quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014






MARÍTIMO, O ATAQUE MAIS HETEROGÉNEO.

Liga tem sido marcada pelas boas impressões deixadas pelo ataque do Marítimo.

“É uma equipa que faz muitos golos e temos de ter atenção a essa faceta que se destaca na equipa do Marítimo” – assim se debruçou o técnico do Benfica, Jorge Jesus, aquando da recepção da sua equipa ao emblema sediado num arquipélago da Madeira que tem estado em particular foco nas últimas semanas na Liga ZON Sagres.

Para além do para alguns surpreendente quarto posto do Nacional, o Marítimo impressionou pelas boas prestações perante clubes de nomeada superior, tendo com excepção de uma derrota precisamente ante o Benfica na qual a superioridade encarnada foi evidente a equipa madeirense deixado boa impressão em dois encontros da Taça da Liga.

As boas sensações do Marítimo começaram primeiro em Alvalade, onde o resultado não espelha o equilíbrio que se viveu, depois no Dragão, onde perdeu já em tempo de descontos, e depois numa incontestável vitória caseira também sobre o FC Porto.

Apesar de possuir menos opções, o Marítimo terá neste momento o ataque mais heterogéneo da Liga.

Em todos estes encontros saltou à vista um aspecto no qual o Marítimo estará em vantagem talvez sobre as restantes equipas que compõem a Liga, a variedade de características no seu ataque que será entre todos não o mais prolífico mas sim o mais homogéneo, mesmo depois de este ter perdido Heldon para o Sporting.

Mesmo sem o cabo-verdiano os maritimistas mantêm a sua génese de atacar forte pelas alas, tendo mantido pelo menos por mais seis meses o guineense Leocísio Sami, que viu aumentada a sua responsabilidade mas por outro lado se viu também premiado com um contrato com o Sporting.

A Sami e Derley juntou-se um Danilo Dias ao nível do que havia mostrado em épocas anteriores.

Junto a Sami tem-se juntado uma das surpresas da Liga, o ponta-de-lança Derley, que não estranhou a disparidade competitiva entre o terceiro escalão do futebol brasileiro e os palcos maiores em Portugal, substituiu sem dificuldade o coreano Suk e já conseguiu à passagem pelo segundo terço da temporada atingir o registo de golos a que se propunha no início da época.

Com a saída de Heldon quem ganhou foi mesmo Danilo Dias, que depois de boas temporada de apresentação ao público no futebol nacional parecia ligeiramente mais apagado, uma situação que parece ter sido ultrapassada em definitivo como bem atestam as duas prestações de alto nível que produziu frente ao FC Porto.

Para além destas três opções os verde-rubros ainda contam com alternativas com qualidades confirmadas, como é o caso do ponta-de-lança Fidelis, sem esquecer outras promessas que apenas esperam pela sua oportunidade como o cabo-verdiano Kukula. Tudo isto sem praticamente gastar dinheiro – um exemplo para o futebol luso.

Texto: Rafael Batista Reis.
Imagem: D.R.
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