domingo, 30 de junho de 2013





ESTRELA COM LUZ ENCARNADA

Benfica parece pronto a retirar total rendimento a partir do possante Estrela



Quando se procura junto dos blogues e páginas ligadas ao futebol mais jovem, verificar-se-á que as atenções recaem cada vez mais junto dos Juniores do Benfica, nos quais se vem impondo um dos próximos ‘filhos’ de Angola com muitos jogos e mais uma época como sub-19 pela frente, ainda que pela sua posição e estilo de jogo não esteja entre os jogadores mais notabilizados da equipa, como tem sido o caso de Valdomiro Lameira, mais conhecido por Estrela.

O centrocampista tem-se como um jogador bastante promissor que pelo facto de na próxima temporada ainda representar os Juniores deverá mesmo ser uma das figuras da equipa depois de neste final de época ter estado muito bem, ultrapassando todas as expectativas e alinhado como titular, motivado elogios que se espalharam entre Portugal e o seu país, onde já vai começando a ser também conhecido e alvo de interessantes comentários.

Tem sido curiosa a carreira de Estrela nos Juniores da águia, uma vez que de um período em que eram mesmo muito poucas as informações sobre o seu estado de forma num ápice o médio ganhou o seu espaço e ter-se-á certamente motivado para o que faltava disputar-se na época, para gáudio da família com a qual contacta telefonicamente, principalmente em dias de jogos, deixando no ar a forte probabilidade de se vir mesmo a chegar a jogador profissional.

A competitividade deste jogador é já conhecida desde a sua chegada para os Iniciados dos encarnados, nos quais imediato se fixou na equipa sub-15, surpreendendo tanto quanto já o havia feito junto da sua própria família, junto da qual apareceu na sua casa a revelar que havia passado a treinar no modesto Núcleo de Sintra.

Esse foi o clube onde estava antes de ir para o Benfica, sendo que antes da movimentação das águias quem surgiu para o recrutar numa primeira instância junto do Núcleo foi mesmo o Sporting, que o levou mesmo para Alcochete mas acabou por não evitar a sua inadaptação ao regime fechado face à sua enorme juventude e ao facto de constituir uma novidade pra si, pelo que quando passou um fim-de-semana em casa não aceitou regressar a Alcochete.
 

Estrela era ainda infantil quando tudo sucedeu, tendo
voltado para o Núcleo de Sintra, onde voltou a revelar-se no ano a seguir para o Benfica, que o recrutou sem desta feita o colocar em regime fechado, o que muito agradou ao jogador, que ia aos treinos e voltava para a sua casa até adaptar-se devidamente, o que fez com que ficasse e em pouco tempo entrasse na memória dos especialistas do futebol de formação nacional.

Jovem médio apresentou um elevado rendimento em encontros de elevado grau de dificuldade

Os especialistas, observadores e adeptos depararam-se com a qualidade de um jogador que cedo se impôs nos Iniciados A encarnados mesmo sendo um dos mais novos e ainda de primeiro ano, verificando-se com o passar do tempo que a sua escolha em ficar nas águias se tratou de uma boa decisão, uma vez que ainda nos dias de hoje representa o clube e com aspirações de o continuar a fazer enquanto profissional.

Para que tudo funcione pelo melhor para o médio muito contribui a estabilidade a nível particular e os bons conselhos que recebe por parte daqueles que lhe são queridos, nomeadamente daqueles que esperam vê-lo a si e mais alguns colegas com quem alinha no Benfica ao serviço da selecção de Angola, acreditando que tal possa acontecer muito em breve até porque no caso de Estrela se conclui que é possuidor de uma forma de jogar que não se encontra facilmente no futebol de formação português.


Esse aspecto foi notório em especial na última época, altura na qual em termos de formação se falava mais no Sporting… mas foi mesmo o Benfica quem conquistou o título no Nacional de Juniores com Estrela a jogar a tempo inteiro nos encontros válidos pela Fase Final, comprovando que um dia poderá mesmo ser um bom exemplo para o selecionado do seu país, no qual se constata que tanto o campeonato angolano, o Girabola como a própria equipa nacional teriam muito a ganhar com jogadores da sua valia.

O aparecimento de jogadores com uma formação completa parece essencial para o sucesso dos Palancas Negras, e isso nota-se a grande escala quando estes jogam frente a equipas de nível superior, sendo que a falta de condições é ainda um problema e uma das razões que leva a que Estrela não represente, pelo menus por enquanto, a selecção de Angola, visto que falta um projecto sustentado que permita ao país ter condições para receber jogadores habituado a boas condições de trabalho como o jovem médio.

Ainda assim, Estrela deverá constituir um objectivo para Angola, até porque as selecções jovens dos Palancas precisam de jogadores como o centrocampista, que já foi convidado por intermédio do seu tio, que se encontra a residir no país e já foi chamado a conversar sobre uma possível chamada, tendo o familiar do jovem atleta formulado como resposta que na sua opinião esta não é a melhor altura para representar a selacção de Angola.

Angola poderá vir a retirar grande benefício do seu contributo no futuro
 
Nesta altura, Estrela e aqueles que o aconselham desconhecem a qualidade dos seus colegas e compatriotas e principalmente as condições que teria para estagiar e treinar devidamente, pelo que equaciona representar numa primeira instância as selecções jovens de Portugal para depois tomar uma decisão ainda que neste momento não seja detentor do estatuto de dupla nacionalidade embora esteja tudo avançado para deter também nacionalidade portuguesa.

Actualmente o possante jogador só tem mesmo nacionalidade angolana, podendo no futuro tornar-se mais um dos jovens do país detentores de muito talento sem que pelo menos para já encontre dentro do país o devido ensinamento para se tornarem grandes jogadores, parecendo aconselhável ao seleccionador angolano a chamada de todos os jovens que alinham em grandes clubes, casos de FC Porto, Benfica, Sporting e Sporting de Braga.

Para além destes clubes, existem ainda pela Europa fora vários talentos com potencial com os quais se deve começar a trabalhar para formar uma base para o futuro que a médio prazo poderia mesmo vir a render títulos ao futebol angolano.

Esse sucesso poderia começar a suceder primeiramente na CAN, uma vez que estes são jogadores que têm uma preparação completamente diferente daquela que os actuais jogadores da selecção angolana têm, pelo que apenas falta que estes jogadores escolham Angola como prioridade por se tratar do seu  país de acolhimento, com a dificuldade acrescida de não existir, pelo menos a nível público, ninguém com a capacidade de convencer estes jovens a representar o país.

À primeira vista, caso existisse em Angola alguém a cumprir este papel, poderia estar-se perante uma boa seleção e ainda para mais muito jovem que poderia ser liderada por Kadu, guarda-redes do FC Porto, João Mário, médio do Sporting, Núrio Fortuna, lateral do Sporting de Braga, Laste Dombaxe, médio do Tottenham, Danny da Costa, lateral do Bayer, Tony Trindade de Vilhena, criativo do Feyenoord, Dolly Menga, que concluiu a última época no Torino, ou Jonas Ramalho, defensor do Athletic de Bilbao.

A juntar a este rol de jovens promessas não deve esquecer-se os extremos Hélder Costa e Ivan Cavaleiro e, claro está, Estrela, que no Benfica caminham a passos largos para atingir uma carreira respeitável em termos de clubes e selecções.

Texto: Rafael Batista Reis.
Imagem: D.R.
Nova Academia de Talentos
rafaelreis.rbr@gmail.com

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