HELDON
CHEGOU, VIU E VENCEU.
Heldon ganhou de imediato o seu lugar na equipa titular do Sporting.
Para além do já falado caso de Shikabala, que chegou em Janeiro mas ainda não
logrou estrear-se pela primeira equipa do Sporting, no mercado invernal chegou
também um reforço ‘intramuros’, ou seja, com conhecimento da Liga ZON Sagres,
ou não fosse mesmo uma das revelações desta edição da prova.
Assim, se a contratação do egípcio pode ser vista como um tiro no escuro, no
que toca a Heldon não restam dúvidas
de que se terá tratado de uma excelente aposta nos valores nacionais. Mais:
permite o reforço qualitativo do plantel no que às alas ofensivas diz respeito,
preenchendo uma lacuna mais ou menos evidente.
Evolução do extremo deverá continuar a
ser trabalhada com atenção pelos leões.
“Acho
que esta aposta no Heldon constitui não só uma confirmação de Leonardo Jardim
ao que ele realmente vale mas também um cartão amarelo para as quatro opções que
já se encontravam na equipa,” assim caracterizou o antigo capitão e treinador
do Sporting, Oceano Cruz, num
comentário a um programa televisivo no qual também reconheceu a valia do
reforço cabo-verdiano.
Ainda assim, será importante não esquecer que Heldon chegou ao clube há pouco
mais de dois meses e necessita de continuar a evoluir, pelo que “em
relação ao Heldon é importante não queimar etapas”, como recentemente
definiu o antigo treinador adjunto dos leões, Carlos Pereira.
A perder terão claramente ficado os concorrentes do africano em busca por um
lugar nas alas sportinguistas, verificando-se que alguns elementos perderam
espaço e oportunidades que vinham aparecendo na equipa titular. Poderá dizer-se
que a hierarquia referente à antiguidade no clube não foi, neste caso,
respeitada.
Lugar do cabo-verdiano parece assegurado
no lado direito do ataque.
“Dizem
que o Sporting joga com uma estratégia ofensiva, mas para mim ofensivo será
para os restantes quatro extremos do Sporting perderem o lugar para o Heldon,
um jogador que acabou de chegar do Marítimo para lhes tirar o lugar,”
assim atirou num jeito mordaz, humorístico, o comentador Rui Sinel de Cordes, numa fase em que se constata que apesar de
alguma indefinição para encontrar o seu trio de ataque ideal o Sporting deverá
reservar para Heldon o seu flanco direito.
Analisando as prestações dos verde-e-brancos nos últimos jogos, a chegada de
Heldon permite inclusivamente a Leonardo Jardim tornar o seu meio-campo mais
ofensivo e até uma possível opção que se perspectiva para o futuro, a passagem
de Carlos Mané para a frente de ataque como ponta-de-lança, combinando com alas
ocupadas por Heldon pela direita e André Carrillo pela esquerda. Está
encontrado o ataque do futuro do leão?
Texto: Rafael Batista Reis.
Imagem: D.R.
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