sábado, 21 de fevereiro de 2015


Para seguir - Júnior Ferreira (GD Estoril-Praia)

“Para além da entrega ao treino que o caracteriza, primando pela exigência máxima no que respeita à intensidade imposta a cada exercício, quer sempre sentir que a superação e a gestão de sofrimento, pouco ou nada o incomoda, por ter nascido guarda-redes, atributos que o caracterizam dada a força interior que provém do seu empenho e humildade na vontade de querer melhorar treino após treino, transportando todo o espírito vencedor para o jogo.”

“Tendo sido o primeiro responsável pelo departamento de guarda-redes da AF Lisboa /selecionar guarda-redes, ao longo do centenário, fazia um acompanhamento específico ao jovem Junior Ferreira no CF "Os Belenenses", decidindo convocá-lo para os torneios Lopes da Silva. A partir daí e tendo em conta a conquista do troféu sem golos sofridos, nunca antes alcançado em toda a história da AF Lisboa, continuei a acompanhá-lo na sua evolução como jovem atleta e ser humano.”

“Pelo seu excelente empenho, entrega, competência, determinação e paixão pela posição decidi convidá-lo para participar na Copa Catalunya 2013, em Barcelona, representando uma equipa Americana, PFC Academy, tendo sido nomeado o melhor Guarda-Redes do torneio, trazendo o troféu para casa comigo como treinador de guarda-redes“.

“No seguimento do acompanhamento técnico particular e específico, o Junior F. antes de ser atleta do Estoril Praia, veio a formar-se através da minha metodologia, Flytotheball, através de aulas de treino específico de guarda-redes, criado após ter saído da minha última oportunidade na I Liga.”

Passando a uma análise de atributos de gesto técnico, o experiente treinador de guarda-redes Rui de Paiva descreve que “o Junior F. está trabalhado para ser um GR de antecipação e de decisão, elevada Velocidade de execução/reação de resposta/recuperação posiconal, posicionamentos de antecipação, linguagem corporal posicional, técnica de reposição em volley apurada, adaptará com facilidade a qualquer modelo de jogo de futuro/sistema tático.

"Procura muito bem a referência e os espaços a explorar nos corredores, controlo do jogo em profundidade do adversário, quedas com projeção diagonal apuradas e técnica de corrida orientada apurada,” conclui.

No aspecto psicológico, o técnico avança como principais atributos de Júnior Ferreira “liderança, comunicativo na abordagem ao jogo visto de frente, elevada gestão de fracasso e destemido na abordagem aos cruzamentos.”

O elevado teor de elogios por parte de técnicos anteriores como é este o caso faz cair qualquer possível teoria de diferença de Júnior Ferreira, talentoso guarda-redes de 16 anos, perante quem o comanda como foi o caso de um treinador com o qual se incompatibilizou no Belenenses que curiosamente o utilizava com muita regularidade - uma excepção numa carreira a todos os títulos promissora.

O Restelo foi a ’casa’ do guarda-redes durante três épocas depois de ter deixado o Sporting, o que facilitou a troca de clubes face aos contactos existentes entre as duas equipas, o que fez com que tivessem sido os leões a colocar o atleta directamente em Belém, o que de imediato afastou a possibilidade de haverem outras opções.

Para chamar a atenção do Sporting, Júnior começou a motivar atenções ao dar início ao seu percurso com 9 anos ao serviço do Sacavenenese, sendo que na altura em que se juntou ao Sporting também chegou a treinar no Benfica, o primeiro conjunto a interessar-se pelo seu concurso e a criar essa possibilidade que não chegou a consumar-se pelo facto de o próprio jogador ter na altura preferido o Sporting.

Torna-se curioso perceber que a intenção inicial dos pais de Júnior não passava por inserir o jovem num contexto de alta competição mas sim com o intuito de ‘descarregar baterias‘. No entanto, ao fim de apenas um mês se formação em que jogava como defesa, num torneio acabou por ser chamado à baliza para ‘dar nas vistas’ a ponto de a sua equipa conquistar a prova, o que fez com que passasse a ir a treinar em semanas intercaladas na equipa de competição.

No momento em que passou a jogar oficialmente… nunca mais de lá saiu, exibindo-se numa altura ainda bem precoce como um guarda-redes que chama a atenção principalmente no presente como atenta o facto de um alegado colaborador da Gestifute ter procurado reunir-se com o pai do jogador que recusou ao fim de algumas tentativas.

Espera-se no entanto que Júnior se mantenha cotado e possa estrear-se, quem sabe, em convocatórias para Selecções Nacionais depois de ter feito parte de convocatórias e observações para a Selecção Distrital da AF Lisboa como sub-14 e sub-15, uma possibilidade que não será alheia aos responsáveis pela formação do Estoril, a equipa que representa de momento como titular no escalão de Juvenis A, que planeará segurar o atleta com um contrato de formação já no final da corrente temporada.



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