terça-feira, 4 de novembro de 2014



O Case-study Ricardo

É certo que existem várias histórias curiosas entre os futebolistas nacionais e internacionais mas de facto será complicado encontrar uma semelhante à de Ricardo Pereira, especialmente pelos palcos nos quais já demonstrou valor numa carreira promissora mas ainda muito curta que já o levou até ao FC Porto e ao estatuto de figura da Selecção Nacional sub-21, conjunto no qual vem sendo um dos indiscutíveis de Rui Jorge.

Aliás, seria há alguns anos impossível prever que o polivalente jogador chegasse ao Dragão, e ainda mais tão cedo, e a um patamar tão interessante ao ser observado por vários conjuntos internacionais pelas boas sensações que vem deixando ao serviço dos sub-21 nacionais, uma vez que Ricardo terminava a sua temporada como Juvenil A ao serviço de um dos maiores rivais, o Sporting, onde nesse mesmo ano revelava dificuldades para atingir a titularidade.

Desde cedo que Ricardo reage bem à pressão mediática de representar um grande clube

Nessa fase da sua carreira, Ricardo Pereira vinha-se destacando mais pelas excelentes entradas em campo durante as segundas partes que fizeram com que fosse um dos melhores marcadores dos sub-17 dos leões na Fase Final do Campeonato Nacional, tendo sido um verdadeiro joker a partir do banco e um jogador sempre confiante mesmo quando chamado a responder ainda muito jovem perante a Comunicação Social.

Mesmo perante a sua utilidade, Ricardo seria dispensado do Sporting à entrada para os Juniores, seguindo para a Naval e depois para o Vitória de Guimarães, onde venceu uma Taça de Portugal e chamou a atenção de FC Porto e Paulo Fonseca, que confiou nas suas capacidades em várias ocasiões ainda que não tivesse conseguido reservar-lhe um lugar na equipa titular dos dragões.

Ainda assim, as oportunidades para jogar na equipa principal do FC Porto são escassas

O mesmo sucedeu com Luís Castro, treinador com o qual convive com regularidade no FC Porto B, mas individualmente a sua situação ainda piorou com a chegada de Julen Lopetegui e uma ‘armada’ de reforços que diminuiu exponencialmente a sua margem de manobra e torna neste momento a sua carreira uma espécie de paradoxo, visto que não tem acesso a oportunidades na primeira equipa dos dragões.

Vai restando ao veloz jogador competir na Segunda Liga pelo FC Porto B, mas em contraste não treme nem por um segundo sempre que enverga a imponente camisola das Quinas, mantendo-se bem cotado para uma estreia na Selecção A a médio prazo tal como os restantes criativos da equipa sub-21. Postas as diferenças, fica a pergunta: que fará Ricardo em Janeiro?

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