terça-feira, 27 de junho de 2017




Mesma geração, jogadores diferentes… mesmos erros

Hoje conhecida como a ‘geração Rui Jorge’ e com uma longuíssima série sem derrotas, o maior elogio que poderá ser dado estará no período que atravessou sem consentir qualquer desaire. Ainda assim, o que aconteceu a vários destes atletas num anterior Mundial sub-20, em 2015 e ainda sem estarem sob a ’égide’ de Rui Jorge, não acabou por representar, pelos vistos, uma lição para esta geração agora no final da sua sub-21, a geração de 95. Vejamos então que sucedeu no Mundial sub-20 realizado dois anos antes na Nova Zelândia precisamente por este escalão etário de atletas… e descubra as diferenças:

Nessa altura, a eliminação frente ao Brasil, que realmente foi inferior a Portugal durante todo o jogo, não surpreendeu pelo menos quem tenha acompanhado todos os desafios dessa geração que agora termina o seu percurso nas selecções jovens e já desde o primeiro desafio nessa competição já esquecida no tempo que o problema da ineficácia era evidente. Desse certame, a Selecção Nacional mudou quase por completo - André Silva e Gelson Martins desenvolveram-se a ponto de serem já opção na Selecção A e vários outros perderam espaço, sendo rendido por outras soluções.

Ao contrário de vitórias naturais, Portugal adensou os seus problemas internos

O que acontecia nesse período é que a diferença de qualidade para os outros adversários era tão gritante que muito embora a equipa falhasse 10 golos haveria sempre 1 ou 2 remates a entrar e por isso a 'crítica' foi deixando passar esse problema. No primeiro jogo contra o Senegal, por exemplo, o 3-0 acaba por ser quase ridículo tendo em conta o volume ofensivo que Portugal conseguiu. Se a equipa estivesse realmente eficaz a finalizar ter-se-ia chegado aos 8 que a Alemanha ‘deu’ às Ilhas Fiji com naturalidade.

Chegando a uma determinada fase, ou se marca ou se arrisca a estar fora...e acabou por ser esse o problema associado a uma defesa que não progrediu em termos qualitativos e que Rui Jorge não soube reforçar. Da equipa de há dois anos, mantiveram-se Pedro Rebocho, Francisco Ramos (não foi sequer utilizado) e Gonçalo Guedes.

No restante, poucas opções de valia para o sector defensivo (onde estavam jogadores como Domingos Duarte, que regressou ao Sporting após bem sucedido empréstimo ao Belenenses, Rafa Soares e Nélson Monte, que representaram o Rio Ave na época transacta, ou até João Nunes, que representa o Lechia Gdansk precisamente na nação em que ainda se disputa a competição, na Polónia?

Escolha claramente discutível do seleccionador, que se fez acompanhar por defensores sem o ‘andamento’ necessário para uma competição como o Euro sub-21 ao terem sofrido cinco golos em três desafios e com isso perdido quaisquer dificuldades de discutir a qualificação.

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