segunda-feira, 22 de abril de 2013





Geração sub-16 do Benfica parece ter tudo para potenciar novos talentos nacionais

Desde há alguns anos uma aposta salutar no Benfica, onde se terá chegado à conclusão de que os investimentos em reforços que antes se verificavam em qualquer janela de mercado serão para racionar, a formação parece ter ganho outro papel, agora mais importante e possivelmente a próxima grande fonte de rendimento do clube.

Tem sido possível encontrar nas épocas várias gerações com exemplos de futebolistas com muito potencial que vão dando os seus primeiros passos no futebol profissional ou que se vêm aproximando bastante desse mesmo objectivo, uma meta que se poderá claramente apontar a um grupo etário no qual as promessas do futebol nacional parecem florescer e garantir aos encarnados que vários jogadores de grande qualidade poderão estar para surgir, tratando-se dos seus futebolistas nascidos em 1997.

Esta geração encarnada parece dominar o conjunto nacional referente ao seu escalão etário, a Selecção Nacional sub-16, que a cada convocatória tem tido como hábito a convocatória de 10 atletas pertencentes a este ‘grupo de elite’e ncarnado.

Este grupo de jovens benfiquistas parece tornar-se mais interessante de seguir tendo em conta que se encontra sensivelmente a um ano de cumprir os 16 anos  e assim poder eventualmente assegurado pelos encarnados para o futuro com contratos profissionais caso lhe seja mesmo encontrado o potencial necessário para irromper pela equipa principal e vingar ao serviço do clube no que se espera a diminuição na componente estrangeira em prol de um rejuvenescimento nacional.
 
Vários jovens parecem estar a despontar em todas as posições

Parece assim importante referir os nomes destes valores que poderão alegrar os benfiquistas e o próprio futebol português, salientando-se que a sua qualidade levou mesmo boa parte destes atletas a merecer destaque pela minha parte a nível de artigos redigidos por mim, o que por si só representa um voto de confiança da minha parte no seu desenvolvimento.

Um desses elementos será Aurélio Buta, atleta que cumpre a sua segunda época no clube depois de ter sido recrutado no Beira-Mar, demonstrando a sua utilidade para o plantel de Juvenis B encarnado ao evoluir como extremo por ambas as alas, evoluindo tanto pela esquerda como pela direita.

No que diz respeito a extremos, também Diogo Gonçalves poderá ter uma palavra a dizer no futuro benfiquista pela qualidade que oferece ao lado direito, possuindo uma velocidade e eficácia na finalização que há alguns anos levaram as águias a promover o seu recrutamento no Benfica do Algarve.

No mesmo clube algarvio o Benfica assegurou aquele que defini, sem pejo algum, como a grande revelação no escalão de Juvenis para os encarnados, o médio Gonçalo Rodrigues, mais conhecido por Guga, que para lá de ter assegurado a titularidade indiscutível no plantel de Juvenis A se impôs mesmo na Selecção Nacional sub-17, provando tratar-se de um dos médios centros mais promissores nos escalões de formação nacionais.

A juntar aos extremos, também pela ala, desta feita defensiva, desponta um futebolista que possui um vasto potencial para a posição de lateral esquerdo, Yuri Ribeiro, que cumpre a sua primeira temporada no clube depois de ter sido assegurado o seu concurso junto do Sporting de Braga e de imediato conquistou o seu espaço, constituindo opção por diversas ocasiões para o posto de titular no escalão seguinte, a equipa de Juvenis A, o que bem atesta a sua qualidade.

Vários destes atletas têm conhecido uma excepcional progressão nas últimas épocas

Também já um nome habitual na equipa titular dos Juvenis A, Rúben Dias surge como uma das certezas deste lote de jogadores, apresentando-se já como um defesa bastante fiável, assertivo no corte e dotado de um irrepreensível jogo aéreo, o que o torna uma das boas surpresas da época.

Mais atrás, na defesa das redes, surge aquele que desde cedo é visto como um dos guarda-redes mais promissores em toda a formação encarnada, o possante Fábio Duarte, que pela sua estampa física que cedo impressionou, a rapidez de reacção e a imposição perante o atacante contrário deixa perceber, caso este nível de evolução se mantenha, uma carreira apreciável.

Numa posição contrária, Fábio Novo, ou Fabinho, surge como o ponta-de-lança desta geração, um jogador forte na movimentação, bastante lutador, que poderá vir a seguir a senda dos últimos anos no Caixa Futebol Campus nos quais parecem estar a surgir vários homens-golo capazes de dar cartas no futuro.

Para além dos atletas habitualmente nas concentrações das Selecções Nacionais jovens, entre as promessas que descortino que poderão ser aposta no futuro também incluo o polivalente Francisco Ferreira, conhecido também por Kiko, que chegou há duas épocas a partir do Norte do País para se identificar como um atleta útil que poderá evoluir tanto nas posições de defesa central como de médio mais defensivo com o mesmo nível de eficácia.
Grande parte destes jogadores destaca-se pela maturidade e leitura de jogo
Um dos maiores casos de evolução nesta geração passa mesmo por Renato Sanches, futebolista que em idade infantil se conhecia como um extremo polivalente e bastante promissor que com o tempo conheceu uma verdadeira metamorfose no seu futebol, tornando-se um dos médios de transição de maior potencial no futebol nacional ao juntar robustez física à sua origem como ala.

Em habitual dupla de meio-campo com Sanches costuma alinhar João Carvalho, jovem tratado carinhosamente pelos seus amigos e companheiros por Cigas e que habitualmente alinha na posição que mais parece adequar-se às suas características, como médio ofensivo, embora o seu trato de bola permita a sua utilização como interior ou em funções ligadas à transição.

Mais recuado no terreno surge mais uma das grandes promessas deste escalão pelo facto de possuir o aspecto da polivalência muito apreciado pelos responsáveis benfiquistas nos seus escalões de formação, o talentoso Pedro Rodrigues, conhecido por Pepê, que pela leitura de jogo e elegância na saída com a bola jogável se torna não só um valioso defesa central como também uma opção de grandes recursos para o lugar de médio defensivo.

Por fim, outro dos nomes que pode vir a dar que falar nesta geração consiste em mais um defesa que apresenta versatilidade nas suas valências, João Coelho, um lateral capaz de alinhar com a mesma eficácia tanto pela direita como pela esquerda, uma capacidade que lhe foi valendo a continuidade neste grupo de trabalho que leva no seu currículo um título distrital de Infantis da AF Lisboa e o Nacional de Iniciados conquistado na época passada.

Parece obrigatório referir que o grande benefício desta geração que poderá mesmo vir a ser uma das melhores de sempre ao nível da formação no Benfica tem passado pela continuidade, verificando-se que nove dos doze atletas acima referidos alinham em conjunto desde bem cedo, tendo feito parte da equipa que conquistou o Distrital de Infantis em 2009/2010. Depois do sucesso ao nível de Infantis e Iniciados, esperam-se mais títulos colectivos no futuro.

Texto: Rafael Batista Reis
Imagem: D.R.
Nova Academia de Talentos
rafaelreis.rbr@gmail.com

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