sexta-feira, 26 de julho de 2013





RONALDO TÃO PERTO, MAS TÃO LONGE

Cristiano Ronaldo continua bem dentro da luta por mais uma Bola de Ouro

No seguimento de anos a fio de uma verdadeira divisão entre Cristiano Ronaldo e Lionel Messi na disputa pela Bola de Ouro, para premiar o corrente ano de 2013… ninguém sabe. Uma coisa é certa, o craque português continua na luta, mas uma vez mais sem ostentar o estatuto de grande favorito.

No entanto, sem que seja o maior favorito à vitória, Ronaldo não deixa indubitavelmente de ser um dos mais sérios candidatos a arrecadar o galardão. Confuso? Talvez, mas com duas razões fortes para que tal suceda, uma delas referente à grande igualdade de forças que se coloca entre si e Lionel Messi e ainda as contingências ao nível dos resultados dos clubes nos quais o craque argentino e a estrela lusa conseguiram na última época.

É certo que nem sempre são os resultados a ditar a escolha do Futebolista do Ano – Messi sabe-o bem, pois já venceu duas/três Bolas de Ouro nessa situação, uma delas em anos nos quais Diego Forlán e Wesley Sneijder conquistaram mais títulos colectivos e outra delas no último ano no qual o ‘seu’ Barcelona nada ganhou e o Real Madrid de CR7 arrecadou o título de La Liga. No entanto, são normalmente um importante ‘factor de desempate’ que esta época até beneficia o argentino… mas pouco.

Após vários anos de espera, esta poderia ser a hora de CR7

A Messi valerá o facto de o Barça ter recuperado o título espanhol, e em termos individuais ter voltado a apresentar um ano de recordes a nível de produtividade goleadora. No entanto, Cristiano Ronaldo, não obstante o facto de apenas ter conquistado uma Supertaça de Espanha, precisamente sobre o Barça, não esteve muito abaixo nesse aspecto e até viu a sua importância dentro do Real crescer ao tornar-se quase um capitão com a ausência de Iker Casillas da equipa.

Tirando provavelmente os mais apaixonados adeptos de Messi, grande parte dos ‘aficionados’ da modalidade considerará ridícula a diferença que separa Ronaldo e La Pulga ao nível das Bolas de Ouro, sabendo-se que o português detém apenas uma (!) após sucessivos anos de brilhos, golos e títulos, e o argentino carrega já quatro dessas distinções. Poderia assim ser este, finalmente, o ano de Ronaldo?

Talvez sim, não tivesse surgido no panorama desportivo internacional um super Bayern de Munique que pelo domínio que apresentou em provas como a Bundesliga ou a Liga dos Campeões faz com que se intrometam nestas contas não apenas um como dois jogadores.

No entanto, Ronaldo terá de lidar com a intromissão de surpresas como Ribéry nestas contas

Um deles parecia surgir tarde. Conhecido por Homem de Cristal pela facilidade com que contrai lesões e experienciado por anos de menor fulgor, Arjen Robben surgiu nestas duas épocas fortalecido como nunca, contribuindo com a velocidade e técnica que o caracterizam e ainda muitas assistências e golos, especialmente o tento que permitiu ao Bayern arrecadar mais uma Champions. Assentar-lhe-ia bem a Bola de Ouro…

Na banda contrária dos bávaros surge Franck Ribéry, visto por muitos como um futebolista mais popular que o holandês e por isso mais ‘vendável’ e mais fácil de publicitar que Robben, encontrando-se, ainda por cima, num excepcional momento de forma e sendo mais jovem. No entanto, considero Robben mais influente.

Onde fica Cristiano Ronaldo no meio de tudo isto? Ninguém sabe. No entanto, qualquer resultado que não o integrasse como um dos três primeiros entre as maiores estrelas do futebol internacional seria mais uma ofensa a Portugal e ao futebol…


Texto
: Rafael Batista Reis.
Imagem: D.R. (Notícias do Futebol)
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