quinta-feira, 26 de outubro de 2017


Espinha nacional desenvolve guarda-redes da Noruega

Ainda distante de outros tempos em que alcançava a qualificação para fases finais de Mundiais e Europeus, a Noruega tem vindo a reestruturar o seu futebol e com isso à imagem de outras nações espalhadas pelo globo recorreu à capacidade de um treinador português, neste caso para melhorar a capacidade futura dos seus guarda-redes ao apostar nos serviços de Pedro Espinha, que se encontra no país desde Janeiro de 2014 e antes se encontrava a trabalhar na Escola Geração Benfica do Estádio da Luz até finalmente partir rumo à Escandinávia.

Espinha não representa Portugal em solitário na nação nórdica – partiu para a Noruega a convite de um amigo e colega, Hugo Vicente, mais um treinador português a trabalhar no país e mais precisamente como coordenador técnico no Viking, actual último classificado da Eliteserien, a divisão máxima do país, que nessa altura necessitava de alguém que viesse acrescentar qualidade e critério ao que era feito nas etapas de iniciação no clube que na altura reforçou, o Bergsøy IL.



O trabalho realizado pelo português atingiu tamanha valorização que lhe permitiu passar a ser o responsável por recrutar os guarda-redes para os escalões de formação da Selecção Nacional da Noruega, com a qual espera continuar a trabalhar numa perspectiva de longo prazo, assumindo junto do NOVA ACADEMIA DE TALENTOS que “o futuro a nível pessoal, neste momento, passa por continuar a minha formação por aqui (tirei aqui a licença UEFA B e agora terminei também a A de Treinador de Guarda Redes) e fazer mais algumas visitas a clubes desta realidade e também de fora.”

Feliz por fazer parte de um projecto ambicioso como o de reerguer uma selecção nacional que há alguns anos se encontra abaixo de vizinhas como a Suécia e a Dinamarca, Pedro Espinha acrescenta que a sua ambição imediata passa por “conversar, discutir e aprender mais a cada dia, para a minha valorização pessoal. Em termos de ofertas de clubes daqui e outros projectos, tem havido, mas acredito que, quer as coisas corram de uma forma calma ou menos calma, necessitamos de estabilidade para desenvolvermos o nosso trabalho sobretudo quando trabalhamos com guarda-redes e com um espectro tão amplo de idades sob a nossa alçada.”

O prestígio do treinador de guarda-redes luso no país impressiona ainda mais pelo facto de nem sequer trabalhar diariamente num clube de I Liga, representando o Lyn, emblema que se encontra a quatro jogos de atingir a promoção para a Segunda Divisão do país com o objectivo, sublinha Pedro Espinha, de “voltar da forma mais sustentada possível á realidade de onde veio. Para além do mais trabalho com um treinador principal que foi uma lenda viva das balizas Norueguesas, Thomas André Ødegaard, o que me facilita e motiva imenso, já que me dá liberdade total para trabalhar como quero."

Sobre o trabalho desenvolvido com aquele que é por muitos tido como o melhor guarda-redes da História do país, o português revela que “discutimos muito o que se faz e tenho a sorte de ele ser um bom apreciador daquilo que faço,” assim como cada vez mais figuras de proa do futebol norueguês que esperam também num português a resposta para a sua recuperação desportiva.

Sem comentários:

Enviar um comentário