E
NATURALMENTE A ÁGUIA DISPAROU.
Início de Janeiro marcou o afastamento definitivo do Benfica em relação aos
seus rivais.
Desde uma fase precoce da temporada que se apontava uma superioridade teórica e
técnica do plantel do Benfica em relação aos dos restantes rivais, ainda que
factores diversos levantassem dúvidas sobre o sucesso do mesmo. Foi por isso
com naturalidade que se assistiu a uma Liga discutida ponto a ponto desde a sua
jornada inaugural até ao início do novo ano civil.
Começava 2014 com a sensação de que haveria Liga até ao último segundo – “mesmo
sem ainda convencerem, Benfica e FC Porto vão andar lado a lado e abrir o ano a
presentear os adeptos com um excelente jogo, não tenho dúvidas disso”,
dizia o treinador e comentador Tomaz
Morais, concentrando nas suas palavras boa parte da visão da crítica. Numa
questão de dias, tudo mudou, com o Benfica a autenticamente disparar em relação
aos seus rivais directos.
Com uma subida de forma até níveis condizentes com o que se espera de uma
equipa capaz de ganhar em várias frentes, salientaram-se algumas figuras
individuais, sendo o talentoso Rodrigo uma delas, reservando para si vários
elogios, sendo que “na altura da lesão diziam que o Rodrigo não voltaria a ser o mesmo
jogador no Benfica e ele provou o contrário e o jogo contra o Nacional foi
prova disso mesmo,” como recentemente indicou o comentador António Tadeia.
Cabe às águias continuar a provar uma superioridade como há muito não se via.
“Creio que este é o melhor Benfica dos
últimos 20 anos,” apontou mesmo o também comentador Bruno Prata numa análise que atendendo
aos resultados e acima de tudo às exibições dos encarnados, não parece estar
desfasada da realidade, cabendo à própria equipa continuar a prová-lo.
Desta forma, e com a Liga muito bem encaminhada, levar de vencida o FC Porto
representará meio caminho andado para uma equipa que tem rodado bastante e com
sucessos visíveis mas que ainda assim parece ter encontrado uma equipa-tipo
para os próximos anos e, mais importante no momento, completamente habilitada
para resolver a as meias-finais da Taça, quem sabe, já na partida disputada lno
Dragão.
Onze base do Benfica poderia permitir o alcance de uma vantagem decisiva sobre
o FC Porto pela conquista da Taça.
Ainda que pareça previsível nova opção por imprimir a gestão física dos activos
que compõem a equipa, neste momento o onze ideal do Benfica apresentará como
guarda-redes Jan Oblak, uma defesa composta pelos insubstituíveis Luisão e
Ezequiel Garay no eixo e os emprestados (a merecer a compra do seu passe)
Sílvio e Guilherme Siqueira na direita e esquerda, respectivamente.
Em posições mais adiantadas, o meio-campo encarnado em melhor plano tem
colocado Ljubomir Fejsa e Enzo Perez pelo centro do terreno juntamente com
Lazar Markovic nas alas direita e esquerda, em apoio a um ataque composto por
Rodrigo e Lima. Com esta equipa titular, o Benfica colocar-se-ia numa posição
privilegiada para derrotar o FC Porto, provavelmente com algum conforto. Assim
colocaria ‘uma mão’ sobre a Taça de Portugal.
“Arrisco
mesmo dizer mais, Luís Filipe Vieira é mesmo o maior ganhador desta temporada,”
opinou recentemente o comentador Carlos
Daniel. Alguém teria dúvidas desse facto caso os escolhidos de Jorge Jesus
conquistassem pelo menos uma dobradinha?
Texto: Rafael Batista Reis.
Imagem: D.R.
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