domingo, 28 de dezembro de 2014




Não serão apenas os adeptos do Sporting aqueles que encararão com grande preocupação o que se vem passando no Sporting, nomeadamente nesta última semana natalícia que pouco se enquadrou neste tema face ao ‘chorrilho’ de acontecimentos que têm vindo a suceder, mormente o blackout imposto pela própria SAD do clube.

Com este silêncio completo dentro do clube, os leões não só se demarcam da comunicação com o restante publico como deixam claro que os problemas no seu seio são graves e que têm mesmo razão de ser, apesar dos desmentidos de Bruno de Carvalho, os rumores e discussões sobre a sua frágil relação com Marco Silva, que poderá estar a poucos dias de abandonar o clube.

Tanto ou mais preocupante com a vista como iminente mudança no corpo técnico da equipa principal parece ser a letargia do presidente do clube de Alvalade no que toca à gestão qualitativa no plantel, tendo revelado que a chegada de reforços, urgente e obrigatória em algumas posições, não terá lugar nesta reabertura do mercado.

Vítor Pereira é apontado como sucessor de Marco Silva, mas dificilmente aceitará um eventual convite

Bruno de Carvalho informou mesmo em público que “os reforços serão Podence, Gelson, Francisco Geraldes, Iuri Medeiros, Tobias Figueiredo, Chaby, Wallyson, Dramé, Slavchev, Ryan Gauld, Rabia, Sakho, André Geraldes e muitos outros,” retirando ainda mais o ‘tapete’ ao treinador que outrora foi seu mas com o qual neste momento não manterá sequer um relacionamento pessoal apesar de muitos possuírem um potencial evidente.

Com tudo isso em menta é certo que nenhum destes jogadores se encontra preparado para constituir uma verdadeira opção a curto prazo. Assim, sem reforços de Janeiro e sem o treinador que iniciou e leva a cabo um interessante projecto desportivo será de temer um decréscimo para uma equipa que no espaço do último ano tem estado em alta, desperdiçando-se todo um bom trabalho em prol de um nome ainda desconhecido mas que muito dificilmente passará por Vítor Pereira.

Conhecedor de elevadas exigências pelo tempo que passou no FC Porto e que mesmo no tempo que passou na Arábia Saudita nunca permitiu quaisquer tipos de ingerências hoje tão visíveis na liderança de Bruno de Carvalho no que concerne ao trabalho do seu técnico e que deverão estar na base da provável saída de Marco Silva, o treinador campeão há duas épocas pelos dragões não deverá deixar-se convencer, assim como Rui Faria, o que abrirá um problema em Alvalade.

Opções internas não garantem uma alternativa imediata ao actual treinador

Como soluções imediatas, o Sporting apenas terá Augusto Inácio, o director do futebol que também é técnico e até já se sagrou campeão nacional no clube mas por outro lado desde há alguns anos se encontra fora do activo, ou João de Deus, actual técnico da equipa B que ainda há poucas semanas surpreendeu por precisamente ter ocupado esse lugar precisamente no seguimento de uma carreira ainda sem grande sucesso nos clubes pelos quais passou.

Em especial o mais recente, o Gil Vicente, que deixou ‘afundado’ no último posto da Primeira Liga, no qual ainda se encontra, será o exemplo de que Deus, detentor de um discurso inflamado bem ao jeito de Bruno de Carvalho, ainda se encontra bem distante das exigências a que um treinador de primeira equipa do Sporting se encontra obrigado, e que como tal o clube poderá vir a pagar caro a eventual dispensa de Marco Silva.

Mais: o clube nada ganha em auscultar as opiniões públicas de antigos jogadores como José Eduardo, mais um nome que parece tal como muitos outros em áreas diferenciadas mais interessado em obter a sua quota de protagonismo do que propriamente ajudar o clube, e com isso apenas se prejudicará o próprio Sporting.

Sem comentários:

Enviar um comentário