quinta-feira, 10 de outubro de 2013






POUCOS E BONS PARA A GUERRA

Recente convocatória da Selecção Nacional deverá primar pela consistência

Depois de uma vitória saborosa sobre a Irlanda do Norte e uma derrota que se por um lado se compreende, por outro lado continua a preocupar, frente ao Brasil, a próxima convocatória da Selecção Nacional deverá exemplificar o que se segue, ou seja, o combate. Seja para o primeiro lugar seja para o segundo que possibilita a presença num playoff de apuramento para o Mundial 2014, Portugal terá de agarrar-se a um desses postos com ‘unhas e dentes’.

Com isto, a lista de convocados terá de demonstrar espírito de conquista e união, o que poderá suceder caso o número de efectivos não seja tão vasto, mas sim bastante eficiente e dotado de jogadores ambiciosos, raçudos e capazes de cumprir várias posições, sem contar com uma importante dose de experiência.

Acabou por agir de forma completamente oposta Paulo Bento, que convocou um verdadeiro regimento. Começando pela baliza, não se deve alterar um sector que na realidade tem oferecido garantias. Contudo, o seleccionador nacional surpreendeu ao ter deixado de fora da convocatória o experiente Eduardo, deixando bem claro que a única opção de momento para a posição dá mesmo pelo nome de Rui Patrício.

Centro da defesa poderá mesmo vir a ser um problema

Quanto à lateral direita, sabia-se que a mudança seria inevitável, mercê da ausência forçada de João Pereira, o que levou à chamada de Cédric e André Almeida. Posição bem entregue, ao contrário do eixo, que se encontra envolto em grandes dúvidas em virtude de apresentar uma zona bem preenchida no que concerne à direita, com Pepe e Luís Neto, o que não corresponde para o restante lugar, no qual não haverá Bruno Alves e não parece existir um concorrente à altura.

Passando para a esquerda, outro problema, pelo menos na recepção a Israel: Fábio Coentrão não se encontra disponível por castigo, o que se torna sério tendo em conta que qualquer outra alternativa não tem sido sequer testada… por outro lado, não restam dúvidas sobre quem será o 6 da equipa nacional – Miguel Veloso.

A Cristiano Ronaldo deverá juntar-se Nani para formar um perigoso duo de alas

Como interiores, e caso a condição física o permitisse, deveriam surgir os habituais João Moutinho e Raul Meireles, algo que não acontecerá por impedimento do segundo, sendo que pela sua polivalência estranho a ausência de Ruben Amorim deste lote de convocados, uma vez que poderia cumprir qualquer vértice no triângulo que se desenha na intermediária.

Quanto à frente de ataque, que poderá estar envolta em algumas dúvidas, no meu entender não parecem existir grandes discussões – nas alas ofensivas o titularíssimo Cristiano Ronaldo tem, claro está, lugar garantido, assim como o reconhecidamente perigoso Nani, sendo que as alternativas imediatas não parecem reunir, nem de perto nem de longe, a mesma qualidade, sendo mesmo de estranhar a ausência de uma opção como Licá.

No que diz respeito ao lugar de ponta-de-lança, e não havendo Hélder Postiga para o encontro frente a Israel, pois seria claramente o nome mais forte para o lugar, entre as alternativas restantes o nome mais consistente e em melhor estado de forma será mesmo Nélson Oliveira. Restará saber se Paulo Bento possui a mesma opinião.  

 
Texto: Rafael Batista Reis
Imagem: D.R.
Nova Academia de Talentos

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