sexta-feira, 17 de maio de 2013




 
ATACAR PARA TORNAR O MILAGRE POSSÍVEL

Benfica deverá jogar declaradamente ao ataque para se habilitar a ainda chegar ao título

Depois de uma derrota que certamente dói a cada um dos seus jogadores, o Benfica terá de acreditar que o título ainda é possível, pelo que terá de atacar desde o início frente ao Moreirense para vencer de forma tranquila e esperar por uma 'ajuda' a partir de Paços de Ferreira que habilitaria os encarnados a chegar em esforço e numa inédita ‘corrida ao sprint’ à liderança e consequente título nacional. Assim, a equipa terá de transparecer essa vontade de ganhar.
Conclusão imediata: ao Benfica apenas interessa assumir um jogo de ataque declarado. Quanto ao onze inicial que deve utilizar, primeira surpresa: entregaria a baliza a Paulo Lopes, pela dedicação que sempre mostrou mesmo não tendo grandes possibilidades de jogar, pelo facto de ter qualidade para tal e ainda para poder sagrar-se campeão caso tudo corra de feição.

Alto nível apresentado pelas suas unidades criativas parece deixar boas sensações para o último jogo
Quanto à defesa, registaria duas alterações, uma delas forçada, consistindo na troca de Ezequiel Garay por Jardel face à lesão do argentino, que não deverá também ser opção para a final da Taça de Portugal, e o regresso de Maxi Pereira à lateral direita.
Por conseguinte, a lateral esquerda ficaria a cargo do cumpridor André Almeida, sendo que no meio-campo e alas não me parece haver a mínima razão para mexer na estrutura que funcionou satisfatoriamente frente ao FC Porto e ao mais alto nível frente ao Chelsea. Quanto ao ataque, terá de ter 'carga máxima', com o regresso de Lima à titularidade para formar dupla com Oscar Cardozo, a mais forte e ofensiva dupla de atacantes existente no plantel encarnado.
Caso o triunfo esteja a demorar, ou seja, o Benfica não consiga colocar-se em posição de vencedor, aqui sim, Jorge Jesus não terá nada a perder, devendo em caso de igualdade ou até, porque não, desvantagem, lançar Ola John ao intervalo, arriscando com a adaptação de Nico Gaitán à lateral esquerda, retirando Maxi ou Almeida, dependendo do desgaste do segundo, que tem vindo a ser sucessivamente utilizado como titular em encontros de grau de exigência máxima separados por poucos dias.

Como principal obstáculo, o Moreirense apresenta muito valor nas suas duas opções para a baliza

Caso todo este arsenal funcione, com o devido respeito pelo Moreirense, duvido que seja capaz de resistir à pressão, muito embora possua uma ataque perigoso, liderado por Nabil Ghilas, e uma defesa capaz de ombrear com as restantes equipas na próxima edição da Liga Zon Sagres, possuindo até, e ao contrário dos seus rivais na luta pela permanência, não apenas um guarda-redes de qualidade, mas sim dois.

Para a sua baliza, o conjunto de Moreira de Cónegos apresenta o português Ricardo Ribeiro e o brasileiro Ricardo Andrade. Ainda assim, poderá ser pouco para segurar uma águia ainda crente. E com razão, embora seja difícil, é ainda possível um Benfica campeão.


Texto: Rafael Batista Reis.
Imagem: D.R. (João Trindade)
Nova Academia de Talentos
rafaelreis.rbr@gmail.com

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