domingo, 18 de agosto de 2013






ILHA PRÓPRIA PARA O COMBATE

Benfica terá de utilizar uma equipa combativa se quiser levar a melhor na Madeira

A poucas horas da estreia na edição desta época na Liga ZON Sagres, o Benfica terá desde logo um teste extremamente exigente ao ter pela frente o Marítimo, um adversário sempre complicado de transpor especialmente numa fase em que os encarnados procuram fazer face ao que é já visto como uma infelicidade do destino, uma explicação quase plausível para se encontrar há já oito anos sem conseguir vencer na estreia da Liga.

Para lograr essa ‘matança’ de um já gordo ‘borrego’, o Benfica terá de utilizar uma equipa equilibrada no seu processo defensivo, razão pela qual parece aconselhável a aposta de Sílvio no corredor direito ao invés de Maxi Pereira, juntando-se à bem rotinada dupla de centrais composta por Luisão e Ezequiel Garay e ainda o habitual titular na ala esquerda, caso de Bruno Cortez, na protecção às redes defendidas pelo também indiscutível Artur Moraes.

Vários elementos deverão intercalar as suas posições para confundir as marcações impostas pelo Marítimo

Para acrescer ao equilíbrio defensivo, os encarnados serão obrigados a utilizar um meio-campo de combate para fazer face a um adversário sempre raçudo como os madeirenses, motivo pelo qual não seria de descurar a entrada do internacional português Ruben Amorim para junto do ‘patrão’ da intermediária benfiquista, Nemanja Matic, no centro do terreno, promovendo o adiantamento do batalhador Enzo Perez no terreno.

Assim, Enzo seria revestido de um papel duplo de unidade pressionante no centro mas ao mesmo tempo o detentor das funções de organização de jogo, transmitindo uma imagem de misto entre 8 e 10, podendo também intercalar a missão de construção com Nico Gaitán, uma unidade que poderá acrescentar criatividade face à mobilidade que poderia fazê-lo rodar entre o centro do terreno e ambas as alas, restando assim a escolha de outro polivalente para a outra ala.

Nessa vertente, e por poder alinhar de igual forma tanto pela direita como pela esquerda, Ola John parece-me a escolha mais acertada, podendo intercalar o seu posicionamento com Gaitán e assim potenciar um apoio de grande imprevisibilidade ao elemento mais avançado da equipa, que forçosamente terá de ser o goleador-mor do plantel na actualidade, caso do ponta-de-lança Lima. Será essa a solução do Problema Madeirense: Equilíbrio +Combatividade + Imprevisibilidade. Resultado final – a vitória.

Texto: Rafael Batista Reis.
Imagem: D.R.
Nova Academia de Talentos
rafaelreis.rbr@gmail.com

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