sábado, 17 de janeiro de 2015





Pinto da Costa: irradiar ou premiar

Face à insistência de opiniões divergentes sobre à omissão do nome de Jorge Nuno Pinto da Costa na recente Gala do Centenário da FPF, a minha opinião coloca o que será uma impensável encruzilhada. Porquê? Porque coloca dois cenários diametralmente opostos que fariam ambos sentido mas sempre de forma independente, sendo que nunca haveria espaço para a concretização de ambos.

Passo a explicar: tal como a personalidade no centro da polémica, Pinto da Costa, a sua passagem pelo meio desportivo não poderá nunca vir a ser indiferente, pelo que para se evitar uma situação como aquela que agora sucede uma opção possível teria sido o afastamento completo do presidente portista do dirigismo nacional assim que se comprovaram os ilícitos que o levaram a ser condenado por corrupção desportiva. Por outras palavras, seria então irradiado do futebol português.

Existiam duas atitudes a tomar, completamente opostas, mas nunca a escolhida pela FPF

Não o tendo sido, e com Pinto da Costa no dirigismo nacional, e talvez devesse ter sido essa a escolha quando se deu o 'boom' no Processo Apito Dourado, não parece também correcto ter-se feito o que fez, ou seja, seguir num clima de ‘paz podre‘ que o absolveu de uma situação na qual existem culpas comprovadas para depois e ainda assim ser sempre visto com desconfiança por situações que todos sabem estar comprovadas.

Não se tendo feito isso, e com o Conselho de Justiça da própria FPF a ter inviabilizado todas as consequências do Processo Apito Dourado, o mesmo órgão acaba por considerá-lo inocente, o que faz com que se abra o segundo hipotético cenário que assim sendo deveria ter então sido levado a cabo e mais, face aos resultados teria sido no mínimo aceitável, passando então por Pinto da Costa ser agraciado na Gala, o que todavia não sucedeu.

Como tal, a ausência do presidente do FC Porto é errada uma vez que personalidades com menor relevância foram mencionadas, sem se esquecer que Pinto da Costa conseguiu vingar em termos internacionais para além das polémicas conquistas internacionais e pelo menos aí sem influências externas, tornando-se o mais titulado dirigente, tornando desnecessária a pergunta sobre quantos dirigentes portugueses o conseguiram fazer no passado.

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