sexta-feira, 18 de abril de 2014




ÁRBITROS E PODER, ASPECTOS A MELHORAR.

Época desportiva em Portugal volta a ser marcada pela polémica dos seus bastidores.

Apesar de se ter assistido a vários momentos de muito bom futebol, em Portugal os casos de polémica continuam a não ser casos virgens e continuam a suceder de uma forma preocupantemente regular, não constituindo esta época infelizmente uma excepção.

“O futebol está bloqueado pelo poder da Olivedesportos,” declara de forma peremptória o comentador Rui Santos numa análise nada desfasada de uma realidade que mostra que as receitas televisivas continuam a ter mais peso do que a bilheteira e as ingerências na questão directiva e na escolha dos órgãos que a gerem continuam a suceder.

Outro problema incontornável continua também a ser a arbitragem, com destaque para alguns momentos da temporada, podendo realçar-se a pouco explicada troca de árbitro num encontro particularmente importante como o Sporting vs FC Porto, no qual a única justificação possível se prende com a conhecida presunção “vamos admitir que tendo havido um treino oficial, Olegário Benquerença se tenha magoado no mesmo,” avançada pelo ex-árbitro Paulo Paraty.

Algumas arbitragens registaram mesmo erros quase inadmissíveis.

“Apoiem-se em mim, qualquer dúvida ajudamo-nos,”
avançou o mais carismático e reconhecido árbitro português do momento, Pedro Proença, antes de um dos encontros que ajuizou, uma expressão que parece simples mas que infelizmente não parece ter sido seguida por vários dos seus companheiros de profissão – e por vezes também pelo próprio, como nesse mesmo encontro em Alvalade, no qual deixou mesmo por marcar uma grande penalidade favorável ao FC Porto.

Até mesmo os mais mediáticos e de maior renome Olegário, Proença, Carlos Xistra ou Marco Ferreira, que para contrapor a um excelente desempenho no Benfica vs Sporting acabou por cometer erros quase inadmissíveis em outros encontros como o FC Porto vs Benfica válido pela primeira mão da Taça de Portugal, no qual chegou mesmo a assinalar faltas em lances que decorreram fora do terreno de jogo.

“Uma coisa que deve dizer-se sobre o futebol é que não deve dissociar-se o futebol da TV do futebol sem imagens –“ uma realidade incontornável afiançada por Rui Santos que poderá ser utilizada em defesa dos juízes, pois estará em voga o exagero mediático que sobre estes agentes recai.

Sporting tem sido o principal queixoso até há algumas semanas.

No entanto, as críticas seguem a uma velocidade vertiginosa, tendo na sua maioria partido do Sporting, como uma opinião dada a conhecer pelo cirurgião e comentador Eduardo Barroso, que adiantou que “não me refiro nem à crítica nem à Liga, que age segundo os regulamentos, estou a falar da reacção corporativa dos árbitros sem que o Sporting tenha dito absolutamente nada.”

Ainda assim, e tal como foi referido em artigo recente publicado no NOVA ACADEMIA DE TALENTOS, desde a criação do Movimento Basta que os leões não têm tido nesse aspecto quaisquer motivos de queixa visto que as arbitragens dos seus encontros em geral têm sido limpas, como sucedeu na recente deslocação a Paços de Ferreira.

Nessa jornada o encontro “não ofereceu grandes problemas ao árbitro”, como atentou o comentador Luís Francisco. Tendo esse aspecto em linha de conta, poderá sonhar-se com um final de época com menos casos a registar.

Texto: Rafael Batista Reis.
Imagem: D.R.
https://www.facebook.com/novacademiadetalentos

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