quarta-feira, 9 de outubro de 2013





O ONZE MAIS INDICADO PARA A CHAMPIONS


Candidatura aos oitavos da Champions poderia ter passado por um outro onze

Poucas horas depois de um encontro entre Benfica e Anderlecht pela Liga dos Campeões ao nível júnior, os mesmos conjuntos enfrentaram-se no escalão sénior num confronto que será visto pelos encarnados como uma excelente partida para dar início a uma carreira europeia de sucesso e que será disputada entre os plantéis principais de dois conjuntos com ambições e inclusivamente como uma promissora entrada para toda a fase de grupos tendo em conta o resultado final que se registou.

Com essa realidade em vista, o Sport Lisboa e Benfica procurou alcançar um resultado convincente perante um Royal Sporting Club Anderlecht que colocou à prova uma defesa na qual conta na sua baliza com um Artur algo inseguro e que para muitos poderia dar minutos ao seu utilitário suplente Paulo Lopes. Depois disso, seguiu-se o descalabro em Paris perante o PSG.

Jesus optou pelas suas convicções, e acabou por vencer... e perder
Para além dessa questão relacionada com a sua baliza, o Benfica teve de escolher a defesa mais habilitada para o importante jogo que teve pela frente. Apesar de André Almeida não ter facilitado, penso que deveria para tal lançar o cada vez mais recuperado Maxi Pereira na direita e não arriscar em termos físicos a condição de Guilherme Siqueira.

Será aconselhável colocar nesse lugar o polivalente André Almeida, que passaria para a esquerda caso Jesus considere que o brasileiro não esteja, e não está na realidade, a 100%. Pois bem… nada disso aconteceu, e perante uma equipa jovem com alguns nomes pouco conhecidos, assim como o seu treinador, foi ainda mais determinante uma dupla de centrais como Luisão e Ezequiel Garay. Contra o PSG, nem isso acabou por valer aos encarnados.

Os dois experientes centrais foram protegidos por um meio-campo ‘europeu’ formado pelos internacionais pela Sérvia Nemanja Matic e Ljubomir Fejsa. Na direita, e à frente de Maxi Pereira, o lugar parece muito bem entregue a Enzo Perez, sendo que um resultado possivelmente mais alargado contra o Anderlecht e pelo menos uma melhoria exibicional ante o PSG se poderia dever à profundidade de um jogador como Ola John na extrema esquerda, sempre como titular e não lançado no decorrer do encontro.

Técnico poderia, assim, ter feito outra gestão a partir do seu banco

Como maiores candidatos a figurar na lista de marcadores, e antes de uma também aconselhável inclusão de um jogador como André Gomes para reforçar a intermediária nos minutos finais, ou até mais cedo como sucedeu em França, o que muito provavelmente teria evitado alguns momentos de recuo, o ataque poderia surgir transfigurado com uma dupla completamente nova e que poderia surpreender por deixar Lima e Cardozo no banco de suplentes.

A opção passaria por um playmaker como Filip Djuricic no apoio a um móvel Rodrigo Moreno, uma novidade que até poderia ser o grande factor diferencial entre Benfica e Anderlecht e um foco de surpresa que poderia colocar o PSG em sentidoNeste caso, o treinador assumiu metade desta aposta com a aposta no sérvio… e resultou em pleno na Luz, ao contrário do que se verificou na deslocação à capital francesa. Ainda assim será merecedor de mais uma oportunidade.

Texto: Rafael Batista Reis.
Imagem: D.R.

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