo que menores, de sucesso.

Desta forma, abrir-se caso venha a confirmar-se a noticiada ’revolução’ no plantel verde-e-branco que deverá resultar na saída de vários dos futebolistas pertencentes ao actual grupo o objectivo de aqui garantir o que seria o mais notabilizado reforço para a próxima época desportiva.

Ciente de que vários dos seus actuais jogadores possuem mercado e possibilidades realistas de sair e garantir interessantes encaixes financeiros, dessa forma o Sporting garantiria alguma margem de manobra para reforçar alguns sectores necessitados em termos de efectivos como será o centro do ataque, ainda mais quando se mantêm as hipóteses de tanto Islam Slimani como mesmo de Fredy Montero virem a abandonar o clube no final da época.

Para abrir o apetite aos leões, o goleador que se encontra contratualmente ligado ao Anderlecht contabiliza para já uma soma superior a 20 tentos na corrente temporada com uma média de 0,5 golos por jogo, o que claramente aponta o seu futuro a outras paragens, juntando a titularidade na selecção da Sérvia a uma transferência para um clube mais ambicioso entre um extenso rol de possibilidades que começa no acima mencionado AC Milan e que se estende a outras paragens.

A enorme concorrência por Mitrovic juntará assim Milan e Sporting ao seu rival de Lisboa, o Benfica, assim como Arsenal, Manchester City, Roma, Fiorentina, Swansea e Newcastle, o que parece tornar muito complicada a pretensão dos dirigentes verde-e-brancos. No entanto, quem deseja investir deve dar-se a este tipo de disputas, correndo o ‘risco’ de obter um enorme reforço.

segunda-feira, 6 de abril de 2015




Campo de gente grande para reacção de campeão

Uma agradável tarde de Sexta-feira Santa e o relvado do Estádio de Alvalade tornavam-se o palco ideal para receber um encontro no qual fosse qual fosse o vencedor teria implicações directas nas contas do título nacional de Juniores, colocando praticamente um ponto final com um triunfo do FC Porto ou relançando por completo a disputa em caso de vitória do Sporting, que entrou melhor num encontro com frenéticos primeiros 20 minutos de jogo.

Abria as hostilidades da equipa da casa aos 3 minutos com uma boa desmarcação de Abou Touré bem travada por defesa atenta do guarda-redes Gudiño, que voltava a ser incomodado no minuto seguinte por um remate de Rafael Barbosa que passou pouco por alto antes do primeiro esboço de resposta por parte dos visitantes logo a seguir que poderia ter sido letal não tivesse Rúben Macedo desperdiçado a sua boa posição ao atirar junto ao poste esquerdo.

O Sporting voltou à carga ao minuto 10, altura em que José Postiga surgiu a rematar já na pequena área mas ligeiramente por cima, com o dragão a responder sempre de forma pronta e a voltar a estar perto de marcar sete minutos volvidos num remate de Sérgio Ribeiro bloqueado por vários elementos da equipa da casa que se posicionaram em frente à linha de golo.

Parada e resposta, voltou o leão a tentar o golo num desperdício de Aya Diouf na pequena área e sem qualquer marcação aos 19 seguido de uma iniciativa individual de Matheus Pereira apenas travada por boa defesa de Gudiño sete minutos depois, e até ao intervalo Abou Touré poderia ter feito bem melhor no seu remate já no interior da área aos 42 minutos.

Após o intervalo sem que antes tivessem existido grandes ocasiões o Sporting conseguiu mesmo abrir a contagem aos 66 minutos através de uma tentativa de cruzamento de Lisandro Semedo inadvertidamente desviada por Verdasca em direcção da sua própria baliza, gerando uma imediata reacção por parte dos azuis-e-brancos que se aproximaram da igualdade através dos cabeceamentos de Rúben Macedo aos 70 e Leonardo Ruiz aos 73 minutos.

A reacção do FC Porto tornou-se mesmo reviravolta por mérito deste último que no espaço de 13 minutos decidiu o encontro com dois cabeceamentos muito bem colocados, o primeiro aos 75 minutos em resposta a centro de Rúben Macedo e o segundo aos 88 para finalizar da melhor forma um pontapé de canto cobrado por Sérgio Ribeiro, oferecendo dessa forma um triunfo que deixa os dragões numa extraordinária posição para conquistar o título de campeão nacional ao ampliar para seis pontos a vantagem pontual sobre os verde-e-brancos.

Estádio José Alvalade – Lisboa

SPORTING
1- Pedro Silva
2- Bubacar Djaló
(16- Arilton Ebo, 83)
3- Aya Diouf
4- Ivanildo Fernandes
5- João Serrano
6- Luis Caicedo
7- Lisandro Semedo
10- Rafael Barbosa ©
(17- Zhang Lingfeng, 80)
7- Matheus Pereira
9- José Postiga
(11- Luís Elói, 67)
14- Abou Touré
Suplentes não Utilizados: 22- Khadim Ndiaye, 15- Guilherme Ramos, 13- Felício Quiaque e 18- Abdoulaye Diallo
Treinador: Luís Boa Morte
4x3x3

FC PORTO
1- Raúl Gudiño
2- Fernando Fonseca
3- Jorge Fernandes
4- Diogo Verdasca
5- Lumor
6- Chidozie Awasiem
8- Moreto Cassamá
(17- Bruno Costa, 71)
10- Rui Moreira ©
(15- Elvis, 64)
7- Sérgio Ribeiro
(14- Fidelis, 89)
9- Leonardo Ruiz
11- Rúben Macedo
Suplentes não Utilizados: 12 - João Costa, 13- David Sualehe, 16- Tony Djim e 18- Rui Pedro
Treinador: António Folha
4x3x3

Arbitragem: André Gralha (árbitro principal), Carlos Covão e Pedro Sousa (árbitros auxiliares) – Santarém
Disciplina: cartão amarelo para Leonardo Ruiz (11), Fernando Fonseca (33), Rafael Barbosa (43), José Postiga (48), Sérgio Ribeiro (52) e Aya Diouf (82)
Marcadores: Diogo Verdasca (66, autogolo); Leonardo Ruiz (75 e 88)

Texto: Rafael Batista Reis
Imagem: Renato Costa

sexta-feira, 3 de abril de 2015



Apesar de se encontrar ainda longe de concorrer com as grandes equipas europeias por um lugar de destaque na Liga dos Campeões, é notório o trabalho de José Mourinho em criar uma estrutura que em pouco será capaz de disputar todos os títulos, juntando as competições inglesas, entre as quais conquistou já esta temporada uma Taça da Liga, liderando ainda com algum conforto a muito desejada Premier League, à mencionada Champions.

Para isso era necessário dotar a equipa de novas referências e esse trabalho já foi feito, verificando-se que os blues girarão na próxima década em torno de duas grandes figuras de semelhante criatividade e diferentes funções, começando pelo brasileiro Oscar, que o NOVA ACADEMIA DE TALENTOS teve a oportunidade de entrevistar por altura da sua presença em Alvalade para defrontar o Sporting, publicando a rubrica gentilmente oferecida pelo próprio na imagem que ilustra este texto.

Com um percurso já assinalável tendo em conta que se trata ainda de um jovem, Oscar será muitop provavelmente na próxima década desportiva o organizador de jogo de uma equipa que ainda lhe junta a garantia de magia e irreverência nos últimos 30 metros, um candidato à Bola de Ouro no futuro chamado Eden Hazard.

Igualmente mas já um dos líderes de uma selecção que caso concretize o apuramento para o Euro 2016 começará a cimentar o estatuto de conjunto a ter em grande respeito acima de tudo pelas figuras de primeiro plano internacional que agrega principalmente no seu sector defensivo, a Bélgica, Hazard assume desde já um papel determinante no actual Chelsea, cujo futuro depende da evolução da dupla brasileira/belga que tantas alegrias parece prometer…

quinta-feira, 2 de abril de 2015



Oportunidades, mas não para todos

Para a Selecção Nacional, a partida frente a Cabo Verde acabou por ter uma forte serventia e grande lição a retirar: quem se prepara para um encontro como para uma exibição frente a um adversário que o encara como um teste de preparação nunca consegue obter o melhor resultado.

Como tal, a derrota de Portugal frente a Cabo Verde nada teve de surpreendente. Foi aliás natural e sinal de que para se encontrar novas alternativas para a Selecção Nacional não basta convocar uma nova legião de jogadores para realizar um treino de véspera e um encontro particular - será necessário um trabalho mais longo, com sessões de treino consecutivas e maior critério na pré-selecção das novas unidades.

Entre os jogadores experimentados frente a uma das ex-colónias e actual país irmão, poucos mostraram condições para regressar. Alguns não foram sequer utilizados e necessitam de mostrar bem mais até um dia poderem almejar uma tão prestigiante convocatória.

Alguns dos futebolistas utilizados não mostraram sequer valor para representar Portugal

São esses os casos de Marafona e Rui Fonte, que antes de mais necessitam de se tornar figuras na Primeira Liga para depois sim merecer um espaço numa equipa que tem de ser elite, e Lucas João e Ivan Cavaleiro, a quem parece bem mais adequada a inclusão no espaço dos sub-21 como opções para alinhar no próximo Europeu da categoria.

Mais do que qualquer um destes três atacantes, Marco Matias, pela boa época que tem realizado no Nacional, merecia a convocatória mesmo que apenas para uma mera observação. Depois, há ainda o mais grave caso dos jogadores neste momento sem condições para representar a Selecção Nacional por diversos factores e que mereceram honras de titularidade.

Começando pelos jogadores de cariz defensivo, na baliza Anthony Lopes mostrou encontrar-se ainda alguns ‘furos’ abaixo de Rui Patrício e Beto, Cédric Soares continua bem mais limitado a defender do que Bosingwa da mesma forma que Antunes não demonstra a mesma competência de Fábio Coentrão, Eliseu e Raphael Guerreiro.

Falta aos estreantes Paulo Oliveira (faz muito mais falta aos sub-21, onde é peça determinante) e André Pinto (dificilmente possui valia para este patamar) experiência de alto nível para sequer figurarem na convocatória de Portugal. Entre tantas novidades, não teria sido justa a chamada de Josué Sá, um dos capitães do V. Guimarães, ou de Daniel Carriço, também um líder no Sevilla, para o eixo defensivo, e Diogo Figueiras em vez de Cédric?

No meio-campo, André Gomes e João Mário parecem fazer mais falta aos sub-21 do que aos AA e Adrien Silva e Danilo Pereira ainda se encontram longe da produção de Tiago, João Moutinho e William Carvalho e quanto ao ataque Hugo Almeida parece estar numa fase da carreira em que muito dificilmente voltará a ser útil à equipa nacional.

Assim, por entre os convocados para este particular há a destacar nos habituais suplentes a utliidade de Vieirinha, boa alternativa a Nani sempre que necessário e Éder continua a necessitar de ganhar confiança, mostrando-se desatrado a finalizar mas ainda assim bem mais forte a tabelar do que Hugo Almeida.

Destaque para Bernardo, que mostrou ser capaz de se intrometer nas opções das convocatórias ‘a contar’

Já nos ‘regressados’, ambos ligados ao Benfica, o outro Almeida, André, oferece uma entrega e polivalência sempre a ter em conta, e Pizzi deixou alguns bons momentos que carecem de confirmação para uma próxima convocatória, sendo que das estreias apenas duas delas se justificaram.

São esses os casos de Bernardo Silva, André André e Ukra, que podem ter ganho pontos para o futuro, com destaque para o primeiro se bem que para o centro do terreno, onde pode intrometer-se no estatuto de alternativa a utilizar no meio-campo ofensivo que tem sido entregue a João Mário, com quem parece estar pelo menos num plano de igualdade mas parece acrescentar ainda mais em termos de criatividade.

De resto, uma palavra para quem faltou uma oportunidade: para Ventura, para discutir a vaga de terceiro guarda-redes com Anthony, e para Tiago Pinto, para demonstrar, como parece, que não estará atrás de Antunes em termos qualitativos.

Texto: Rafael Batista Reis
Imagem: Cortesia FPF