quarta-feira, 5 de novembro de 2014




A sequela da baliza do Benfica teve início com a saída de Jan Oblak, um guarda-redes talhado para as grandes decisões e bastante eficaz, no início da época, mas parecia terminada com a contratação de Júlio César nos últimos dias do mercado de transferências - nunca o Benfica pensaria ter estado perante uma situação de possível estreia absoluta nas provas europeias, e logo na Liga dos Campeões, de um jovem valor no clube. Bastou uma improvável série de lesões aliada a um castigo.
Parece evidente que caso não tivesse contraído um estiramento numa perna no final desta semana nesta altura não existiriam grandes dúvidas em relação à titularidade do reforço titular das redes do Brasil que chega como o esperado elemento experiente capaz de conferir a necessária confiança aos seus companheiros de defesa, uma qualidade que se encontra com maior dificuldade em Artur.

Sem o lesionado Júlio César e Artur, suspenso na Champions após a expulsão frente ao Zenit na jornada inaugural, as contas pareciam complicar-se, especialmente porque o nome que sobrava entre os elementos habitualmente convocados para o posto e que boa conta de si deixou após ter sido chamado de urgência frente ao emblema russo, o veterano Paulo Lopes... também se lesionou. Triste sina a dos especialistas da baliza benfiquistas?

Talvez não, visto que o azar de um podia mesmo ser a sorte de outros, ou melhor, a hora de um outro, neste caso um jovem de muita qualidade, se lançar em definitivo depois de já ter tido a experiência de ocupar um lugar no banco de suplentes numa pré-eliminatória de Liga dos Campeões na qual as águias levaram de vencida o Twente.

Refiro-me, como é claro, a Bruno Varela, titular indiscutível do Benfica B e opção para a Selecção Nacional sub-21 que certamente terá ficado muito satisfeito com as palavras do técnico Jorge Jesus, que confrontado com as limitações e impedimentos dos três habituais candidatos à defesa das redes benfiquistas respondeu que «se não jogar o Júlio César joga o Varela,» manifestando total confiança no jovem guardião que tem ao dispor e que conhece de perto há já algumas épocas. 
Com efeito, e apesar da inexperiência, a qualidade de Varela tem sido demonstrada na Segunda Liga, onde pontifica como um dos melhores guarda-redes da prova, e pede mesmo uma oportunidade. Se será demasiado pedi-la numa partida tão exigente como a que colocará os encarnados ao Bayer Leverkusen, apenas o jovem português poderia ter respondido caso alinhasse. Ainda assim, parece que os adeptos benfiquistas poderão dormir descansados no futuro que parece reservado a este valor do clube.

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